sábado, 3 de maio de 2008

São Raimundo derrota a Tuna e entra no G-4

Em partida válida pela quarta rodada do 2º turno do parazão, o São Raimundo derrotou a Tuna Luso Brasileira pelo placar de 3 a 2 neste sábado no estádio Barbalhão, no chamado jogo dos desesperados.
Os gols do Pantera foram marcados através de Divanor, Emerson Bala e Hélcio; Albertinho foi o autor dos gols da Tuna.
Com o resultado, o São Raimundo ocupa no momento a 4ª colocação com 6 pontos, já a Tuna permanece na última posição com apenas 1 ponto conquistado.
A renda da partida foi de R$ 14.595,00 e apresentou um público total de 2.017 torcedores, sendo 1.549 pagantes e 468 credenciados.
Pela quinta rodada no domingo, a Tuna enfrentará a equipe do Cametá/Vila Rica no parque do Bacurau em Cametá e o São Raimundo jogará contra o Tiradentes em Santarém.

Por quê importamos alimentos?

Antenor Giovannini

Uma triste constatação. Se afora termos deixado do lado a produção de arroz, que chegou a casa dos 2 milhoes de sacas há tres anos atrás, fazendo com que o preço na gôndola do supermercado chegasse a R$ 0,46 kg, observamos nessa importação coisas absolutamente básicas e que poderiam ser incentivadas e produzidas localmente.
Xuxu é um exemplo. Batata é outra. Cenoura, repolho, tomate, e tantas outras.
Titularização das terras que é básico, aliado a condição de concessão de crédito, atrelado ao trabalho de projeto e orientação de plantio fornecido por orgãos oficiais locais e extremamente capacitados, aliado a uma centralização de recebimento dessa produção para posterior repasse ao consumidor, trariam ao mini/micro/pequeno produtor que são o alicerce dessa cadeia de produção de horti fruti uma segurança e principalmente condição de olhar o futuro com esperança.
Hoje é mais fácil chorar o leite derramado, culpar os outros e aplaudir quem se esforça para trazer 120 tons de alimento via carreta/aerea para nao faltar na mesa santarena.

"Sou a favor do diploma para o exercício do jornalismo", defende Cezar Britto

Em seminário promovido pelo Sindicato dos Jornalistas de Sergipe, emAracaju, presidente da OAB também defendeu melhor qualidade do ensino em jornalismo e o Conselho Federal dos Jornalistas
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, defendeu com veemência a manutenção da exigência do diploma para o exercício profissional do jornalismo. "Sempre defendi o diploma para jornalistas, enão mudei de opinião", falou, de forma contundente, Britto para uma platéiade profissionais da área, professores e estudantes de Comunicação durante seminário sobre o novo Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, realizado no último dia 30, em Aracaju, e promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (Sindijor/SE).
Cezar também defendeu a melhoria da qualidade no ensino do jornalismo nas faculdades detodo o país e a criação do Conselho Federal dos Jornalistas.
Chamado para falar sobre ética, o presidente nacional da OAB acabou instigado a se pronunciar sobre a exigência do diploma para o exercício do jornalismo, diante do fato de que a questão está sendo apreciada no SupremoTribunal Federal.
Em novembro de 2006, numa decisão em caráter temporário, o ministro do STF Gilmar Mendes suspendeu, por meio de uma liminar, a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para exercer a profissão. Desde então, o imbróglio da obrigatoriedade ou não do diploma está em suspensão, e só será resolvido em caráter definitivo quando o STF julgar um recurso contra a decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª região, que exigia o porte do diploma para os jornalistas.
"Sou totalmente a favor da manutenção da exigência do diploma para jornalista, porque acredito que isso tem relação direta com a qualidade da informação que chega até os cidadãos. Um jornalista que passa por uma boa formação acadêmica, ele tem as bases, adquiri os conhecimentos necessários para dar melhor tratamento à informação que irá produzir, e quem sai ganhando com isso é a sociedade", ressaltou Britto.

Analfabetos funcionais

O post "Salão do livro caro" suscitou o seguinte comentário do escritor e leitor Nazareno Santos, de Itaituba:

"Na condição de escritor e leitor voraz, vejo com tristeza o raquitismo cultural de um pais que cria tantas bolsas besteiras e ainda não pensou um bolso livro para que o brasileiro possa ler mais.
Um professor da Bahia criticou os estudantes da boa terra dizendo que se berimbau tivesse duas cordas o baiano não tocaria. Começo a achar que ele tem razão, mais(sic) estendendo a critica a todo o pais e pra nossa região.
Por isso que o mercado está impregnado de "analfabetos funcionais" que por esse ou aquele motivo não gostam de livros.
Mas concordo que o preço também é o que contribui para tornar o Brasil um pais pobre de leitores.
Nazareno Santos-Escritor, membro da Academia Itaitubense de Letras."

Acusados do Caso Dorothy voltam a julgamento nesta segunda-feira (5)

O juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, da 2ª Vara de Júri de Belém, submeterá a novo júri popular, nesta segunda-feira (5), o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura (Bida) e Rayfran das Neves Sales, acusados de participação no planejamento e execução da missionária, Dorothy Stang, de 73 anos.
Os dois já foram condenados pelo crime num primeiro julgamento, sendo sentenciados em 30 e 27 anos de reclusão, respectivamente. Como as penas ultrapassaram 20 anos, valendo-se da legislação penal para condenados em tribunal do júri, os advogados de defesa dos réus apelaram por novo julgamento. A nova sessão de julgamento está prevista para durar dois dias.
Na defesa atuarão o advogado Eduardo Imbiriba e defensora pública Marilda Cantal.
A acusação que pesa contra o fazendeiro Bida, sustentada pelo representante do Ministério Público, através do promotor de justiça Edson Augusto Souza, é o de ter contratado terceiras pessoas, mediante promessa de pagamento para executar a missionária. O primeiro júri, também presidido pelo juiz Raimundo Flexa, foi realizado em 14 de maio do ano passado. Rayfran Sales, que responde como executor do crime, foi condenado no primeiro julgamento a 27 anos de prisão, em dezembro de 2005, menos de um ano do cometimento do crime. Ele apelou por novo júri e retornou ao banco de réus, em 22 de outubro de 2007, tendo a condenação confirmada.
Através do advogado César Ramos, Rayfran recorreu do segundo julgamento em instância superior (Câmaras Criminais Reunidas do TJE), apontando problemas técnicos, que foi acolhido pela maioria dos desembargadores, que anulou o segundo júri. Com este, que acontecerá na segunda, Rayfran retorna pela terceira vez ao banco de réus.
Amair Feijoli da Cunha, o “Tato”, foi condenado a 27 anos de prisão como intermediário do crime, mas foi beneficiado com a redução de um terço da sentença - definitiva em 18 anos – valendo-se do recurso da delação premiada. O recurso garante benefício a acusados que colaboram com informações no processo.
Regivaldo Pereira Galvão, o pecuarista acusado de, em conjunto com Bida, ter planejado e mandado matar a missionária mediante promessa de recompensa, também foi pronunciado para ser submetido a júri. Ele está recorrendo em instância superior, da sentença de pronúncia. A exceção deste último que aguarda em liberdade a apreciação dos recursos, todos os demais estão recolhidos em casas penais do Complexo Penitenciário do Estado.
(Fonte: TJE)

O Tapajós é que nem carneiro que vai dar a marrada

Do Espaço Aberto:

O nível do Rio Tapajós, no trecho que banha Santarém, subiu até 8,14 metros e deu uma recuada até 8,08 metros.Mas ainda não é a vazante, aposta quem observa há mais de 50 anos o movimento das águas. “Nesta época, isto é normal. A água dá uma subida, depois baixa um pouco e vai subir de novo. É igual ao carneiro, que recua apenas para poder dar uma marrada mais forte”, diz o experiente pescador.Ele aposta: o rio voltará a subir logo, logo. E garante que as águas começarão a vazar mesmo somente a partir de junho.

Termômetro

A prefeita Maria do Carmo foi aplaudida apenas 'socialmente' após encerrar seu discurso na festa da empresa do ano promovida pela Associação Comercial e Empresarial de Santarém, ontem à noite, no Amazon Park Hotel.
Na platéria, citado por todos os oradores que antecederam a prefeita, estava o deputado federal Lira Maia.

Dieesel explosivo

Estradas intrafegáveis.
Preço da carga em aviões com preço estratosférico.
Dependência do transporte fluvial.
Esses três ingredientes misturados à pitada do aumento de 8% do óleo diesel nas bombas pode aumentar o custo do frete e, consequentemente, o preço dos alimentos em Santarém.
Para quem ainda não sabe Santarém importa 100 toneladas/mês de comida perecível.

Cidade da dengue

Santarém, na administração petista de Maria do Carmo e Everaldo Martins Filho, é a vice-campeã paraense de casos de dengue.
Segundo dados da Sespa, em 2008 as ocorrências da doença no Pará colocaram a cidade de Parauapebas em primeiro lugar, com 540 casos registrados. Na seqüência, vem Santarém (439), Redenção (358), Belém (324) e Marabá (299).

Triângulo eleitoral

As frequentes interlocuções havidas entre o deputado Jader Barbalho, o advogado Helenilson Pontes e o deputado federal Lira Maia estão, por assim dizer, movimentando as peças do tabuleiro eleitoral em Santarém.
Xeque-mate à vista.

O dito pelo não dito

Desmentir o que disse ou deixou de dizer é rotina do vice-governador Odair Corrêa.
Primeiro, ele fala pelos cotovelos.
Depois de feito o estrago, um assessor redige nota dedizendo o que foi dito e nada mais lhe é perguntado.
Até o próximo disse-me-disse.

Alistamento eleitoral

Os futuros eleitores que deixaram para última hora o alistamento eleitoral enfrentam chuva torrencial da manhâ deste sábado.
Os cartórios abrem neste final de semana das 8 as 12 horas. O prazo temina dia 6.

Uma guerra viciada

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal

A relação da Vale privatizada com o governo petista voltou ao estágio do conflito que houve em anos anteriores. A novidade nessa beligerância é que algumas situações podem estar fugindo ao controle dos protagonistas. O prejuízo pode ser maior do que aparenta.

Os dois maiores poderes no Pará colidiram na semana passada. A Companhia Vale do Rio Doce, maior empresa privada em atuação no território paraense, acusou o governo do Estado de estimular, por omissão calculada, mais uma agressão praticada contra a companhia pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. Pela nona vez em 13 meses, o MST invadiu e bloqueou a ferrovia de Carajás, a terceira maior via de exportação do Brasil, que no ano passado movimentou riquezas no valor de quase sete bilhões de dólares. O governo devolveu a acusação: disse que só houve confronto porque a Vale foi inábil no tratamento dado à questão.
De fato, a empresa ajuizou uma ação que, em síntese, queria obrigar o governo a cumprir a lei, impedindo a consumação de um crime anunciado: o bloqueio dos trens, interrompendo o fluxo de minério, de carga geral e de passageiros entre Parauapebas e o porto da ponta da Madeira, em São Luís do Maranhão, numa extensão de 870 quilômetros. A situação, entretanto, é complexa. A ferrovia é uma concessão federal, outorgada por 50 anos à Vale. Logo, envolve direitos e responsabilidades da União e não só do Estado, que tem ao seu cargo a segurança pública em geral.
Já o crime só existe quando se materializa. Até lá, todos são inocentes, embora nem tanto. Com bastante antecipação, lideranças do MST anunciaram que o bloqueio da ferrovia de Carajás era um dos itens do “abril vermelho”, uma série de manifestações de protesto e reivindicação disseminadas pelo país. Do anúncio à sua consecução, os dias que transcorrem serviram para o movimento reunir pessoas, exibir sua força, medir a reação dos demais personagens e partir para o ato, como se ele fosse inevitável.
A proposição da ação pela Vale, mesmo que rejeitada pelo juiz federal de Marabá, combinada com a postura mais agressiva do presidente da empresa, modificaram o cenário armado para os eventos anteriores. Roger Agnelli se permitiu desviar seu jatinho para Belém e passar alguns momentos na cidade para advertir pessoalmente a governadora Ana Júlia Carepa, do PT, para o efeito da agressão do MST.
Tratou os integrantes do movimento por bandidos e garantiu que não cederia à sua intimidação, por ser ilegal. Chegou ao requinte inovador de, desta vez, não ameaçar suspender a implantação do projeto de uma siderúrgica no Pará, que representaria o almejado passo além da mera gusa no processo de beneficiamento (ainda em escala primária) do rico minério de ferro de Carajás. Agora, disse que a Vale continuará a siderúrgica sem contar com o governo do Estado, embora atos como o do MST venham a inibir outros investimentos, trazendo grandes prejuízos ao Pará.
A declaração de guerra do presidente da Vale ganhou eco ultra-ampliado na imprensa local e nacional (regiamente servida pela publicidade da empresa, que agora se tornou anunciante de grande peso, ao contrário do procedimento anterior, especialmente na era estatal) e provocou reações de representações da sociedade, sobretudo junto ao empresariado. Como o clamor ganhou corpo, o MST alterou sua estratégia: procurou desvincular-se do bloqueio da ferrovia, transferindo-o para a responsabilidade de um difuso movimento de garimpeiros, sem credenciais para promover um ato de tal envergadura.
As camisas e bandeiras vermelhas mudaram de cor, tornando-se amarelas. Podiam ser interpretadas como o símbolo da desculpa esfarrapada do MST para se isentar de responsabilidade, tão sem-jeito que imediatamente o movimento divulgou nota oficial declarando seu apoio à iniciativa dos garimpeiros, sem mudar o tom da linguagem, mais adequada para o dono da empreitada.
Essa nova estratégia pode indicar a esperteza dos dirigentes do MST. Ao agir assim, eles se livraram das conseqüências legais do ato que planejaram e executaram (como a multa, previamente determinada pela justiça do Rio de Janeiro, e a possibilidade de prisão, ainda pendente). Mas, dependendo dos desdobramentos dessa nova situação, esse diversionismo pode começar a enfraquecê-lo, revelando algumas de suas fragilidades, como a de se valer do apoio oficial, velado ou explícito, verbal ou material, para poder exibir sua força. A relação entre um movimento que se recusa à institucionalização e legalização (não aceita se tornar pessoa jurídica), mas se vale do aparato do poder público, inclusive para arrecadar dinheiro, está sujeita a grandes flutuações conjunturais. Pode se manter eficaz e até duradoura, mas pode se corroer de súbito.
A ação do governo estadual no episódio guardou coerência com o padrão dessa relação difusa. As polícias militar e civil acompanharam a obstrução dos trilhos e a paralisação da composição ferroviária, só intervindo em certo momento, quando o desbloqueio já parecia acertado. A Polícia Federal, que seguiu essa sincronia, não deixou, porém, de carregar um elemento material do delito: prendeu e indiciou dois dos organizadores da manifestação, um deles da prefeitura de Parauapebas, sob o comando do PT e acusada de ser a principal patrocinadora do ato do MST.
A prefeitura e o governo podem alegar que assim se comportaram porque precisam ser o instrumento das justas reivindicações dos sem-terra e demais habitantes da região, desassistidos pelo Estado, e porque o poder da Vale tem sido usado abusivamente, sem freios nem peias, como precisava ser. É um argumento poderoso. No entanto, há também outros argumentos apresentados nos bastidores do poder: a constante impetuosidade sobre a Vale teria a finalidade de pressioná-la e forçá-la a ceder recursos ao município de Parauapenas, que reivindica na justiça direitos no valor de 600 milhões de reais e já teria gasto por conta parte desses recursos, embora sua obtenção ainda seja temerária.
Num ambiente de ocultações e manobras, todo tipo de interpretação e de boato tem curso fácil. Principalmente quando se pode de pronto montar uma agenda com itens graves que jamais são esclarecidos, sobretudo porque a poderosa Vale se recusa a descer do seu Olimpo metropolitano, dialogar com pobres mortais interioranos e ceder-lhes ao menos alguns de seus anéis, elaborados sob exaustiva exaustão dos recursos naturais do Pará.
A Vale acumula um contencioso enorme e insolúvel com o Estado, pelo qual o doutor Agnelli não consegue disfarçar sua má-vontade. Essa arrogância gera a antipatia geral pela empresa, que, se sentindo incompreendida e injustiçada (não sem alguma razão), reage com mais arrogância. Mesmo quando se dispõe a fazer alguma concessão ou aceitar alguma ponderação, age como se estivesse realizando uma caridade ou movida por mera liberalidade e paternalismo.
Não pode ser amada ou compreendida uma empresa que gera 10 mil demandas trabalhistas em Parauapebas, forçando a rápida duplicação da antiga junta de justiça, que não deu conta do trabalho. Agora, nem mais as duas são suficientes. As queixas são contra as empreiteiras da Vale em Carajás, mas a reação massiva é fruto de uma terceirização sem fronteiras, irresponsável. E de uma estratégia advocatícia estabelecida com base no frio cálculo aritmético, cujo resultado é revelar que a quitação da dívida em juízo é mais rentável do que o respeito prévio dos direitos trabalhistas. A terceirização de 90% da mão-de-obra de Carajás cortaria o elo da empresa com suas empreiteiras, protegendo-a em seu castelo de vidro por um fosso intransponível.
Esta é a ética predominante na Vale privatizada: ela se pauta pelos números, pela ânsia quantitativa de resultados e de grandezas, abstraindo pessoas e relações sociais, ignorando a paisagem em torno de suas catedrais da produção. Uma vez estabelecidas as metas, por critérios contábeis, atuariais, financeiros, de marketing e de gestão de negócios, o que importa é alcançá-las. A grandeza da empresa é também sua fragilidade: pés sem enraizamento têm que sustentar um comando sujeito à macrocefalia de poder. A autoritária voz de mando dissipou a bruma do querer bem que funcionários, clientes e população tinham pela CVRD, com todos seus erros e distorções.
O poder absoluto de que a Vale atual quer dispor para fazer seus projetos se realizarem exatamente como foram concebidos a levam a se tornar um macaco em loja de louças, ainda que louças de má qualidade, como as que os dois governos – o estadual e o federal – exibem em suas vitrines, quando se apresentam para encarar o difícil, complexo e amplo contencioso com a empresa nos diversos terrenos e setores em que ela atua. Como não há um diálogo franco e as regras do jogo mudam, assim como as próprias cartas colocadas sobre a mesa (e abaixo dela, e no colete dos jogadores), uma parte tenta enganar a outra e tirar mais vantagem da relação, manipulando armas e parceiros conforme as circunstâncias.
O efeito desse tipo de diálogo é um desgaste geral, com prejuízos para todos, ou para a esmagadora maioria dos que não têm meios de perceber a verdade e participar da cena como personagens ativos, não apenas como marionetes ou buchas de canhão.
Enquanto perdurar essa forma irracional e caótica de relação entre as duas fontes de maior poder no Estado, o jogo só trará vantagens para os iniciados e com acesso à cúpula desses poderes. Até que as riquezas que motivam toda essa movimentação se tenham esgotado, quando então haverá pouco o que fazer porque a Inês metafórica dessa peça já estará morta.

Manchetes deste sábado de O Estado do Tapajós


DEMOCRATAS E PSDB LANÇAM CANDIDATURA ÚNICA ATÉ DIA 30

HMS SEM PEDIATRAS NO FERIADO DE 1º DE MAIO

ENCHENTE DO TAPAJÓS REGISTRA PICO DE 8,14 M, MAS ÁGUAS COMEÇAM A VAZAR

REMOÇÃO DE VENDEDORES DO MERCADO MODELO CAUSA TEMOR

EMPRESAS DE SUCESSO RECEBEM PREMIAÇÃO EM NOITE DE GALA

DELEGADO PÕE GANGUES E POLUIÇÃO SONORA COMO ALVOS

COM 24 HORAS DE FUNCIONAMENTO SAMU JÁ RECEBEU TROTE