terça-feira, 4 de março de 2008

Mais de mil pessoas atacadas por cães em Santarém

GISELE DE FREITAS
REPÓRTER

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) registrou no ano passado 1.007 casos de pessoas que foram atacadas por cães ferozes em Santarém, cerca de 83 casos por mês. As ocorrências foram registradas em várias clínicas e hospitais. Todas estas pessoas tomaram a vacina anti-rábica humana, para garantir que não seriam contaminadas por raiva através da mordida dos animais. Além destas vítimas ainda há aquelas que sofrem mordidas e não se vacinam, número que não se pode calcular. Só neste ano, já são cerca de 25 casos de pessoas mordidas por cães em Santarém.
O número de ataques surpreendeu até mesmo os técnicos do departamento de vigilância epidemiológica do CCZ, que garantiram ser nos bairros que os ataques ocorrem com mais freqüência. O número de ataques caninos foi superior a todos os demais agravos registrados em 2007. A hepatite ficou em segundo lugar com 639 casos e picadas de animais peçonhentos em terceiro, sendo 243. As recomendações feitas são para que os donos de cães não os deixem soltos e nem passeiem com os animais sem o uso de coleiras e focinheiras. Em caso de ataque, a vítima deve procurar imediatamente uma unidade de saúde e tomar a vacina anti-rábica além de fazer um curativo adequado.
Os cães da raça pit bull são considerados os mais ferozes, durante um ataque eles são capazes de matar uma pessoa. Anderson Mozar Oliveira Miranda, que cria cães desta raça para revender há sete anos garante que nem todos os animais atacam as pessoas e que a procura por filhotes em Santarém é grande. Para ele quando vai se comprar cães da raça deve-se ter um cuidado com a procedência do animal e procurar conhecer o histórico dos genitores levantando casos de ataques violentos, os cães que já atacaram pessoas não devem ser cruzados para não gerar um cão feroz.
Há outro fator a ser observado, de acordo com Anderson existem vários tipos de pit bull, os red nose seriam ideais para acompanhar as pessoas e não apresentam marcas de violência, já os black são cães de ataque treinados para guarda e combate, estes sim são perigosos. O criador adverte as pessoas para não provocarem os animais, principalmente os estranhos que nunca tiveram contato. No caso de estar passando na rua e encontrar com um cão bravo e solto o ideal é procurar manter distância do cão, sem correr e sem entrar em pânico, mas para o criador nem todos os cães atacam, depende do animal.

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