terça-feira, 12 de agosto de 2008

Estatística demonstra que uso do telefone no trânsito provoca desatenção

Essas são algumas das constatações de uma pesquisa que o Detran está preparando com base nos números de junho deste ano. O resultado ainda não foi publicado, mas os levantamentos feitos até agora já conseguem demonstrar uma grave situação que o motorista de cinco regiões do Estado do Pará vem provocando ao utilizar o celular enquanto dirige. Esse levantamento inédito desenvolvido pelo Núcleo de Estatística do Detran tem como base as notificações enviadas pelo policiamento de trânsito em todo o Estado.
"Cabe a nós fazermos a notificação e encaminharmos ao Detran", diz a Tem. Marnilza do PTRAN em Santarém. Segundo ela quando o motorista é abordado por causa do uso do celular sempre justifica que precisou fazer um contato rápido e urgente. Nesse momento o policial emite a notificação ao Detran que comunica ao condutor. Caso este não apresente recurso sofre as sansões previstas em lei que prevê a perda de pontos na carteira de habilitação e pagamento de multa.
Normalmente o motorista flagrado falando ao celular enquanto dirige recebe duas notificações. Por utilização do aparelho e outra dirigir somente com uma das mãos ao volante. Cada uma das notificações implicam na perda de 4 pontos na carteira e o pagamento de R$ 85,00 de multa, previsto nos incisos 5° e 6° do artigo 252 do Código de Trânsito Brasileiro. Depois de 10 anos o motorista ainda não conseguiu mudar sua cultura de não respeitar as leis vigentes.
Negligência
Os resultados da pesquisa do Detran ajudam a delinear o perfil negligente e imprudente do condutor paraense. O uso do aparelho na direção influencia negativamente na tomada de decisões e potencializa a distração do condutor, aumentando as ocorrências de acidentes, sobretudo as batidas por trás. Existem no mundo 13 tipos de distração e o uso do celular aumenta a desconcentração em quatro delas: a cognitiva, a visual, a auditiva e a motora.
Segundo a pesquisa do Detran, de cada 10 condutores entrevistados, oito levavam o celular ligado no veículo, sempre na expectativa de atender o aparelho como de fazer uma chamada ao conduzirem o carro. Risco de acidente na certa.

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