segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cassados

Lúcio Flávio Pinto


O Ato Institucional número um, ou AI-1, completou 45 anos em 9 de abril. Foi baixado pouco depois de uma semana da deposição do presidente constitucional João Goulart e da formação do primeiro governo militar, em 1964. Era para ser o único ato de consolidação do golpe político, através do afastamento da vida pública dos principais personagens do regime anterior. Mas como vários outros desafetos do novo regime escaparam da guilhotina, o AI-2 surgiu em 15 de junho, com novas cassações de mandatos e de direitos políticos.
Dezesseiss paraenses (ou personagens da política estadual) integraram essa lista de expurgos “revolucionários”: o governador Aurélio do Carmo e o seu vice, Newton Miranda, do PSD. O prefeito de Belém (e ex-governador) Moura Carvalho, também junto com seu vice, Isaac Soares, ambos pessedistas. Os deputados federais Clóvis Ferro Costa, da UDN, e Sílvio Braga, do PSP. O prefeito de Cametá, Agenor Moreira, e o seu irmão, o deputado estadual Amílcar Moreira (que ainda voltariam à política, depois da quarentena de 10 anos que lhes foi imposta). Os deputados estaduais Reis Ferreira e Benedito Monteiro, mais o ex-deputado Cléo Bernardo, irmão de Sílvio Braga. O então superintendente da SPVEA (atual Sudam), Andrade Lima, e o ex-superintendente, Waldir Bouhid. O coronel (da Aeronáutica) Jocelin Brasil, o líder sindical Sá Pereira e o militante de esquerda Pedro Pomar

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