domingo, 5 de julho de 2009

Santarém, quem te quer bem!

Ivair Chaves
Empresário e ainda Produtor Rural

Antes, há pouco tempo Tu eras abastecida com hortifrutigranjeiros, e boa parte de grãos principalmente de farinha e de arroz, que ainda exportava para Manaus e Macapá os excedentes destes produtos. Hoje quase tudo que abastece as mesas desta população, vem de fora do município e até do Estado gerando para a origem os impostos e mais a mão de obra muito necessária aqui a nossa Região.

E nós aqui vendo a migração dos pequenos produtores na minoria vindo das várzeas e planalto a se mudar para a Cidade trocando de produtor para consumidor, e o pior crescendo a periferia da Cidade, ficando sem cômodo e mal agasalhado, trazendo da zona rural a profissão que não conduz com a cidade. E ai derivando daquela vivencia e costumes para outra vida bem mais violenta e viciada daquela do interior. Partindo assim para o trabalho escravo degradante. Esta vinda também se dá pela oferta das bolsas (que nem tenho o nome de todas) quando conseguem se cadastrar para receber o mísero valor que nem dá para a Família alimentar-se dignamente, e sobrar para outras necessidades, aí começa a crise de saúde onde se vê nas filas dos hospitais clínicos particulares e públicos, casas de saúde, postos etc., um dos seguimentos que mais cresce em nossa Cidade, ainda bem gerando emprego ao setor da construção civil.

Outro motivo da migração, campo cidade, são as proibições para quem ainda tenta trabalhar na agricultura pelas exigências de plano e política publica que pelos atos deixam de gerar muito emprego e renda para a cidade e região, onde muito destes produtores foram chamados e assentados pelo próprio governo que hoje lhes proíbem. Na época eles vieram para trabalhar após abertura das Rodovias Santarém Cuiabá e Transamazônica e várias vicinais abertas para eles.

A regra era que quem trabalhasse teria crédito para investimento e custeio inclusive moto serra, foi quando vimos a maior produção de gêneros nesta região principalmente o arroz e a farinha que abasteceu grande parte do Nordeste e permaneceu a R$0,30 o kg dos preciosos alimentos, o farelo o saco de 30 kg custava R$3,00 e servia para alimentação de pequenos animais para custeio das famílias e ainda para vender os excedentes, hoje quem não tiver R$3,00 não coloca 1 kg de arroz e 1 kg de farinha na mesa, alimento indispensável para a população mais carente. Dizem os mais esclarecidos que os estados e paises com maior desenvolvimento e mais poderosos conseguem na agricultura as suas independências e é certo, o retorno é mais rápido e o investimento mais saudável. Experimente plante uma semente adube, regue e colha várias sementeiras.

Hoje, segundo dados publicados têm na região mais de 600 mil hectares de áreas já trabalhadas e incorporadas não tendo necessidades para mais derrubadas para se produzir, basta levar a sério o plano do governo que também tenta acertar. O Programa Mais Alimentos é o plano criado exatamente para atender o grito de não derrubar mata todos estenderam: governo, fábrica de tratores e implementos, financiadores, fornecedores, revendedoras e transportadoras todos sacrificaram seus lucros e colocaram trator pequeno com implemento a juros de 2% ao ano em 10 anos para pagar, entrega na roça com a primeira revisão totalmente grátis, este é o plano do Ministério do Desenvolvimento Agrário, só que aqui não decolou, os projetos não andam, é muita burocracia criada para dificultar o crédito. O produtor cansa, se aborrece, desiste e o recurso é devolvido para outras regiões que estão fazendo bom proveito.

Não satisfeitos com este engessamento para o produtor rural, atigem os pecuaristas proibindo de vender aos frigoríficos seus bois criado em área não legalizada e ainda são taxados de invasores e grileiros, tem sim alguém nesta situação, onde não tem mal intencionado e aproveitador?

Porém a estratégia é para quem ainda tentam criar deixem suas propriedades e posses para criar capoeiras e mata para satisfazer o ego dos ambientalistas pagos pelos grandes paises ricos que já se dizem donos da nossa Amazônia que assistem tudo e não se importam com o bem dos filhos desta rica região pobre de liderança política e gestores comprometidos com o futuro, principalmente desta juventude que ai está nas escolas e faculdades e serão os futuros gestores e administradores desta região, atentem, vocês poderão evitar a morte lenta desta habitação amazônica pela troca do pulmão amazônico mais cobiçado do mundo.


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