sábado, 4 de julho de 2009

LAUDOS ATESTAM ABUSO A MENOR . MÃE DEFENDE O MARIDO

Da Redação

Um caso envolvendo um menor que teria sido violentado sexualmente pelo próprio pai, na comunidade de Samaúma, no rio Tapajós, foi o pivô esta semana de uma guerra de informações travada pelo Conselho Tutelar de Santarém e uma comitiva de comunitários daquela comunidade. O agricultor Adelzirio Filho Furtado dos Santos foi preso no dia 19, no interior do Hospital Municipal de Santarém, após a equipe médica do HMS ter constatado que a criança foi vítima de ato libidinoso.
O caso chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar, que acionou a polícia, que efetuou a prisão do acusado com base no relato da médica que atendeu o menor. O menor foi trazido até Santarém, segundo o acusado, com sangramento porque teria ferido o ânus ao cair sobre um pedaço de madeira.
A mãe do menor e um grupo de comunitários tentam fazer a defesa de Adelzírio, alegando que o mesmo tinha sido preso injustamente, já que o acusado no momento do acidente estava torrando farinha juntamente com a esposa.
Mas a versão apresentada tanto por Adelzírio quanto pela comissão que visitou a redação de O
Estado do Tapajós é contestada pelo delegado Jamil Casseb, que presidiu o inquérito policial que apurou o crime de abuso sexual. Na última quarta-feira, o inquérito foi encaminhado à justiça e o juiz penal decretou a manutenção da prisão em flagrante do acusado, que se encontra preso na Penitenciária de Cucurunã, desde o dia 20 de junho.
Segundo o delegado, dois laudos realizados por médico perito do Centro de Perícia Criminal atestam que o menor sofreu penetração carnal. " A versão do acusado não é compatível com o que foi comprovado pela perícia, porque não foram encontrados na madeira apresentada pelo pai
como sendo o objeto penetrante nenhum vestígio de sangue, fezes outecido", assegura o delegado.
Jamil Casseb afirma, ainda, que o laudo de lesão corporal atesta, também, que não houve ferimentos ao redor do ânus do menino. " Não foram encontrados outros ferimentos na região
retal, o que provavelmente aconteceria se realmente o menino tivesse caído em cima de um pedaço de madeira", informou o policial.
O delegado informou, ainda, que solicitou mais dois exames periciais com vista a esclarecer definitivamente o caso: pesquisa de esperma e comparação de DNA, mas estes exames demoram de 15 a 30 dias para serem concluídos.

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