quarta-feira, 2 de julho de 2008

Pela memória do padre João Mors

Padre Edilberto Sena
Diretor da Rádio Rural de Santarém

Quem é este homem chamado João Mors? De onde veio, por onde andou, o que fez na vida para várias pessoas falarem bem dele? Dizem que quando alguém morre, os que ficam o consideram santo, só lembram das virtudes. Mas João não morreu, viajou, despediu-se de Santarém e do Brasil. Quem é mesmo este homem?
Um ser humano cheio de sentimentos positivos, cheio de emoções. Facilmente chorava diante de gestos de carinho, quando recebia. Porém, mais que emoções, João foi sempre um homem fiel à sua vocação humana e cristã. Era um padre, holandês, 78 anos de vida, dos quais, mais de 40 dedicou ao serviço do povo brasileiro.
Trabalhou no Paraná, à época da construção da hidrelétrica de Itaipu. Ficou ao lado dos atingidos pela imensa barragem. Depois veio à Prelazia de Óbidos, trabalhou em Oriximiná, organizando comunidades e nos últimos 20 anos trabalhou em Santarém. Foi tesoureiro da diocese, até hoje apóia financeiramente a Pastoral do menor. Conseguia recursos com seus vários amigos de seus país e construiu o abrigo para os pobres dos municípios que chegam a Santarém em busca de tratamento de saúde e não tem onde ficar. O bairro do Mapiri também teve o apoio do pe. João na construção de sua casa da Pastoral do Menor. Assim também o projeto Seara, lá no bairro São José Operário. Padre João deixa Santarém com sua missão cumprida.
Já doente, volta à sua terra para viver os dias que lhe restam, próximo de seus parentes. Um homem bom, com sede de justiça. Uma dessas figuras que se vão, mas deixam suas pegadas por onde andaram porque se dedicaram aos outros. Como o velho Simeão poderá dizer “agora Senhor, deixa-me ir em paz porque realizou-se na minha vida a vontade de Deus.
Foi-se João Mors mas fica entre o povo pobre o João de Deus.
(Fonte: http://amazoniaempauta.blogspot.com/)

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