terça-feira, 18 de novembro de 2008

Mantido pelo TRE resultado da eleição em Juruti

Do Blog do Zé Carlos do PV:

Eleições que não acabam

O TRE julga agora Recurso protocolado pelo PMDB de Juruti. Pede que as eleições sejam anuladas, tendo em vista que os votos atribuídos ao seu candidato Isaias foram considerados nulos e somados aos nulos normais, atingem o número de 50% mais um.
Da Tribuna Dr. Robério defendeu esta tese. Ubiratam Casseta alerta que o Candidato Isais concorreu por ter ajuizado uma série de recursos, por tanto, correu o risco e deu causa a nulidade, razão por que não pode pleitear anulação. O relator André Bassalo vai na mesma linha.
Nessa eleição concorreram apenas dois candidatos, Isais do PMDB e
Henrique do PT.
O relator André Bassalo acompanhou o MP e negou provimento ao recurso.
Aprovado o relatório, mantem-se o resultado eleitoral, e o PT derrotou o PMDB em mais uma.

Bancada do Pará define 15 emendas no Orçamento 2009

A bancada do Pará no Congresso Nacional definiu nesta segunda-feira (17) as 15 emendas coletivas que serão apresentadas ao Orçamento Geral da União (OGU) de 2009. Depois de analisar as sugestões feitas pelo Governo do Estado, pelos ministros da Previdência e da Pesca, e representantes das associações de prefeitos, de instituições como o Tribunal de Justiça Federal e Tribunal Regional Eleitoral, os 17 deputados e três senadores que representam o Pará elegeram os temas que consideram mais importantes e com viabilidade para sair do papel no próximo ano.
Os parlamentares decidiram pulverizar as emendas pelo Estado, para contemplar o interior. Para estas regiões aparecem duas emendas, uma via Ministério da Integração, cuja destinação é de R$ 100 milhões, e a outra do Ministério do Turismo, com valor de R$ 200 milhões.
Para a expansão da rede previdenciária no Estado, cuja finalidade é ampliar de 27 para 74 o número de postos, foram alocados R$ 50 milhões. Já para a infra-estrutura e desenvolvimento da pesca em todo o território paraense foram destinados outros R$ 50 milhões.
Outras emendas indicadas pelos parlamentares visam a construção de praças esportivas em diversos municípios (R$ 50 milhões), para eventos de turismo (R$ 30 milhões), para o desenvolvimento da agricultura (R$ 100 milhões), para equipamentos de saúde (R$ 100 milhões), para macrodrenagem de cidades metropolitanas (R$ 80 milhões) e para regularização fundiária (R$ 50 milhões).
A crise na Santa Casa de Misericórdia também levou os representantes do Pará a destinarem recursos ao hospital (R$ 40 milhões). Ainda serão destinados R$ 20 milhões para a reestruturação da Justiça Federal no Estado.
Três emendas de remanejamento - quando são transferidos para outras obras recursos já destinados ao Estado - finalizam a lista. São R$ 40 milhões para a BR-308, R$ 60 milhões para a BR-316 e R$ 80 milhões para a ponte sobre o rio Araguaia.
(Com informações do gabinete do deputado Paulo Rocha)

Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto

A era da boate
As mudanças de hábitos e costumes na cidade provocou de "Tivúlcio", que não se identificou, um artigo, sob o título "Com o máximo respeito", em O Jornal de Santarém, de setembro de 1964, que reflete o nascente conflito de mentalidades em Santarém.

No tempo presente já não basta o cinturão que aperta a nossa castigada existência ainda passo a matracar nas coisas da nossa pândega sociedade, roubando a paciência dos esforçados diretores do "Centro Recreativo". Porém ERRARE HUMANUM EST.
O baile, com a presença do ilustre Governador do nosso Estado, teve a sua etiqueta ornamentada com a presença de distintas damas, sorridentes e simpáticas Mademoiselles e com o comportamento dos Dândis dançantes.
Com a evolução dos nossos costumes existem travancas de idéias entre os "maduros" e os novos de idéias apuradas.
A diretoria do Clube, constituída de elementos novos, com idéias apuradas, achou de bem apresentar uma amostra do chamado "ritmo" de Boate num baile de etiqueta. O resultado foi alguns disciplinados da turma dos "maduros" dar o fora.
Com o chamado ritmo de Boate, os Dom-Juanismos fazem as suas ilusórias conjecturas: - com pouca luz os velhos não enxergam e com muita luz ficam encadeados, e assim se trocam as enganações.
Não tenho bastante conhecimento de Boate porque nas cidades grandes aonde existem essas coisas compareci poucas vezes, levado por pessoas conhecidas, e para não gastar os meus escassos cruzeiros, tive a saída de dar desculpa que não sabia dançar e nem gostar de bebidas alcoólicas. Sei, entretanto, que o ambiente é escurinho, onde bebi as melhores bebidas alcoólicas, onde as moças tolas fazem estágio de aprendizagem do uso de cigarrinhos nas pontas dos dedos, aonde se dança sem cerimônia, mormente quando o espírito da água-gasosa trepa para o miolo dos fracos das pernas.
Em todo caso, não sou antiprogressista. Se Boate é para civilizar os nossos conservados costumes, tidos como de Provincianos e Aldeões, então vamos a ela com trouxas e bagagens.

Ana Júlia participa de evento sobre mudanças climáticas na Califórnia

A convite do governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, participa da Conferência de Governadores Sobre Mudança Climáticas, a "Governors´ Global Climate Summi"t, que acontece nos dias 18 e 19 de novembro, no estado americano. Foram convidados também os governadores do Amapá, Mato Grosso e Amazonas para representar a Amazônia e o Brasil na Cúpula Global de Governadores sobre Mudanças Climáticas, um fórum permanente para discutir e propor soluções às questões climáticas.
A governadora aproveitará a oportunidade para mostrar os avanços das políticas que o governo paraense tem desenvolvido contra o desmatamento e a favor do reflorestamento, as quais integram o conjunto de ações do programa Um bilhão de árvores para a Amazônia. Ela estará acompanhada do secretário de estado de meio ambiente do Pará, Valmir Ortega e do presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp), Peter Mann de Toledo.
Valmir Ortega destaca que o programa "Um bilhão de Árvores" é, hoje, o mais audacioso na área. Para ele a cooperação com os países americanos pode se dar no investimento em projetos de pesquisas e outros que levem ao desenvolvimento da região, ajudando, principalmente, na restauração da floresta. "A atual política econômica desenvolvida no Pará tem um comprometimento primordial com o clima mundial e grande participação neste processo por ser um dos Estados que mais conservou suas florestas, com 52% das áreas protegidas sob a forma da lei. O Pará tem de se apresentar ao mundo como protagonista deste processo", reforça o secretário, que diz que é importante o Estado se mostrar aberto ao diálogo, mas não numa posição reativa e, sim, num papel pró-ativo.

Pantera estréia amanhã na primeira fase do Parazão

A primeira fase do campeonato estadual de futebol começou ontem com o jogo Bragantino 1 x 1 Tiradentes.
Hoje de manhã, no estádio do Souza, a Tuna enfrenta o Pedreira.
À tarde o campeonato prossegue com os jogos Vila Rica X Sport, no Souza, e Castanhal x Time Negra, em Canstanhal.
Amanhã, o São Raimundo estréia na competição enfrentando o Pinheirense.

Delegacia de polícia está 'ilhada'

Depois da paralisação de ontem dos delegados de polícia por isonomia salarial perante os procuradores do estado, o atendimento na seccional da Polícia Civil em Santarém piorou.
Ontem, nenhum TCO ou B.O foi lavrado. Mesmo os casos de prisão em flagrante não tiveram andamento.
Hoje, o sitema on-line da polícia não funcionou até o momento. Registro de assaltos ocorridos na noite de hoje ainda não puderam ser feitos.
As reclamações se avolumam com o transcorrer do dia.

Venda de carros usados tem queda de 50% em Santarém

Alesandra Branches
Repórter


A crise financeira internacional começa a atingir o mercado de automóveis. Com a redução do volume de crédito no mercado, algumas revendedoras de automóveis usados localizadas em Santarém tiveram queda de até 50% nas vendas financiadas. Uma das mais tradicionais da cidade tomou uma medida radical: fechou as portas. Mas em outras lojas do ramo, mesmo com os pátios cheios de opções, os consumidores santarenos estão comprando menos.
A redução no comércio de carros usados e novos está ligada aos fatores da crise econômica mundial. Fatores que provocam cautela entre os consumidores e adaptações nos revendedores. "Os juros estão muito alto e os consumidores preferem obedecer às orientações dos economistas que todos os dias aparecem nos programas de rádio, televisivos e nos jornais impressos, pedindo que os clientes tenham cautela antes de comprar um carro zero ou automóvel usado através de financiamentos", disse o vendedor de uma revendedora de automóveis em Santarém, João Azevedo, acrescentando que antes de ficar com medo e continuar sem transporte é preciso que o cliente consulte uma loja. "Acredito que o certo é pesquisar preços, juros e encontrar os carros mais econômicos para não ficar sem condução, já que não sabemos por quanto tempo a crise vai durar", destacou o vendedor dizendo que os clientes têm desejo em comprar seus carros, mas temem juros altos. "É um risco que o cliente tem que assimilar caso contrário, fica sem carro", lembrou Azevedo.
Com a crise algumas revendedoras sofrem com a escassez de venda e podem fechar. "O crédito diminuiu e provocou também o aumento de juros, diante disso, o cliente fica retraído, com medo e as revendedoras ficam com carros acumulados, só somando despesas. Por isso, acredito que poucas revendedoras vão agüentar a pressão", comentou o vendedor. Segundo ele, no setor automobilístico, os juros subiram, em média, de 1,3% para 1,9%. Os prazos de financiamento que antes chegavam a 60 meses, agora, na maioria das revendedoras, não passa dos 48 meses. Os bancos que antes financiavam até 100% do valor do carro, agora cobrem até 60%.
Contudo, mesmo com o clima de tensão, não há motivo para pânico. Ele afirma que o mercado interno ainda não sente os efeitos da crise ao apresentar ontem os números de setembro, o segundo melhor mês da história da indústria automobilística do país. As vendas cresceram 9,8% em setembro se comparadas com agosto e 31% no mesmo mês de 2007.
"A verdade é que para vencer a crise, vamos fazer de tudo para não deixar carros na prateleira", afirmou João lembrando que as vendas caíram se comparado ao grande volume de vendas dos últimos meses, mais que ainda continua normal graças aos planos e promoções feitas mensalmente", completou o vendedor.

A exposição de cadáver e a omissão do sindicato

Miguel Oliveira
Editor-chefe de O Estado do Tapajós


Acompanho, mesmo à distância e com especial interesse, a ação civil pública movida pela Procuradoria Geral do Estado, República de Emaús e Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH contra os jornais Diário do Pará, O Liberal e Amazônia Jornal. O motivo, todo mundo parece que sabe: a sangria nos jornais de Belém.
Exposição de cadáveres, algumas vezes mutilados, é o foco principal dessa ação que visa dar uma refrega no uso exagerado de imagens policiais com propósitos meramente comerciais.
Considero a ação pertinente em seu objetivo final, qual seja, pedir à Justiça que arbitre uma questão de interesse difuso da coletividade, uma das mais nobres iniciativas que tenho conhecimento no Estado do Pará. Mas, mesmo assim, o assunto não é pacífico, como pensam alguns.
Com o objetivo de contribuir para o debate, aqui de Santarém puder assistir a uma longa matéria exibida, nesta segunda-feira, no telejornal do SBT, apresentado por Úrsula Vidal, na hora do almoço. Embora impecável quanto à apresentação do fato per si, a matéria pecou por fazer uma abordagem muito superficial sobre um assunto tão complexo. Limitou-se a ouvir a opinião de uns poucos leitores contra ou a favor da iniciativa. Mas faltou ouvir quem realmente tinha que vir para este debate: direção dos jornais e jornalistas. Ambos permanecem calados, talvez cúmplices em suas omissões.
Mas não pretendo analisar a matéria exibida pelo SBT Belém e retransmitida para o interior via satélite. Quero enfocar o que de mais ou de menos tem a ação civil pública propriamente dita.
Já disse que essa ação é acertada em seu objetivo, mas falha na dose. Deixou de fora as emissoras de televisão. Por quê? Será que as imagens de crimes exibidas pela TV Liberal, TV RBA, TV Record ou o próprio SBT não colidem com os objetivos daqueles que pretendem, por certo, a adoção de um jornalismo “mais cidadão” do que de um jornalismo mais “mundo cão”?
Outra falha grave: propor aos veículos alvos da ação a publicação compulsória de matérias cujos textos contenham informações educativas sobre direitos humanos e cidadania. Fazendo o papel de advogado do diabo, acho perigoso adentrar por essa seara, o que confrontaria com os princípios constitucionais da liberdade de imprensa e informação.
Não cabe a juiz algum determinar o que deve ser ou não publicado pelos jornais. Os jornais, já preceitua a legislação vigente, serão punidos pelos excessos cometidos, após regular processo legal. Até porque direitos humanos e cidadania são conceitos transversais que devem permear praticamente todas as matérias publicadas. Não é preciso ordem judicial para tanto. Essa é uma medida a ser adotada pelos próprios jornalistas. Senão, daqui a pouco, o noticiário esportivo também seria tutelado pela justiça, o noticiário político e assim vai. E aí os jornais não precisariam mais de jornalistas, e sim de advogados.
É nesse ponto da questão que sinto a omissão do sindicato da categoria. Caberia ao nosso sindicato encampar essa luta. Vir de público dizer o que pensam seus dirigentes sindicais sobre um tema considerado tabu, que não dá mais para esconder seus males para debaixo do tapete. E nem a nós, jornalistas, de se esconder na desculpa fácil de que cumprimos ordens dos patrões.
Pedir que o sindicato entre como litisconsorte daquela ação já seria pedir demais, mas o órgão sindical da categoria deveria, pelo menos, encampar esse debate com seus associados, mesmo que internamente. Seria uma iniciativa salutar para que os próprios jornalistas olhem para seus umbigos e enxerguem que, de alguma forma, todos nós somos os responsáveis por esse mar de sangue por onde navegam alguns jornais do Pará.