sábado, 29 de agosto de 2009

Tradição, Família e Propriedade

Lúcio Flávio Pinto

De vez em quando a TFP comparece ao cenário paraense com mais uma manifestação do seu ultraconservadorismo. De regra, a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, fundada em São Paulo por Plínio Correa de Oliveira, se notabiliza por combater tudo que possa ser, parecer ou cheirar a comunismo, mesmo que não o seja. Mas pode incursionar por outras searas menos evidentes. E de forma tão extremada que acaba provocando reações imprevistas. Como a que na semana passada externaram os padres barnabistas, responsáveis pela basílica de Nazaré, e a diretoria da festa do Círio.

Isso porque a TFP está fazendo passar seu chapéu para recolher dinheiro, “respaldada na fé em Nossa Senhora de Nazaré, sob o título de ‘Vinde Nossa Senhora de Fátima, não tardeis”. Os seguidores de dominus Plinius estavam arrecadando recursos “para pagar despesas de uma promoção que a TFP se propõe realizar tomando por base a devoção na Rainha da Amazônia”, alertava a nota das duas entidades, ressaltando que a TFP “não tem nem nunca teve vínculo com a nossa Festa de Nazaré”.

A imprensa não se interessou pela história.

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