segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Respeitem Valter Lima. Respeitem!

Paulo Bemerguy:

Coleguinhas há – não muitos, mas vários – que são engraçados.
Ou são gozados, se quiserem.
O técnico Valter Lima, que o Paysandu contratou há pouco mais de um mês, foi trazido a Belém com a aura de estrategista e de salvador da pátria bicolor.
É o que vários coleguinhas diziam.
Diziam isso até os 45 minutos do primeiro tempo do jogo de ontem, em que o Icasa ganhava por 2 a 1, resultado que ainda dava fortes esperanças ao Paysandu de emplacar a Série B, desde que chegasse aos 2 a 2 e segurasse esse resultado até o final da partida.
Pois bem.
Começou o segundo tempo.
O Icasa fez mais dois e passou a vencer por 4 a 1.
Pronto.
Em dois gols, mudou o discurso de vários coleguinhas.
De vários deles.
Valtinho passou a ser o técnico que mexeu mal, que mudou muito o esquema tático da equipe, que isso, que aquilo e mais aquilo.
Que coisa!
Valtinho é um bom treinador.
Prova disso é o trabalho que fez no São Raimundo.
E prova mais evidente ainda é que o Paysandu foi buscá-lo em Santarém.
O problema é que pegou um elenco com uma deficiência técnica notória, como é o caso do Paysandu.
O que Valtinho poderia fazer?
Nada.
Ou quase nada.
Se o treinador levou o Paysandu até o jogo de ontem, já fez muito.
E deveria ser elogiado por isso.
Mas não.
Querem desmerecer o profissional que Valtinho é.
Deveríamos nós, os jornalistas, ser mais justos e ponderados em situações como esta.
Até porque costumamos sempre apontar o dedo na cara dos outros, cobrando-lhes certas condutas que nós mesmos não observamos.
Isso não é justo.
Valtinho que o diga.
E que o digam certos coleguinhas.
Não muitos, mas vários.

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