sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto

Pesca com bomba

A pescaria com uso de bomba estava se generalizando em Santarém, em 1964. "Os nossos saborosos peixes, que fornecem alimento para a população de nossas cidades, vilas e povoados, estão rareando, desaparecendo, isso porque pessoas desprovidas de senso de responsabilidade, espíritos mesquinhos e criminosos passaram a usar bombas como meio prático de apanhar peixes, dizimando os cardumes dos milhares de peixinhos que ainda estão em crescimento e assim sem condições para servirem de alimento".
O jornal estranhava que os fiscais do serviço de caça e pesca e a cooperativa de pescadores "não se apercebem do crime que estão praticando, sem punição, os que pescam com bombas".

Banho proibido

Em maio de 1965, o delegado de polícia, Alberto Jennings, proibiu banhos no Caiszinho, atendendo pedidos dos moradores do local, que reclamaram do "mau comportamento de certos banhistas, que ali, por ocasião de banhos, proferem palavras obscenas, em verdadeiro acinte à moral familiar", Os infratores seriam punidos na forma da lei e os menores flagrados seriam conduzidos à delegacia, "respondendo pela infração seus respectivos pais ou responsáveis".

Retratação

Argemiro Vale Fernandes publicou a seguinte declaração em O Jornal de Santarém de maio de 1965, muito sugestiva:
"Declaro que, levado pela neurastenia de minha idade e pelo gênio irritadiço de minha esposa, proferi contra o senhor João Evangelista Damasceno palavras que lhe ofenderam a honra e ele, revelando a sua alma bem formada e fina educação, perdoou-me juntamente com a minha esposa, que também lhe desrespeitou.
Desse modo, deixo bem claro que nada tenho a censurar do referido senhor, cuja vida privada é inatacável e modelo para que seja respeitada como bem merece".

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