terça-feira, 29 de abril de 2008

Carlos Martins quer levar ensino médio para a comunidade do Tapará

A comunidade de Correio do Tapará, em Santarém, ainda não dispõe de escola de ensino médio, apesar da demanda de jovens no local e nas localidades arredores ser grande. A carência de ensino médio na área acaba dificultando a vida dos estudantes, que precisam se deslocar para a sede do município para estudar.
O líder do PT na Assembléia Legislativa, deputado Carlos Martins, está em negociação com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), visando a implantação de uma escola de ensino médio no Correio do Tapará, a fim de atender a comunidade local. Martins entende que a educação é dever da família e também do Estado, que deve dar todo incentivo e apoio, oferecendo o desenvolvimento para os jovens exercerem a cidadania, se qualificar para o mercado de trabalho e ser um agente de desenvolvimento de sua região.
Além de enviar ofício à Seduc, ontem, dia 28 de abril, o deputado conversou pessoalmente sobre o assunto com a secretária de Educação, Iracy Gallo, sobre a viabilidade de implantar o Ensino Médio Modular na comunidade do Tapará, que também poderá atender a população das localidades vizinhas, incluindo a comunidade no Plano Estadual de Educação.
"Como parlamentar e ex-vereador de Santarém, tenho acompanhado o plano de trabalho educacional de nossa região, no qual programas são fundamentados em uma nova filosofia de ação e são direcionados para o melhor atendimento das demandas existentes. Mas, apesar dos esforços do governo, ainda há carência do ensino médio em algumas localidades de Santarém que precisam ser atendidas para facilitar o acesso à educação", enfatiza Carlos Martins.

Um caso a ser pensado

Rosana Hermann

Asquerosa, pra um. Oportunista pra outro.
Boni acha que a mídia não pode carregar tanto nas tintas. Não faltam críticas pertinentes e embasadas aos excessos cometidos na cobertura do caso Isabella pela midia.
Mas não faltam também resultados mostrando o quanto a mídia cresceu em audiência com a cobertura incessante do crime.
Os telejornais, por exemplo, cresceram 46%,segundo a Folha.
O caso chamou mais atenção do que a CPI dos cartões corporativos.
E o que ele nos diz sobre nós, o público?
O que os peritos em comunicação podem concluir sobre a hipnose coletiva que o caso causou?
O que nos escraviza tanto, o que nos prende a tudo isso?
As pessoas dizem 'eu não aguento mais esse caso' mas continuam vendo.
Somos nós, as pessoas, o povo, o público, a audiência, que colocamos as coberturas em primeiro lugar de audiência mesmo quando não há nada para ser mostrado, em pleno domingo de manhã. Ancelmo Goes comenta texto de Clóvis Rossi, que acredita que seja o gosto pelo sangue.
Soninha acha que é o fascínio pelo horror.
Não sei a resposta.Mas há fortes indícios de que nós, a audiência, sejamos culpados ou ao menos, cúmplices, de todas as aberrações cometidas.
Se fizessemos uma reconstituição da cobertura da mídia no caso Isabella, compromvaríamos facilmente que muita gente, em busca de atenção, audiência e resultados, agiu de forma brutal, a ponto de ferir os princípios humanos, esganar o respeito, cortar as grades de proteção que nos separam do absurdo e, em minutos, atiraram a ética pela janela, que se estatelou no chão matando boa parte da nossa esperança.

De Euclides à internet: as verdades do jornalista

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal e ariculista de O Estado do Tapajós


O momento mais importante da escola antiga era, para mim, o da leitura. Quando ouvia ou quando lia, minha reação era a mesma: saía do texto e ficava a errar pela memória. Ora tentava dar corpo ao que ouvia, ora recriava o que lia. Um dos maiores impactos foi a descrição do sertanejo, o forte, um elemento da natureza, em contraste com a neurastenia das cidades. Foi no Grupo Escolar Camilo Salgado, onde minha tia era diretora. Perguntei à professora sobre o livro do qual fora extraído aquele trecho para a leitura do dia. “Os Sertões”, ela informou, não sem aconselhar: não leia “A Terra” nem “O Homem”; vá direto à “Luta”, o capítulo que tem ação e é interessante.
Mas comecei pelo começo e continuei na seqüência estabelecida pelo autor, Euclides da Cunha, até o fim, deslumbrado. “A Terra” é a mais encantadora descrição geográfica que já li até hoje. Como engenheiro, ele sabia, tecnicamente, do que falava quando citava rochas e demais acidentes naturais. Como artista, recriava a paisagem com uma narrativa cheia de símbolos, de imagens, de inventiva pessoal. A plasticidade é tal na abertura de “Os Sertões” que precisei voltar várias vezes nos anos seguintes. Primeiro, para apreciar o som das palavras. Em seguida, para captar o que elas queriam dizer, seu significado. E, por fim, usando-as como roteiro para uma consulta à cartografia. A geografia adquiriu aquele componente mágico tão acuradamente observado por um grande leitor de literatura, o nosso Eidorfe Moreira (filósofo da geografia ou geógrafo da filosofia, hein, Benedito Nunes?).
Essa paragem já remota da minha vida veio-me fresca ao ler a entrevista do jornalista Marcos Sá Corrêa à última edição da revista História. Ele recomenda a criação de uma cadeira chamada Euclides da Cunha em toda faculdade de comunicação. Nela, os futuros jornalistas aprenderiam o que é ética, o que é revelar o mundo real, como Euclides fez, desvendando o interior do Brasil para as sanguessugas litorâneas que dominam o país e lhe impõem sua visão da nação. Mas também aprenderiam a não escrever como Euclides, que “escrevia de uma maneira chatíssima”. Repetindo a professora do primário, Marcos pontifica, hiperbólico: “Os Sertões começa chato, é preciso passar por aquela maçaroca inicial, mas quando você chega na guerra, o texto começa até a ficar melhor”.
Até entendo o que o filho de Vilas-Boas Corrêa (meu colega de Estadão) quis dizer, mas sua boa intenção pode resultar numa tragédia. É preciso assinalar logo uma verdade secular: Os Sertões não é jornalismo, é literatura. Claro que revelou muitas verdades, desmistificou muitas asneiras, é o melhor relato da guerra de Antônio Conselheiro e seus jagunços por quem a viu. Desde então, porém, muito melhor jornalismo e historiografia sobre o tema foi produzido, em alguns aspectos cobrindo Os Sertões de cinzas. Mas esse ainda é – e o será cada vez mais – o grande épico brasileiro, à altura de criações equivalentes, como Guerra e Paz, de Tolstói.
Euclides não criou uma nova língua para se aproximar das Geraes, como fez Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas. Ele simplesmente aproximou velhos dicionários da terra e dos homens, refazendo sua história, de uma forma appassionata, com sua imaginação febril, profética, trágica. A grande obra é o seu criador, que nela se contém e a contém. É provável que o conselho de Marcos não sirva de cautela aos jornalistas, permitindo-lhes aprender no livro o que devem aprender. Mas certamente desviará muito leitor do prazer fecundo da leitura de Os Sertões, que deve começar pela descrição da terra, por ser inigualável.
Às vezes os jornalistas, pagando prêmio à originalidade, cometem o pecado de serem categóricos demais, de darem um salto que excede as próprias pernas. Na mesma entrevista, Marcos proclama, como se tivesse à mão as tábuas da lei: “Todos os jornais em papel vão morrer nos próximos vinte anos no máximo, e já vão tarde”. A internet já os está sepultando. O dobre de finados soou para eles.
Talvez até venha a ser verdade. Mas ao final da leitura das 675 páginas de Os Melhores Jornais do Mundo, livro (em papel) de Matías M. Molina, fica-se, no mínimo, na dúvida, elemento mais propício às descobertas do que a certeza com data certa, como a de Marcos. Depois do mais completo levantamento já publicado em língua portuguesa sobre os mais influentes jornais do mundo, Molina observa a longevidade dessas publicações: “Dois deles foram fundados no século XVIII, onze no século XIX e apenas quatro no século XX – embora três deles tenham sido herdeiros diretos de diários muito antigos”.
Alguns dos melhores jornais estão em crise e é provável que mudem de donos ou mesmo desapareçam, mas não todos e nem essa forma de divulgação de informações, se a busca de qualidade continuar a ser a sua principal diretriz, para se fazer ouvir e influir, sendo aquele tipo de bom jornal caracterizado por Arthur Miller: “a nação falando para si mesma”. E com um toque de grandeza que se realiza pela capacidade “de ter uma visão crítica a respeito de si mesmo”.
Utopia? Quimera? Molina cita um exemplo que impressiona: a revista inglesa The Economist dobrou sua tiragem em 13 anos: passou de 500 mil exemplares em 1993 para um milhão de cópias em 2006. Quem já teve a oportunidade de ler a volumosa publicação dispensará epitáfios tão categóricos quanto o de Marcos. Seu perfil, ao contrário do de Euclides, não combina com o figurino de profeta.

A história se repete!

Olavo Neves

Invariavelmente, todos os anos a sociedade se mobiliza, reúne com políticos e instituições, clama por atenção especial para a BR-163, e da mesma forma, invariavelmente, a história é a mesma: Isolamento, desolação e atoleiros. Até quando?
É impressionante como a falta de planejamento aliado a má vontade política, mais uma vez instala o caos nas rodovias de nossa região, e o pior trecho também já conhecemos: SANTARÉM-RURÓPOLIS.
Em recente reunião com o comando do 8o. Batalhão de Engenharia e Construção, responsável pela manutenção do pior trecho de nossa rodovia, novamente se ratifica aquilo que ano após ano regularmente ocorre, recursos escassos liberados em pleno inverno amazônico, onde o que deveria ser utilizado no verão para manutenção da BR-163 com vistas à prevenção do inverno amazônico, acaba sendo gasto nos famosos pontos críticos, que, aliás, já são conhecidos de todos, pois ali a chuva comumente faz seus estragos.
Chega de conversa! Chega de enganação! Trafegabilidade é o mínimo que exigimos para a BR-163, pois se trata de um direito basilar do cidadão, o direito de ir e vir.
Graças a Deus estamos chegando ao final de mais um inverno amazônico (sobrevivemos!) e com a chegada da nova estação vem a aflição da liberação de recursos que garantirão a manutenção da trafegabilidade desta rodovia tão importante para nossa região.
Esperamos que neste verão a história seja diferente, e que prevaleça o bom senso dos políticos e instituições que detém em seu poder a grande sapiência de liberar os recursos suficientes e em tempo hábil.
Asfalto? Prefiro nem comentar!

* Olavo das Neves é presidente da ACES

Marina Silva e Sigmar Gabriel visitam resex Tapajós-Arapiuns

A Prefeita Maria do Carmo recepcionou, há pouco, no Aeroporto de Santarém o ministro do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha, Sigmar Gabriel, que cumprirá agenda oficial em Santarém hoje e amanhã, quarta-feira.
Do aeroporto, a comitiva de Sigmar Gabriel segue para Alter do Chão.
Às 18h00, no Hotel Beloalter, acontece um encontro no qual serão iniciados contatos para iniciativas de cooperação bilateral, oportunidade em que serão priorizados temas como biodiversidade, desmatamento e biocombustíveis.
Às 19 horas quem chega a Santarém é a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que acompanha a comitiva do ministro alemão na visita de campo que ele fará amanhã.
Logo depois, os ministros do meio ambiente dos dois países se reunirão, em jantar oferecido pela Prefeitura, no Buffet Coma Bem, às 20 horas.
Visitas - Amanhã, a partir das 07h00, em visita à Floresta Nacional do Tapajós, os representantes dos governos brasileiro e alemão serão recebidos pelos comunitários de Maguari. A comitiva almoça na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.
À tarde está prevista uma visita à Comunidade Suruacá. Em seguida, a comitiva volta a Alter do Chão, onde, à noite, reúne com membros de Organizações Não-Governamentais que lutam em favor da preservação da Amazônia.
Na manhã do dia primeiro de maio, a comitiva segue para cumprir agenda em Belém.
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Atualizada às 17h50:
A ministra Marina Silva cancelou sua visita a Santarém.

Mário Couto apresenta emendas ao Orçamento para Santarém

Atendendo a uma solicitação do deputado estadual Alexandre Von (PSDB-PA), o senador Mário Couto (PSDB-PA) apresentou emendas ao Orçamento da União beneficiando o Bairro de Jaderlândia e a Vila de Mojui dos Campos, no município de Santarém
Estão previstos a construção de uma quadra poliesportiva coberta no Bairro de Jaderlândia, município de Santarém, no valor de R$ 220 mil e a construção de um microssistema de abastecimento de água no Bairro de Vila Nova, na Vila de Mojui dos Campos, no município de Santarém, no valor de R$ 200.000,00.
Segundo informações prestadas pelo deputado Alexandre Von, a Prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de Governo, já está devidamente informada da disponibilidade dos recursos orçamentários acima descritos, bem como das providências a serem agilizadas junto à Secretaria de Planejamento e Orçamento do Estado do Pará, uma vez que os convênios para a viabilização dos recursos serão originados do Governo do Estado do Pará.

OAB busca soluções para reduzir a violência

Do Espaço Aberto

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Pará lança nesta terça a campanha Brasil Contra a Violência. O lançamento será simultâneo entre as 27 seccionais da OAB em todo o país.
A campanha prevê a realização de conferências em todas as seccionais da OAB durante o mês de julho, assim como no Conselho Federal no mês de setembro. Com a iniciativa, a Ordem pretende buscar soluções para a violência e a criminalidade, bem como para a propagação de uma cultura de paz no Brasil.
As conferências serão ministradas por especialistas de diversas universidades do país, propondo ações práticas e objetivas que resultem na segurança e na melhoria de vida dos cidadãos brasileiros, atacando os males que, além da violência e da criminalidade, propiciam as desigualdades, as exclusões e os conflitos sociais.

Socorrooooooooooooooooooooooo!

Posto de saúde da comunidade do Cipoal, no planalto santareno está sem funcionar há dois meses.
Equanto isso, a prefeita Maria do Carmo diz que a saúde no município vai as mil maravilhas.

Babel

Sem que os digentes do São Raimundo tenham sido avisados previamente, a Federação Paraense de Futebol já teria remarcado o jogo São Raimundo x Tuna de sábado para quinta-feira, dia 1º de maio, às quatro da tarde, no Barbalhão.

Juiz some do TJE

Fora da magistratura, o juiz Alan Rodrigo Campos Meireles, que apareceu em grampo telefônico judicialmente autorizado à polícia por suspeita de ligação com a quadrilha de justiceiros presa pela Operação Navalha na Carne, continua sem ser visto no TJE.
Sem inquérito ou denúncia pela Navalha na Carne, Meireles responde a processo que corre na Corregedoria das Comarcas do Interior por “bronca” na Comarca de Almeirim.
(Repórter Diário)

Prefeita de Santarém defende conciliação entre PT e PMDB

Espaço Aberto*

* Maria do Carmo (PT) diz que PMDB é “estratégico”
* Quadro eleitoral em Belém tem reflexos no interior
* “Candidatura do Mário Cardoso também é legítima”
* Prioridade é reforçar aliança com PMDB em Santarém

A prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins Lima (PT), considera que ainda há tempo para que PT e PMDB, representados por suas principais lideranças e pelos pré-candidatos até aqui conhecidos, sentem-se à mesma e procurem conciliar interesses para que possam caminhar unidos, em Belém, nas eleições municipais de outubro.
“Na minha opinião, é indiscutível que o PT e o PMDB devem conversar sobre as composições políticas em Belém, porque a eleição na Capital pode, sim, ter reflexos políticos em todo o interior e também”, diz a prefeita, com a autoridade de petista que administra um município de 174 mil eleitores, o terceiro maior colégio eleitoral do Estado, depois de Belém e Ananindeua.
O Espaço Aberto conversou com Maria do Carmo, por telefone, no último final de semana. Bastaram cerca de 15 minutos para que a prefeita expusesse com clareza – e franqueza – suas opiniões sobre uma conjuntura eleitoral que mudou de curso nas duas últimas semanas.
Os ventos que, segundo se imaginava, até então sopravam na direção de uma aliança entre PMDB e PT em Belém, mudaram bastante desde a ocorrência de quatro eventos que se sucederam rapidamente.
Primeiro, foi a decisão da deputada estadual Regina Barata, que surpreendeu muita gente ao formalizar perante seu partido, o PT, sua desistência de manter-se pré-candidata e disputar as prévias com seu companheiro, o professor e ex-secretário de Educação Mário Cardoso.
Segundo, a entrevista que Mário Cardoso concedeu ao Espaço Aberto, na qual considerou mentirosas as informações divulgadas amplamente – inclusive por outdoors que naquela altura estavam fixados em vários pontos de Belém – pelo pré-candidato do PMDB a prefeito de Belém, o ex-deputado José Priante, de que era o preferido o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sucessão de Duciomar Costa. Além das críticas, Mário Cardoso disse que Priante, a bem da transparência, deveria informar de onde vem o dinheiro que lhe tem permitido promover-se nesta fase pré-eleitoral.
Terceiro, a oficialização, pelo Diretório Municipal do PT, do nome de Mário Cardoso como o pré-candidato a prefeito de Belém e do início efetivo dos debates distritais, reveladores de que a decisão da legenda em sair com candidato próprio não é figuração, segundo reforçou ao blog o vereador e presidente do partido em Belém, Adalberto Aguiar.
E quarto, o anúncio do deputado federal Jader Barbalho, presidente regional do PMDB, de que, diante das críticas e acusações de Mário Cardoso e da deliberação do PT de Belém em lançar Mário Cardoso, o ex-deputado José Priante será o candidato peemedebista a prefeito da Capital. E mais: que, ao contrário do que pretende, o PT não merecerá do PMDB nenhum tratamento preferencial em relação a eventuais alianças para o segundo turno.

“O PMDB é importantíssimo, é estratégico”
Foi considerando todo esse quadro que Maria do Carmo – que no PT compõe a mesma tendência que o próprio Mário Cardoso e o deputado federal Paulo Rocha – expôs ao blog sua avaliação sobre o presente e o futuro próximo das negociações sobre alianças que precedem o pleito de outubro.
A prefeita considera que o PT precisa reconhecer o papel do PMDB nas eleições de 2006. “Não há como minimizar a importância da aliança que nós, do PT, fizemos com o PMDB. A participação do ex-deputado José Priante foi de fato importantíssima, tanto para a vitória da candidata Ana Júlia ao governo do Estado como do próprio presidente Lula. E o PMDB é importantíssimo, é estratégico, tem importância central não apenas na eleição em Belém, mas em Santarém”, diz Maria.
Ela não considera que seja obstáculo o fato de que tanto o PT como o PMDB em Belém já terem definido os nomes de Mário Cardoso e José Priante, respectivamente, como pré-candidatos à prefeitura. “Não vejo isso como impedimento, porque nós precisamos pensar nesse assunto estrategicamente, sem predisposições pessoais. Devemos pensar partidariamente”, pondera Maria do Carmo.
A prefeita de Santarém avalia muito mais como a expressão de “posições pessoais” os juízos e as avaliações formulados pelo professor e ex-deputado Mário Cardoso na entrevista que deu ao Espaço Aberto. “O Mário é um grande companheiro. É um companheiro dos mais valorosos. E acho também que é absolutamente legítima a pretensão do nosso partido em Belém de ter uma candidatura própria. Da mesma forma, é legítimo que o PMDB almeje apresentar candidatura própria. Mas a conjuntura, analisada de uma forma bem mais ampla, demonstra que precisamos deixar de lado questões pessoais e avaliarmos o que é melhor para nós, em proveito de projetos políticos mais abrangentes”, diz Maria do Carmo.
Ela só identifica um ponto positivo no fato de PT e PMDB caminharem separados em Belém. “Se cada partido realmente sair com candidatura própria, é claro que aumentam as chances de um deles pelo menos passar para o segundo turno. Em outra hipótese, se os dois partidos se unissem, o destino deles seria um só: se ganhassem, tudo bem; mas se perdessem, também perderiam juntos”, especula a prefeitura.
Nesse contexto, ela até admite que PT e PMDB pudessem apresentar candidaturas próprias – e separadas, portanto – às eleições de outubro, desde que isso obedecesse a uma orientação estratégica, conjunta, afinada entre as duas agremiações, para conquistarem a Prefeitura de Belém. Mas no ritmo em que avança a carruagem, puxada por PT e PMDB querendo tomar diferentes, Maria do Carmo considera que os caminhos a serem percorridos dessa forma podem não ser favoráveis tanto a petistas como a peemedebistas em Belém, com reflexos no interior do Estado.

Aliança ampliada em Santarém

Maria do Carmo enfatizou que ao contrário de Belém, onde arranhões e confrontos parecem ter abalado irremediavelmente a convivência entre PT e PMDB, em Santarém a convivência entre os dois partidos mantém-se – conforme assegura – tão cristalinas como as águas do Rio Tapajós que banham a cidade.
“Nossa prioridade aqui em Santarém é reforçar a aliança com o PMDB. Temos tido um ótimo relacionamento com o PMDB, através do deputado Antônio Rocha, que não tem nos faltado com seu apoio. O PDT e o PSB também têm nos ajudado bastante a consolidar uma aliança que garanta a nossa reeleição”, afirma a prefeita, que em 2004 chegou ao governo municipal com 60,3 mil votos, 45,1% da votação válida naquele pleito.
Aos partidos que se aliaram ao PT em Santarém nas eleições de 2004 – PDT, PSB, PPS e PCdoB -, Maria do Carmo diz que tem se empenhado em ampliar o arco de apoios para incluir não apenas o PMDB, mas o Partido Republicano (PR), do ex-deputado Anivaldo Vale, o PSC, o PMN e o PP, além do PTB.
Justamente o PTB, que em Belém é encarnado pelo prefeito Duciomar Costa e já foi mencionado pelo presidente municipal do PT em Belém, vereador Adalberto Aguiar, como um dos três partidos com os quais os petistas não admitem qualquer negociação visando alianças. Os outros dois são o PSDB e o DEM.
Maria do Carmo considera que uma aliança como a que pretende formar poderá garantir melhores condições e melhor respaldo eleitoral para lhe garantir mais quatro anos de mandato à frente da Prefeitura de Santarém.

Veeador acusa chefe de gabinete de Odair Corrêa de promover tumulto em congresso do PSB

O vereador Reginaldo Campos, em discurso na Cãmara, agradeceu a participação maciça de filiados do Partido Socialista Brasileiro no Congresso Municipal que aconteceu no último domingo (27), no plenário da Câmara Municipal.
Segundo o vereador, mais de 500 filiados compareceram ao evento em Santarém, número superior ao congresso realizado em Belém, que foi de apenas 337.
Reginaldo denunciou a interferência do chefe de gabinete do vice-governador, Mauro Marques, que veio de Belém, tentar tumultuar o nosso processo democrático, mas não conseguiu.
" Os números finais demonstraram a magnitude dos nossos filiados, ganhamos com 488 votos, a outra chapa [apoiada por Odair Corrêa]obteve apenas 15 votos, festejou o vereador.