domingo, 2 de março de 2008

Ex-delegada devolve chaves

A ex-delegada Ana Falcão já devolveu as chaves da delegacia da mulher e do carro da polícia de Itaituba.
Um dia depois da denúncia ter sido publicada por este site.
A delegada, exonerada pela governadora Ana Júlia, acusada de assédio sexual a menor, em Medicilândia, deixou o cargo em 17 de janeiro, mas levou consigo as chaves.
Falcão voltou semana passada a Itaituba e se recusava a entregá-las ao delegado Nelson Silva.

Cantor

Músico de vários instrumentos e cantor esmerado, faz sucesso em Juruti, também como maestro, um jovem de cerca de 30 anos, cujo nome, Veridiano, ainda é lembrado por muita gente.
Ele foi um bebê que ganhou espaço na mídia nacional e internacional quando descoberto com um superpeso. Foi levado até para o Japão, para exames, e já voltou àquele país pelo menos três vezes para acompanhamento médico.
Evangélico, Veridiano rege o coro de uma igreja.
(Tutti)

Fala, Pedro Aquino!

No R-70 deste domingo:
Sabe-se agora: a prática de criar assentamentos fantasmas na Superintendência do Incra em Santarém custou cerca de R$ 18 milhões do meu, do seu, do nosso dinheirinho. A área, digamos, 'disponibilizada' para trabalhadores sem-terra na região oeste do Pará, com base nessa maracutaia, equivale à do Estado da Paraíba. Todos os envolvidos no escândalo estão com os bens indisponíveis pela Justiça.

Lei é para ser desrespeitada

Hiroshi Bogea

No Repórter Diário deste domingo:
A prefeita de Santarém Maria do Carmo pediu ao superintendente da Polícia Rodoviária Federal do Pará, Isnard Ferreira, que amenize a fiscalização de bebidas ao longo do perímetro urbano na rodovia BR-163 naquele município.
A prefeita de Santarém é promotora de Justiça licenciada, portanto, juridicamente crescida para entender a profundidade da irresponsabilidade de seu gesto. Ela simplesmente faz pressão na superintendência da PRF para a prática de ilegalidade, numa descarada prova de descumprimento à legislação recentemente colocada em prática pelo governo na tentativa de reduzir a violência nas estradas.
É assustador isso, terrivelmente assustador.

Remo quebra invencibilidade do Paysandu: 2x1

O Remo quebrou a invencibilidade do Paysandu no Parazão.
Marcelo Maciel, aos 31 minutos e Lenilson, aos 34 minutos fizeram Remo 2 x 0 Paysandu, no primeiro tempo.
Zé Augusto diminuiu para o Paysandu no segundo tempo.
Final: Remo 2 x 1 Paysandu.

Mau exemplo da prefeita e promotora

Promotora de justiça, a prefeita Maria do Carmo deveria ser a primeira a incentivar o cumprimento das leis, mesmo que estas sejam contrárias a alguns interesses particulares que ela julgue que estão sendo prejudicados.
O Repórter Diário deste domingo publica uma nota em que a prefeita teria recomendado - como se tivesse autoridade para isso - ao chefe da PRF que 'aliviasse' a fiscalização em cima de bares e retaurantes que vendem bebidas alcóolicas ao longo da Br-163.
Ao invés de recomendar o cumprimento da lei, Maria do Carmo apela para o 'jeitinho brasileiro'. Depois, não venha reclamar se, a exemplo do que ocorreu no Rio de Janeiro, os contribuintes de Santarém se recusarem a pagar o IPTU.

Bradesco de olho na mineração

A inauguração da segunda agência do Bradesco em Santarém, prevista para o segundo semestre, é reflexo do crescente movimento financeiro proporcionado pela exploração de bauxita na região. Só no ano passado as duas mineradoras (Alcoa e MRN) injetaram nada menos de R$ 43 milhões na combalida economia do município.
É nesse filão de fornecedores da região, a maioria localizado em Santarém, que o Bradesco está de olho.

Jader se queixou a Luiz Dulci para impedir nomeação de petista para Sespa

Fonte do blog com acesso privilegiado aos corredores do poder, em Brasília, liga para contar que o deputado federal Jader Barbalho procurou à época o secretário geral da presidência Luiz Dulci para informar que a governadora Ana Júlia iria demitir o então secretário de Saúde Halmélio Sobral, com isso quebrando a aliança no Pará entre PT e PMDB.
No dia anterior a esse telefonema, Ana Júlia teria chamado o então secretário-adjunto, Paulo de Tarso, para comunicar-lhe que o petista seria guindado à titularidade. Em um telefonema, também naquele dia, a governadora comunciou ao próprio Halmélio sua decisão de exonerá-lo.
Conta a fonte que Jader lembrou a Dulci que a aliança nacional PMDB/PT também era aplicada aos estados e que o ato de Ana Júlia tratava de 'complicar' a aliança entre petistas e pemedebistas.
Dulci entendeu o recado e ligou para a governadora. A fonte diz que bastou isso. Halmélio foi demitido, como queria a governadora, mas o titular da Sespa continuou a ser indicado pelo PMDB: Laura Rosseti.

O grampo e o juiz

Uma das principais suspeitas levantadas pelo grampo telefônico judicialmente autorizado para a polícia monitorar os passos do juiz Alan Rodrigo Campos Meireles está relacionada com o tráfico internacional de armas. Fonte com acesso ao teor do sigilo telefônico quebrado do magistrado revela que o comando da Operação Navalha na Carne já sabe que ele seria intermediário na compra de armamento pesado, de fabricação israelense. Meireles continua desaparecido e sendo investigado pelas autoridades que lideram a operação, mas ainda não haveria mandado de prisão expedido. O juiz reside em Icoaraci, epicentro do esquadrão da morte preso na quinta-feira.

Afastado
Juiz de Almeirim até o ano passado, Meireles chegou a ser removido pelo critério de antiguidade para a Comarca de Capitão Poço, mas não assumiu o cargo. Antes que tomasse posse, foi afastado pela Corregedoria das Comarcas do Interior no rastro da abertura de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar desvio de conduta na magistratura. Meireles responde na Corregedoria por nomeação de fiéis depositários inconfiáveis para a guarda de veículos apreendidos em Almeirim.
(Repórter Diário)

A pérola do minério atirada aos porcos

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal

A Companhia Vale do Rio Doce conseguiu reajustar em 65% os preços do minério de ferro que comercializa no mercado internacional, conforme anunciou gloriosamente na quinzena passada. O aumento só foi inferior ao de 2005, que chegou a 71%. Mas para o produto de Carajás o reajuste continuou a ser recorde: os mesmos 71% de três anos atrás. A razão: o minério do Pará, com 65% de hematita pura, é o melhor do mundo. Por causa dessa qualidade excepcional (realçada ainda mais pelo volume das jazidas, das maiores do planeta), Carajás proporcionará um ingresso extra de 600 milhões de dólares aos cofres da Vale neste ano. A pergunta imediata é: por que só a empresa tira proveito de um atributo físico do minério do Pará? Por que o Estado não pode tirar vantagem de sua própria riqueza?
No momento em que os novos contratos de fornecimento de minério estão sendo fechados, para vigorar no exercício financeiro dos compradores, apenas as grandezas apregoadas pela Vale foram destacadas pela imprensa e ecoadas pelo governo. Tudo muito longe do Pará, parecendo estar fora do seu alcance, embora a fantástica mina de Carajás se localize em seu território. Ele é efetivo ponto de partida de todo processo, mas é como se nada tivesse a ver com os desdobramentos a partir daí. Nunca é o ponto de chegada dos maiores benefícios, principalmente porque não se esforça para entender a engrenagem que secciona a riqueza natural, circunstancialmente situada em seus limites, do seu uso e controle.
Mesmo quando parece que, finalmente, alguma nova renda ficará retida no Estado, não é possível soltar foguetes ao simples anúncio da benesse. É o caso da siderúrgica que a Vale prometeu instalar no Pará, por pressão do presidente da república, pressionado, por sua vez, pela governadora do Estado. Desta vez, a metodologia será diferente: ao invés de ir atrás do parceiro de investimento e só depois definir a localização do projeto, a Vale parte da definição locacional à espera que surja um sócio disposto a entrar no negócio. Parece um caminho mais incerto, principalmente no momento em que ela implanta três outras siderúrgicas (no Ceará, Espírito Santo e Rio de Janeiro). Mesmo que saia mais essa usina de placas de aço, o objetivo maior é agregar valor ou consolidar o monopólio ao longo da ferrovia de Carajás, colocando as guseiras no redil?
Carajás é a pérola da coroa da Vale. No íntimo, seus principais executivos devem pensar que essa pérola foi atirada aos porcos, que somos nós. Porcos em sentido figurado, não literal: pessoas incapazes de entender o que é dispor de uma pérola dessa qualidade, rara mesmo quando se trata de uma substância mineral abundante em quase toda crosta terrestre, como o minério de ferro.
Os australianos dominavam o mercado mundial e estavam preparados para sair na frente de todos os concorrentes no atendimento do consumo asiático, em especial da China. No entanto, foram passados para trás. Eles têm a enorme vantagem de estarem muito mais próximos da Ásia do que o Brasil, distante 20 mil quilômetros. Mas quando Eliezer Baptista deslocou o alvo, primeiro para o Japão e, depois, para a China, tinha no colete o teor de pureza da rocha de Carajás, contendo quase o dobro da hematita presente no produto australiano. Os dois terços a mais de distância foram neutralizados e o comprador ganhava em tempo, em energia, em desgaste – em custo, enfim.
Mas agora os australianos estão dispostos a endurecer a competição. Eles tocaram num ponto nevrálgico, que também foi exposto aqui (acho que pela primeira vez em toda imprensa brasileira) na edição passada, sem provocar o menor comentário das lideranças institucionais do Estado, como se este jornal estivesse tratando das pedras de Marte: o frete marítimo de Carajás para a Ásia.
Inteligentemente, a Vale não inclui no reajuste do minério o custo do frete, que é quase o dobro do custo de extração do minério (este, US$ 50 FOB, posto no porto da Madeira, em São Luís do Maranhão; aquele, US$ 90 até a China). O frete é pago pelo comprador e a Vale faz essa transação através de outra de suas empresas, autônoma, que não entra no seu custo direto, mantida a saudável distância dos holofotes, postos sempre à disposição do seu presidente, Roger Agnelli. Um reajuste como o que foi conseguido na primeira rodada, com o Japão, a China e a Alemanha, jogaria o frete para um valor insuportável, de mais de US$ 150, minando a competitividade da Vale.
Os australianos, com o apoio de outros concorrentes da mineradora brasileira, querem que o aumento inclua tudo, até o frete. Por isso manejam valores como 100% e 150%. Os analistas mais apressados estranharam que a Vale não esperasse para chegar a preço maior e os japoneses, por sua vez, que falavam em 35%, tenham cedido quase o dobro. A razão é que, se antecipando aos movimentos altistas dos australianos, o vendedor sai ganhando, ao deixar o frete de lado, e o comprador também, por se livrar de uma facada maior.
Nas radiosas notícias espalhadas pela grande imprensa nacional, todos saíram ganhando com a quase quadruplicação do preço do minério de ferro nos últimos cinco anos. As exportações da Vale, se os novos preços forem aplicados a todos os seus contratos, passarão de US$ 20 bilhões. De Carajás sairá quase US$ 9 bilhões só em minério de ferro, a maior parte da produção destinada ao mercado externo (em proporção muito maior do que no Sistema Sul da Vale, que serve o mercado nacional). De cada 10 dólares de saldo da balança comercial brasileira previsto para 2008, US$ 2,5 serão fornecidos pela ex-estatal. É feito sem paralelo na história da economia nacional. Dos US$ 10 bilhões líquidos que passarão do caixa da empresa para os cofres do Banco Central, quanto sairá de Carajás? Um quarto, talvez; ou até mais?
E nós, os porcos, aos quais essa pérola foi atirada? Míriam Leitão divulgou em sua coluna cálculo feito pela Vale, com base em dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Siderurgia, segundo os quais o valor do aço aplicado em um carro Gol, da Volkswagen, é de 10% do seu custo, e por isso o reajuste, para o bem de todos e felicidade geral da nação, pouco afetará o consumidor brasileiro. Já o custo com o minério bruto na produção do mesmo carro é de apenas 0,4%. Sai no calor.
Como só ficamos na ponta inicial da linha, da extração e venda do minério, sem avançar sobre a transformação industrial, essa é a parte que nos cabe no latifúndio de faturamento da Vale e do Brasil. É a parte do porco na venda da pérola. Se estamos satisfeitos e não nos interessa nada além, então à lama, companheiros.

Empresário de Óbidos acusado de molestar enteadas pode estar em São Paulo

O empresário acusado de molestar duas enteadas, em Óbidos, e que está com a prisão preventiva decretada pela justiça daquela comarca, pode estar em Carapicuíba, litoral de São Paulo, segundo informou uma fonte da polícia civil.
O processo contra o empresário tramita em segredo de justiça e por isso seu nome ainda não foi revelado.