terça-feira, 25 de novembro de 2008

Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto

Mapiri mudado

De "recanto aprazível para as famílias passarem seus tranqüilos fins de semana", o Mapiri se transformara, em 1964, em "verdadeiro e perigoso centro de depravação". Suas praias "são palcos de bacanais cotidianos, para onde inexperientes jovens, atraídos pelas tentadoras propagandas volantes das casas de danças denominadas de 'boates', instaladas no local, ingressam no submundo da devassidão".
Indignado, O Jornal de Santarém queria que a polícia interviesse "no sentido de não permitir que antros da perdição dessa natureza continuem ameaçando a paz da família santarena". Ainda mais porque o jornal se dizia informado de que "até a prática de jogos do azar existe no Mapiri".

Escola de comércio

O novo prédio da Escola Técnica de Comércio de Santarém foi concluído, mas, no final de 1964, faltavam os equipamentos para a escola funcionar, especialmente as carteiras. A diretora, Sofia Fernandes Imbiriba, com o apoio da Associação Comercial, instituição mantenedora, deu início então a uma campanha de subscrição popular para a compra dos equipamentos escolares. "As autoridades, o comércio e o brioso povo santareno não permitirão que se humilhe por mais tempo a nossa mocidade, que necessita instruir-se", saudou Jaime Carvalho, sob o pseudônimo Jarvalho.
O problema foi resolvido quando a Assembléia Legislativa do Estado aprovou projeto do deputado José Saraiva de Macedo alocando o dinheiro necessário para a aquisição dos móveis e o governador Jarbas Passarinho sancionou a iniciativa. Os equipamentos foram entregues em seguida.

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