quinta-feira, 4 de junho de 2009

Aumento da tarifa de mototaxi em Santarém gera insatisfação

Suzana Pinto

Repórter

A portaria assinada pelo prefeito José Maria Tapajós que autoriza a cobrança de tarifa de no mínimo R$ 3,00 reais para os mototaxistas permissionários da Secretaria Municipal de Transportes está em vigor desde o dia 22 deste mês. 100% dos usuários entrevistados reclamaram do preço, que aumenta sempre mais um pouco dependendo do destino aonde a pessoa pretende chegar.

A usuária do serviço de transporte de moto, Irinelma Costa, 19 anos, mora no bairro do Santarenzinho, ela diz que para ir do centro até a sua casa chegou a pagar 5,00 reis pela corrida o que não lhe agradou, pois por muitas vezes pagou 2,00 a menos, mas com o novo preço teve que pagar mais caro.

Situação parecida vivenciou a estudante Fabiane Andrade que pagava 4,00 reais para chegar até o bairro da Conquista, porém agora paga 1,00 real a mais. Ela diz que o condutor da moto não deu possibilidade de negociação, como a categoria dos mototaxistas divulga.

O mototaxista não credenciado Herlon Silva trabalha há mais de dois anos como condutor e para ele os credenciados estão se aproveitando do respaldo dado pela prefeitura para cobrarem a tarifa alta. A tarifa base é considerada por este mototaxista uma cobrança absurda. "Não tem necessidade de cobrar esse absurdo, eu rodo por dois reais e garanto meu dinheiro no final do dia, mas o que eles querem a população não vai aprovar, o pessoal credenciado quer regularizar um serviço que nem é reconhecido oficialmente", disse.

O presidente do sindicato dos mototaxistas, Raimundo Elionardo Souza, afirma que a tarifa já funcionava há muito tempo foi apenas uma questão de oficialização. Mas, ele menciona que a tarifa pode ser negociada com o condutor e que eles sempre estão dispostos a conversar com o passageiro, porém frisa que o usuário deve tomar a iniciativa da negociação.

Para tentar controlar e normatizar a cobrança da tarifa, o sindicato tem uma proposta de instalação de mototaxímetros, semelhante ao contador de preço instalado nos táxis.

De acordo com o presidente, a máquina custa em torno de 1 mil reais e para ser liberada depende de estudo e autorização do Instituto Nacional de Metrologia e Normatização e Qualidade Industrial (INMETRO) para regulamentar a quilometragem que deve ser adotada a principio. Trata-se de um investimento alto para a categoria que, segundo ele, perde muito com o trabalho dos não credenciados. "Não adianta investir em melhoria para nós e para o usuário se as autoridades não fazem a sua parte que é fiscalizar", concluiu.

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