terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Lula afirma que imprensa faz mal ao seu fígado, diz revista

Da FolhaNews:

Alvo de críticas diárias da imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admite, em entrevista veiculada na edição de janeiro da revista "Piauí", que sua relação com jornalistas não é das melhores. Na entrevista, o presidente afirma que a imprensa lhe faz mal ao fígado, mas reconhece que a liberdade dos meios de comunicação foi um dos responsáveis pela sua ascensão à presidência.
Lula conta que evita ler notícias em jornais, sites e revistas. "Porque eu tenho problema de azia", afirma o presidente na entrevista.
De acordo com a revista, o presidente diz que se informa diariamente pela manhã em conversas com o ministro Franklin Martins (Comunicação Social). "Quando sai alguma coisa importante, a Clara [Ant, assessora especial do presidente] ou o Franklin me trazem o artigo, ou mesmo o vídeo de uma reportagem de televisão", diz Lula.
A distância das notícias também é mantida por Lula nos fins de semana, quando ele, segundo a entrevista, também mantém os políticos longe e prefere pescar, jogar cartas e conversar com filhos e amigos. "Recomendaria a qualquer presidente que se afaste dos políticos e da imprensa no fim de semana", afirma o presidente na revista.
A proximidade da imprensa e de políticos foi justamente um dos motivos que levou Lula a antecipar sua saída de Fernando de Noronha (PE), onde passou a virada de ano e descansava com a família.
Em busca de mais privacidade, o presidente preferiu continuar suas férias em uma área exclusiva da Marinha em Salvador (BA).

Câmara afinada com Tapajós

O prefeito José Maria Tapajós esteve reunido hoje de manhã com 12 dos 14 vereadores da Câmara de Santarém.
O único ausente foi o vereador Maurício Corrêa, que está viajando.
Situação e oposição prometem apoiar Tapajós.

Carro de jornalista é atingido por um tiro

Do Espaço Aberto:

Uma bala perdida – que pode nem ser tão perdida assim – intriga o jornalista Jorge Calderaro, editor do site Acorda Pará, um dos mais acessados em todo o Estado.
A bala, segundo relato feito ao blog pelo próprio Calderaro, foi encontrada no último sábado, 3 de janeiro. Estava alojada no teto de seu carro, um Celta, bem na direção do local onde senta o passageiro.
O veículo fica estacionado sempre na garagem, mas o jornalista diz que não ouviu nenhum barulho de disparo de arma de fogo. Calderaro afirma que o tiro foi disparado antes do dia 3 de janeiro e muito provavelmente depois de 27 de dezembro do ano passado, data em que publicou no Acorda Pará o artigo intitulado Pará Terra de Direitos. Totalmente sem Lei..
No artigo, Calderaro critica energicamente a onda de insegurança que assola Belém, menciona a falta de estrutura no combate ao banditismo, lembra que a cidade está às vésperas de sediar o Fórum Social Mundial – que atrairá para a cidade milhares de visitantes – e adverte: “Devemos cobrar energicamente das autoridades constituídas um ‘basta’ para esse caos instalado [na área da segurança pública].”
O jornalista disse ao blog que, além do artigo publicado, e com o qual o tiro disparado contra seu carro poderia ter alguma vinculação, não recebeu qualquer tipo de ameaça, seja por e-mail, seja através de ligações telefônicas.
No site Acorda Pará, o jornalista Luiz Alho e o engenheiro agrônomo Nelson Tembra escreveram, respectivamente, os artigos Bala perdida, endereçada? e Liberdade de Imprensa e violência no Pará, em que se solidarizam com Calderaro e deploram que o exercício do jornalismo possa dar ensejo a tentativas de intimidação.

Brasileiro paga R$ 5.628 por ano em impostos

Os brasileiros que se preparem. Se 2009 repetir o ano anterior, a arrecadação de tributos vai garfar R$ R$ 5.628,08 de cada cidadão até 31 de dezembro. Apenas nos primeiro cinco dias de janeiro foram arrecadados R$ 16 bilhões em impostos, contribuições e taxas. O ano passado fechou a conta em R$ 1,06 trilhão em tributos.
A conta é do Impostômetro, medidor dos tributos arrecadados pelos governos federal, estaduais e municipais, criado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e pela Associação Comercial de São Paulo.

Leia mais aqui no Congresso em Foco.

Inacreditável

Todo mundo sabe que o papel do sindicato, privado ou público, é lutar pelos direitos de seus associados, quase sempre em antagonismo com os patrões. Isso não significa que a relação dos sindicatos com empresas ou governa seja uma guerra.
Em Santarém, vive-se uma situação esdrúxula, para dizer o mínimo.
A luta pela realização de concurso público é uma bandeira dos sindicatos de servidores e da sociedade em geral que veem nessa medida uma possibilidade de vedação de acesso aos empregos públicos através do nepotismo dos governantes.
Mas aqui, em terras tapajônicas - acreditem por que é a pura verdade -, o sindicato dos servidores públicos municipais encaminhou ofício ao prefeito José Maria Tapajós solicitanto que os candidatos aprovados no último concurso da PMS não sejam chamados. Isso mesmo: que não sejam chamados imediatamente.
Espera o sindicato, com essa manobra vergonhosa, manter os funcionários temporários, a maioria admitida por apadrinhamento político.
A desculpa esfarrapada para o adiamento da admissãos dos concursados é que Santarém vive uma 'situação política atípica'.
Mas afinal, o que uma coisa tem a ver com a outra?
Não é a adminstração pública impessoal?
Pelo menos deveria ser.
A cidade não possui um prefeito?
Pelo menos o presidente da Câmara assumiu o cargo.
No caso do sindicato santareno, o que a entidade quer é 'proteger' temporários que não foram aprovados e classificados. Chamar os concursados significa que a prefeitura terá que demitir os reprovados imediatamente.
Nem que isso seja para o sindicato santareno uma demonstração de peleguismo sindical às avessas.

Interesse Público nº 4 - Lúcio Flávio Pinto

Como tudo virou estratégico, nada mais é estratégico. O conceito, ao se tornar moda coloquial dos discursos, perdeu seu caráter de especificidade, excepcionalidade e particularidade. É o que explica, talvez, a Secretaria de Estado de Projetos Estratégicos ter-se tornado uma super-secretaria. Não propriamente pelo tamanho do seu orçamento (que, no entanto, já não é pequeno, sobretudo se consideradas as possíveis verbas extra-orçamentárias) ou pela sua amplitude institucional. Mas porque, a partir de um conceito tão elástico quanto se tornou o de ação estratégica, ela se imiscui em tudo. Mesmo quando algumas das tarefas que assume não se enquadrem nos objetivos da sua missão.
A SEPE foi criada em julho do ano passado pela lei 7.018, que, como é usual no setor público, é tão resumida que de seu alcance só se terá uma idéia pela regulamentação (ato este que não é submetido ao poder legislativo, pelo qual uma lei precisa passar). O que diz a lei? Quem consultar o site da secretaria nada saberá: no lugar da lei 7.018, o comando dá acesso à lei 6.795, através da qual o Estado, ainda na gestão do tucano Simão Jatene, em novembro de 2005, foi autorizado a emprestar ao Banco Mundial até 60 milhões de dólares para implementar o programa Pará Rural, de sua lavra.
Gerir esse potencialmente importante programa é uma das tarefas da Secretaria de Projetos Estratégicos. Ela também cuida do zoneamento econômico-ecológico, do Banco do Produtor, do Núcleo de Captação de Recursos e da capacitação do servidor público estadual. São atividades exaustivas e complexas, mas que se enquadram na razão da existência da secretaria. Ela passou a existir principalmente para promover o ordenamento territorial do Pará, a utilização adequada dos seus recursos naturais e o tal do desenvolvimento sustentável, sob um escopo mais geral, o do Estado.
Mas, sob um título mais pomposo, de “Metrópole em Movimento”, a secretaria exorbitou. Assumiu funções de outras secretarias e instituições estaduais, hierarquicamente inferiores, ao passar a comandar a realização de obras na área metropolitana de Belém, como a construção da avenida Independência, o elevado da Júlio César, melhoramentos na Arthur Bernardes e a 2ª etapa da Perimetral Norte (que irá fazer fluir o acesso ao campus da Universidade Federal do Pará, visando o Fórum Social Mundial).
Como a teoria aceita qualquer ordem de fazer, a secretaria pode alegar que assim estará tornando realidade a tão desejada gestão metropolitana, fragmentada entre prefeituras municipais que não se entendem nem se afinam. Na verdade, porém, está violentando sua razão de ser, atropelando as instâncias municipais, urbanas e metropolitanas (ainda que no papel), sem estabelecer um novo padrão de gestão. O objetivo pode ser político, para proporcionar dividendos eleitorais a Ana Júlia Carepa, que disputará a reeleição, e, ao mesmo tempo, combinando um e outro elemento, se tornar mais um componente do poder concentrado no gabinete da governadora e satélites. A SEPE, comandada por Marcílio Monteiro, ex-marido de Ana Júlia, com esse golpe de mão, assumirá um orçamento de 130 milhões de reais, incluindo predominante verba federal, para execução a curto prazo e com retorno imediato.
Tanto é assim que o Diário Oficial publicou, em 21 de novembro, o termo de homologação da concorrência e adjudicação de todas essas obras, de grande visibilidade na capital, menos de dois meses de serem licitadas, para a vencedora, a Sertoplan – Serviços Topográficos e Planejamento, que deverá começar logo as obras (se é que já não começou parte delas). As secretarias estaduais de obras públicas, de desenvolvimento urbano e regional e de integração regional, mais a prefeitura de Belém e sua Codem, e a de Ananindeua, ficam a lamber os beiços e trincar os dentes. Tudo porque o conceito de estratégico serviu de biombo para a nova secretaria avançar sobre o quintal alheio e absorver seus recursos. Para isso reaquecendo e servindo o planejamento definido pela Jica, a agência de cooperação externa do governo do Japão.
Preço a pagar pela nova forma de encarar as tais das políticas públicas, outro jargão no mercado dos clichês? Antes fosse. O dito costuma andar sem sintonia com o feito no atual governo do Estado.

Sem informação

Os governos federal e estadual realizaram uma operação espalhafatosa em Tailândia para combater a extração ilegal de madeira, mas a Secretaria de Meio Ambiente permite que a E. D. Marcenaria, instalada no município, publique seu edital de comunicação do recebimento de Licença de Operação, com validade até 2012, sem indicar a quantidade de madeira bruta a ser utilizada e a sua origem. Na mesma edição do Diário Oficial, duas empresas do mesmo grupo, a Etz Elgrably e a M A Elgraby, fornecem essa informação: cada uma delas desdobra 30 metros cúbicos de madeira em tora por dia para serrar e beneficiar em Tomé-Açu e na cidade de Breves.
Dois pesos e duas medidas.

Fórum Mundial

A Coordenadoria de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, que é órgão do governo estadual, dispensou de licitação a contratação da Organização Social Viamazônia. A OS, responsável pela administração do Hangar – Centro de Convenções, vai realizar serviços de “comunicação, conceptualização, organização, consultoria, montagem e divulgação do Fórum Mundial de Autoridades Locais (FAL) e do Fórum de Autoridades Locais da Amazônia (FALA)”, dois eventos que integrarão o Fórum Social Mundial. O contrato, no valor de 71,5 mil reais, tem vigência de menos de três meses, até 28 de fevereiro.
Qual a justificativa para a dispensa de licitação? A urgência? Quando o ato foi publicado no Diário Oficial? Por que, no extrato do contrato, não foi identificado o responsável pela OS, que deveria assinar o documento junto com o ordenador da despesa pelo lado do Estado?

Solidariedade

O ex-prefeito Ronan Liberal e sua esposa Neide estiveram ontem à noite prestando solidariedade ao deputado Antônio Rocha.(leia a nota abaixo)
E desmentiram que um dos jovens que se envolveram na confusão com o parlamentar seja seu sobrinho.

Informação sonegada

Leitores do jornal Amazônia, edição desta terça-feira, ficaram privados de saber que o advogado Dilton Tapajós é pai de um dos jovens envolvidos na confusão com o deputado Antônio Rocha e não apenas o advogado do grupo denunciado por agressão verbal e corporal contra o parlamentar.
Também não saberão que o autor da matéria é militante do PSOL.
Talvez esses dois pequenos detalhes ajudariam o leitor a entender melhor o porquê de tanta tempestade em copo d'água.

Longe da torcida

Todos os jogos do São Raimundo na primeira fase do campeonato paraense de futeboal serão realizados em Belém.
Na segunda fase, as partidas do Pantera serão disputadas no estádio Barbalhão.

Só te digo vai

Assim como este site previu que Maria do Carmo daria com os burros n'água quando o registro de sua candidatura fosse examinado pelo TSE, assim também vai o aviso de que nenhum candidato pode concorrer a cargos distintos em uma mesma eleição.
Como diria aquela humorista do Zorra Total: - Isto não pode!