quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Lagos são aterrados para construção de passarela

ALESANDRA BRANCHES
Repórter


Devido à construção de uma passarela que tem por objetivo facilitar a circulação de pessoas entre os bairros do Mapiri e Maracanã, os lagos do Papucu e do Mapiri podem estar sendo destruídos. O motivo para tanta preocupação é o aterro que está sendo jogado dentro dos lagos a fim de garantir o acesso de máquinas pesadas que estão no local da obra que já se estende por mais de 200 metros na área alagadiça. A obra sai do bairro do Maracanã e avança em direção ao Mapiri.
Máquinas e homens trabalham há mais de um mês no local, segundo populares que moram as proximidades da obra. "Eles disseram que vão tirar esse aterro depois que a obra ficar pronta e que o objetivo é facilitar a entrada das máquinas no lago", disse Marinete Costa, que mora ao lado da obra.
Segundo o vereador Erasmo Maia, alguns moradores informaram que na parte final da obra, estão aterrando o Lago do Pacucú, que no inverno é utilizado para a prática de pesca e passeios turísticos ecológicos.
O líder do governo na Câmara, Emir Aguiar (PP), disse que os serviços da passarela sobre o Lago do Mapirí deveriam ser realizados nos meses de maio ou junho, aproveitando a cheia do rio, onde seria montado o bate-estaca em cima de uma balsa, entretanto, como alguns trechos não ofereciam condições, a prefeitura mudou o planejamento e a metodologia da obra, onde a execução está sendo feita através de um caminho de serviço, para o deslocamento do bate-estaca, e após a conclusão dos serviços, será removido todo o material utilizado neste caminho, com utilização de escavadeira hidráulica e caminhões para o transporte do material removido.
Outra discussão é quanto ao aterro que faz parte da obra de construção da escadaria e do trapiche com flutuante para atracação de embarcações na 2ª etapa da orla. Em outra ocasião, o comandante da Delegacia Fluvial de Santarém advertiu quando a proibição de aterros sem pedido de licença e autorização de órgão competente, prevendo a possibilidade do canal que passa em frente a cidade ser aterrado, dificultando a passagens de navios graneleiros e outros com o passar dos anos.

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