segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Desenvolvimento?

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal e articulista de O Estado do Tapajós

O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um indicador social criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) há quase 20 anos. É formado pela renda per capita, expectativa de vida e índice de escolaridade. Permite uma mensuração mais qualitativa do que os indicadores meramente quantitativos, mas já começa a apresentar algumas deficiências. A melhoria de certas condições sociais não implica necessariamente melhoria das condições de vida, ou não na proporção que se podia esperar.
É uma grande conquista o aumento da longevidade do ser humano, mas para muitos deles significa que enfrentarão grandes dificuldades para sobreviver por mais tempo. Da mesma forma, a escolaridade crescente pode ocultar o analfabetismo funcional: as pessoas sabem ler e escrever, mas não entendem o que lêem e escrevem num patoá que está se aproximando da ininteligibilidade.
O mais recente ranking do IDH do Pará ilustra essa necessidade de rever o índice como referência da melhoria de vida da população. O índice 1 é o limite máximo do IDH. Quem chega a ele atingiu o melhor desenvolvimento social. Os municípios paraenses estão distantes dessa meta e, em geral, abaixo da média nacional. Os mais bem posicionados são Belém (0,81), Ananindeua (0,78), Curuçá (0,78), Barcarena (0,77), Tucuruí (0,76), Novo Progresso (0,76), Almeirim (0,75), Santarém (0,75), Castanhal (0,75), Tucumã (0,75), Altamira (0,74), Xinguara 90,74) Parauapebas (0,74), Redenção (0,74), Salinópolis (0,74), Capanema (0,73) e Sapucaia (0,73).
A maioria dos piores se localiza na ilha do Marajó. São Melgaço (0,53), Cachoeira de Piriá (0,55), Chaves (0,58), São João do Araguaia (0,58), Garrafão do Norte (0,58), Santa Luzia (0,59), Anajás (0,60) e Afuá (0,61).

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