sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A realidade dos cursos de língua estrangeira em Santarém

Marco Antõnio Uhl
Repórter


Diferente de anos atrás, quando principalmente os jovens procuravam os cursos de língua inglesa para conseguirem entender o que diziam os cantores de Rock ou para os músicos tentarem compor letras de suas canções em língua estrangeira, hoje o quadro mudou.
Os pais, como grandes sabedores da necessidade de domínio da uma segunda língua, seja, o inglês, o espanhol, o italiano, o alemão ou qualquer outra linguagem, viram a necessidade de matricularem os seus filhos em cursos mais qualificados, já que o poder público e as escolas do sistema educacional brasileiro, ainda hoje, não oferecem aulas de língua estrangeira capazes de suprir a exigência do mercado moderno.
Hoje existem algumas escolas de inglês, por exemplo, que iniciam os ensinamentos da segunda língua para crianças a partir dos seus seis anos de idade, mas, os bons cursos vivem uma dura realidade: é difícil de associar a qualidade com a auto-suficiência financeira, já que para se ter bom ensino, não se pode trabalhar com turmas que tenham mais do que quinze alunos cada uma e que tenham variação de idade muito significativa.
Em comparação com os grandes centros do país, a realidade de Santarém é ainda mais complexa, já que esta distância encarece os custos de livros e materiais didáticos, que em sua maioria são importados e tem taxas de transporte e encargos sociais, que flutuem em sua variação de acordo com a cotação do euro, ou em alguns casos, pelo Dólar.
Quando a variação é feita em euro os preços ficam ainda mais salgados, já que a moeda utilizada pela comunidade européia está mais valorizada hoje e para se ter acesso a produtos importados fica menos viável, principalmente, para cidades que demandam de sobretaxa em função do alto custo do transporte, que pode ser feito através da postagem normal, o que agrega uma demora de no mínimo quinze dias para a entrega do produto, ou de forma mais rápida, através do sedex, que triplica o custo da postagem.
Hoje, o material didático tem seu preço médio para cursos de língua inglesa, que chegam a São Paulo custando cerca de R$ 220 em encarecem imediatamente em até 20% para serem repassados as cidades da região norte do Brasil, e o que é mais grave: de Belém ou Manaus para cá, sobem outros 10% chegando a um total de 30% de acréscimo para o kit, que conta com dois livros didáticos e um áudio CD, ficando com preço final na casa dos 286,00 para os alunos, pais ou responsáveis de estudantes de inglês de Santarém.
Além do aumento no custo da educação internacional, outro fator que a distância dos grandes centros provoca é a demora para o início do estudo, o que prejudica diretamente o cronograma educacional das instituições de ensino sediadas no município, uma vez que existe uma lei proibitória que impede o uso de material xerografado em redes de ensino, ou seja, não adianta o aluno tirar cópias dos livros de colegas, nem piratear o CD que contem parte do material didático, porque tal praticar poria em risco a instituição de ensino, que nestes casos responde pelo crime.
Segundo informações dadas por coordenadores de cursos de inglês de Santarém ainda hoje é pequeno o público que está matriculado para aprender língua estrangeira, apesar de todos saberem que os melhores empregos do Brasil utilizam como filtro de seleção o domínio da segunda língua.
"O monolinguismo é o analfabetismo dos tempos modernos", destaca um professor, fazendo referência à frase de Ricardo Schütz, e vai além: "nós temos uma biblioteca que disponibiliza mais de 9 mil livros, todos escritos em inglês, mas o número de pessoas que procura este acervo é quase nulo", acrescenta, indignado.
Hoje qualquer tipo de sistema moderno, seja a televisão, a internet e até, em expressões modernas utilizadas pela juventude requerem básicos conhecimentos do inglês, mas, a crise mundial, aliada aos altos impostos e pequeno poder de consumo da classe média vem dificuldade a vida dos menos favorecidos, que na contramão do desenvolvimento, ao invés de matricularem seus filhos nos cursos de inglês, acabam sendo obrigados a retirar-los de colégios particulares para matricular-los em escolas públicos, devido ao arrocho financeiro que o mundo atravessa.
Hoje um bom curso de língua inglesa em Santarém custa, para três horas de aulas semanais, aproximadamente R$ 100 por mês, onde os alunos irão contar com aulas em DVD's e salas totalmente climatizadas. Para 5h de aula/semana, o custo sobe para, em média: R$ 150/mês.
No mercado santareno e da região Oeste do Pará, vários setores da economia já exigem domínio de língua estrangeira, tais como: empresas de turismo; aeroportos, hotéis, empresas aéreas, transatlânticos e empresas de transporte fluviais e mineradoras, além de muitas outras.

Pantera joga amanhã contra Vila Rica

O São Raimundo pode chegar aos 13 pontos e assumir a liderança isolada do campeonato paraense se vencer, amanhã à tarde, o Vila Rica, em partida a ser disputada no estádio Francisco Vasques, da Tuna, em Belém.
Se o Pantera vencer, basta um empate no Re x Pa de domingo para o time alvinegro se isolar na liderança da tabela de classificação.

Rescaldo de campanha tirou Hélio Gueiros do jornal

Vão tentar desmentir, mas o encerramento da coluna de Hélio Gueiros, no Diário do Pará, foi motivada por retaliação política.
Hélio teria se recusado a gravar um depoimento para a campanha de José Priante.
É sabido que a mulher do ex-colunista, Therezinha, é secretária de educação de Duciomar Costa, que concorreu e venceu à eleição contra o candidato do PMDB.
Após as eleições, sem que nada lhe tivesse sido dito, alguém começou a esquecer da editar a coluna do 'papudinho'.
Estava dado o recado.
Daí em diante, o restante o distinto público já sabe.
Mas o site arrisca um palpite: Hélio Gueiros pode voltar a O Liberal, de onde saiu em 1982.

Hospital Regional sem ressonância magnética

O aparelho de ressonância magnética do Hospital Regional do Baixo-Amazonas não funciona há 15 dias, segundo revelou a O Estado do Tapajós um médico daquela instituição, que preferiu não se identificar por temer represálias da direção.
A notícia do não funcionamento de equipamentos de última geração recentemente adquiridos pelo Governo do Estado e repassados à administração da Pro-Saúde joga uma ducha de água fria nos números de atendimentos realizados por aquele hospital.
O jornal apurou também, que a direção do hospital está criando demanda de exames necessários para que a cota acertada com a Sespa seja alcançada e seja remumerada pelo teto máximo.

TSE não julga mandado de segurança do PT

No Espaço Aberto, sob título abaixo:

Na estaca zero

Ainda não foi ontem que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou o mandado de segurança em que o PT pede a suspensão da eleição em Santarém, até aqui marcada para o dia 8 de março.
Mas o ministro relator, Marcelo Ribeiro, já recebeu as informações solicitadas à presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

FNO: Banco da Amazônia reclama falta de projetos ambientalmente corretos

Marco Antônio Uhl
Repórter


O superintendente regional do Banco da Amazõnia, José Roberto da Costa, criticou a falta de projetos ambientalmente corretos que se habilitam para receber financiamento de recursos do FNO-Fundo Constitucional do Norte. "É preciso que todos tenham a consciência de que os financiamentos são liberados a partir de critério que avaliam, entre outros fatores, o enquadramento do empreendimento dentro das exigências ambientais. O produtor tem que desenvolver uma atividade que não agrida a floresta e que seja diferente da antiga filosofia da subsistência. Hoje existem outras culturais que podem ser desenvolvidas em parceria com o manejo sustentável das áreas verdes", destacou o superintendente.
A inadimplência no setor agrícola da região Oeste do Pará chega a nível estarrecedor. Hoje, entre 30% a 35% dos empreendedores não honram seus compromissos e sujam suas fichas por não pagamento das dívidas adquiridas através de financiamentos bancários. Esta triste realidade aumenta a dificuldade da instituição financeira, quanto a agilidade da liberação de recursos, já que os mesmos têm que tomarem todas as medidas preventivas para diminuir os riscos das operações de crédito rural.
Mais um benefício para o bom pagador
Costa destacou que "os bons pagadores ganham benefícios ainda maiores andando adimplentes com seus créditos, e todos recebem 15% sobre os juros, quando optam por pagar suas parcelas em dia", destaca o superintendente.
Entre as exigências que mais levam o produtor a ter o seu financiamento negado, estão: problemas fundiários e não comprovação de título de propriedade da terra; dificuldade de acesso ao local do empreendimento; carência de assistência técnica para implantação do projeto, estes, são os maiores entraves que dificultam o acesso ao grande volume de recursos disponíveis para serem financiados pelo Banco da Amazônia, através do FNO.

Supremo garante a condenado o direito de recorrer em liberdade

Por sete votos a quatro, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu, nesta quinta-feira (5), o Habeas Corpus (HC) 84078 para permitir a Omar Coelho Vítor – condenado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Passos (MG) à pena de sete anos e seis meses de reclusão, em regime inicialmente fechado –que recorra dessa condenação, aos tribunais superiores, em liberdade. Ele foi julgado por tentativa de homicídio duplamente qualificado (artigos 121, parágrafo 2º, inciso IV, e 14, inciso II, do Código Penal).

Antes da subida do Recurso Especial (REsp) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Ministério Público de Minas Gerais pediu ao Tribunal de Justiça daquele estado a decretação da prisão, uma vez que o réu, conhecido produtor de leite da região, estava colocando à venda, em leilão, seu rebanho holandês e suas máquinas agrícolas e equipamentos de leite.

Esse fato, segundo o MP mineiro, estaria a demonstrar seu intuito de se furtar à aplicação da lei penal. O 1º Vice-Presidente do TJ-MG acolheu as ponderações do MP estadual e decretou a prisão.

Como o REsp ainda não foi julgado e Vitor corre o risco de a ordem de prisão ser cumprida, ele impetrou habeas no STF, pedindo a suspensão da execução da pena. Também pediu que não se aplicasse a norma (artigo 637 do Código de Processo Penal) segundo a qual o recurso extraordinário não tem efeito suspensivo.

O caso

O processo foi trazido de volta a julgamento pelo ministro Menezes Direito, que pediu vista do processo em abril do ano passado, quando o relator, ministro Eros Grau, já havia votado pela concessão do HC.

O processo deu entrada em março de 2004, tendo naquele mês o então relator, ministro Nelson Jobim (aposentado), negado e posteriormente concedido liminar. Ele mudou de posição diante da explicação de Omar Coelho de que vendera seu rebanho de leite para mudar de ramo de negócios.

O caso começou a ser julgado na Segunda Turma do STF, que decidiu afetá-lo ao Plenário, que iniciou seu julgamento em abril do ano passado, quando Menezes Direito pediu vista.

Debates

O processo provocou prolongados debates, tendo de um lado, além de Eros Grau, os ministros Celso de Mello, Cezar Peluso, Carlos Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Marco Aurélio, que votaram pela concessão do HC. Foram vencidos os ministros Menezes Direito, Cármen Lúcia Antunes Rocha, Joaquim Barbosa e Ellen Gracie, que o negaram.

Prevaleceu a tese de que a prisão de Omar Coelho Vitor, antes da sentença condenatória transitada em julgado, contrariaria o artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal (CF), segundo o qual “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.

Já os ministros Menezes Direito e Joaquim Barbosa sustentaram que o esgotamento de matéria penal de fato se dá nas instâncias ordinárias e que os recursos encaminhados ao STJ e STF não têm "efeito suspensivo" (quando se suspende a sentença condenatória, no caso). Menezes Direito e Ellen Gracie sustentaram, também, que a Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica, de que o Brasil é signatário) não assegura direito irrestrito de recorrer em liberdade, muito menos até a 4ª instância, como ocorre no Brasil.

Afirmaram, ainda, que país nenhum possui tantas vias recursais quanto o Brasil. Direito citou os Estados Unidos, o Canadá e a França como exemplos de países que admitem o início imediato do cumprimento de sentença condenatória após o segundo grau. Observaram, ademais, que a execução provisória de sentença condenatória serve também para proteger o próprio réu e sua família.

Esta, entretanto, conforme o ministro Celso de Mello, “não é juridicamente viável em nosso sistema normativo”. Ele admitiu, no entanto, que a prisão cautelar processual é admissível, desde que fundamentada com base nos quatro pressupostos previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal – garantia da ordem pública, garantia da ordem econômica, conveniência da instrução criminal e garantia da aplicação da lei penal”.

(Fonte: STF)

Pedofilia, essa praga pior que epidemia

Fonte do site bem posicionada na área do direito e bem relacionada com políticos, empresários e até religiosos, liga para falar de seu desapontamento diante de informações que circularam ontem à noite sobre denúncias de novos personagens envolvidos em casos de pedofilia em Belém.
Diz a fonte que devem pipocar acusações contra mais dois parlamentares e um causídico sessentão, que se somariam às suspeitas que recaem sobre o deputado Luiz Seffer, esta pública, e um conselheiro de contas, esta através de notícias cifradas.
Um ex-prefeito da região metropolitana também é suspeito de prática de pedofilia.

Minc desobriga donos de terra de reflorestamento

Na Folha de São Paulo:

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) deu aval para que proprietários não sejam obrigados a recompor uma área desmatada de 7.100 km2 na região da rodovia federal BR-163, no Pará, dentro da Amazônia. Isso equivale a 4,5 vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
Na prática, em vez de reflorestar a região, os donos poderão explorá-la economicamente com agricultura ou pecuária, por exemplo.
"Isso está previsto no Código Florestal e ocorre quando é feito zoneamento ecológico [medidas de proteção ambiental], como o apresentado pelo governo do Pará [para a região]", disse Minc.
Em janeiro passado, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), sancionou lei de zoneamento ecológico-econômico prevendo redução de 80% para 50% da área que os proprietários devem reflorestar no local.
O governo estadual calculou que até o ano de 2005 foram desmatados 23,7 mil quilômetros quadrados na região da BR-163.
Como na Amazônia devem ser preservados 80% das florestas, os proprietários teriam que recuperar um total de 18,9 mil quilômetros quadrados. Mas, devido à redução para 50%, precisarão recompor só 11,8 mil quilômetros quadrados.
A redução recebeu parecer favorável do Ministério do Meio Ambiente. Ontem, o texto foi aprovado pela comissão de Zoneamento Ecológico-Econômico e segue para aprovação pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente, presidido por Minc.