sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Homem extermina família em Alenquer

No Amazônia:

Está recolhido no Presídio Regional em Santarém, oeste paraense, o pequeno fazendeiro Francisco Camelo de Oliveira Filho, 27 anos, o 'Pelado'. Ele confessou ter executado, por envenenamento, cinco pessoas da mesma família e depois ter queimado os corpos em uma caieira, no município de Alenquer, na mesma região. Entre as vítimas está o pai de 'Pelado'. O crime, ocorrido há mais de um mês, foi descoberto anteontem por uma equipe de policiais civis coordenados pelo delegado Germano Carneiro.
Em depoimento, Francisco confessou a autoria e disse que cometeu o crime por causa da briga com o pai em função da demarcação dos terrenos das duas fazendas de propriedade da família.As vítimas são o pai de 'Pelado', Francisco Camelo de Oliveira, o 'Chico Camelo'; a madrasta do acusado, Lucidalva de Sousa Lira; Maria Leonilda de Sousa Rodrigues, cunhada de Chico Camelo; e os filhos de Lucidalva, Lucivando de Sousa, de 9 anos, e um bebê de 6 meses.
Conforme o delegado, há cerca de um mês, denúncias feitas à Delegacia de Alenquer davam conta do desaparecimento de cinco pessoas residentes na fazenda Milagre, situada na comunidade Arumanzal, zona rural do município. A equipe policial passou a investigar o fato. Na casa da fazenda em que morava a família, atualmente, residiam Francisco Camelo Filho e a esposa.
A moradores da comunidade e familiares o acusado dizia que o pai havia lhe vendido a fazenda por R$ 15 mil e depois teria viajado com toda a família para local desconhecido. O delegado passou a suspeitar de Francisco Filho. No dia 1° deste mês o delegado solicitou à Justiça de Alenquer uma ordem judicial de busca domiciliar na fazenda para apreender objetos e bens das pessoas até então desaparecidas, para auxiliar nas investigações. O mandado foi decretado no dia 3 e cumprido por volta de 6h30, quando uma equipe de policiais civis e militares foi à propriedade. Durante vistoria no imóvel, os policiais encontraram dois revólveres de calibres 32 e 38, além de uma espingarda, calibre 36.
Francisco Filho recebeu voz de prisão e foi conduzido à viatura policial, juntamente com a mulher dele. A caminho da delegacia, ao perceber que a mulher também seria presa, ele resolveu confessar o crime e indicar o local onde estavam os restos mortais das vítimas.
Em depoimento ao delegado, Francisco Filho contou ser dono da fazenda Santa Tereza, situada a 300 metros de distância da fazenda Milagres. O preso alegou que a relação com o pai não andava bem, por causa da separação com a mãe dele. Segundo ele, as coisas pioraram depois que o acusado recusou-se a atender a um pedido feito pelo pai, no final do mês de julho, para retirar um pico (demarcação), que separa a fazenda do acusado à do pai dele.
Filho afirmou que, no dia seguinte, o pai foi à fazenda Santa Tereza com uma arma de fogo e tentou matá-lo. Ele teria chegado a efetuar um disparo em direção ao filho, que teria tido que correr para os fundos da fazenda para não morrer.
O preso alegou ter sido ameaçado de morte pelo pai.
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