quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sindicato dos Jornalistas do Pará

NOTA DE SOLIDARIEDADE

O Sindicato dos Jornalistas do Pará vem a público prestar solidariedade a um dos diretores do Jornal O Estado do Tapajós,
jornalista Miguel Oliveira, que foi vítima de grave ato de violência cometido na noite da última quinta-feira (11), quando dois elementos apertaram o botão da campainha da residência do jornalista, que é o editor-chefe do jornal.

Ao serem atendidos, perguntaram se o jornalista se encontrava em casa. Um dos elementos chamou o morador para fora da garagem a fim de “lhe apresentar um amigo”. Após o morador não atender o convite e regressar ao interior da residência, os elementos danificaram os vidros traseiro e dianteiro do veículo.

A situação de violência cometida contra jornalistas é preocupante e, especialmente neste caso, exige a atuação imediata das autoridades da área de segurança pública, para que proceda a apuração necessária dos fatos de forma isenta. Precisamos dar um basta nesta onda de violência e atentados cometidos contra jornalistas, que vem se acirrando, respaldada pela impunidade observada nos últimos anos.

A violência contra o jornalista do O Estado do Tapajós não pode ficar impune. Ela é exemplar das dificuldades que os jornalistas da Região Norte enfrentam no seu cotidiano de trabalho, oprimidos por grandes grupos empresariais e/ou por políticos que não titubeiam em empregar a violência para calar aqueles profissionais que não rezam em suas cartilhas coronelistas.

É importante ressaltar ainda, que vivemos em um estado democrático onde é inadmissível a perseguição a jornalistas, que tem como principal papel o de agente social: denunciando injustiças, formando opinião, informando a sociedade. Que País é este que estamos construindo, onde um jornalista tem seu automóvel quebrado por prestar um relevante serviço à sociedade, que é o de informar?

Diante destes fatos, o Sindicato dos Jornalistas do Pará declara total apoio ao jornalista Miguel Oliveira, que ele continue a sua jornada difícil, porém imprescindível e inadiável, do exercício da profissão, sem intimidar-se, sem calar-se.

A Diretoria

Um comentário:

Sérgio Noronha disse...

Caro, Jornalista:

Na qualidade de jornalista (DRT 979), incluo-me no repúdio externado por nossa laboriosa classe cujo lema é, através da verdade noticiosa, defender a população, por isso, contraria interesses de bandidos. Ao Miguel, que bem o conheço, por sua luta em prol da informação, nossa solidariedade, na certeza de que este velho amigo nunca lhe faltará, nestas horas.

Sérgio Noronha
Belém.