sábado, 20 de junho de 2009

Em andamento, Paissandu 2 x 1 Águia

Blog do Gerson Nogueira

O Paissandu vai derrotando o Águia, por 2 a 1, em Parauapebas. O jogo está no intervalo. O time marabaense saiu na frente, aos 17, com Bruno Rangel. Dois minutos depois, Torrô empatou, em chute forte que ainda desviou na zaga e enganou o goleiro Adriano. Aos 41 minutos, em rápido contra-ataque, puxado por Mael, Torrô desempatou. Detalhe: na origem do lance, uma firula do lateral-esquerdo Ednaldo, que tinha a chance de fazer cruzamento mas preferiu tentar um drible a mais.

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Atualizada às 18h46.

Encerrado: Águia 2 x 2 Paysandu

Bruno Rangel 10' 2º

Lúcio Flávio Pinto - PARÁ: Para baixo

É brutal o contraste entre a quantidade de riquezas extraídas do Pará e a pobreza em que fica a sua população. Na avaliação do desempenho dos mais pobres do Brasil, o Pará só está melhor do que o Amazonas, em 26º lugar. Por quê?

O Pará é o segundo Estado mais pobre do Brasil. Só perde para o Amazonas, que, entretanto, pela mensuração dos índices quantitativos, o supera. O terceiro Estado mais pobre é o vizinho Maranhão, que é, ao mesmo tempo, Amazônia Legal e Nordeste (e é o único dos três que já deu presidente da república, o atual senador José Sarney). O Pará é tão pobre assim porque seu IDF (Índice de Desenvolvimento Familiar), o mais recente dos medidores sociais criados no Brasil, é de 0,503, numa escala que vai de 0 (a pior situação) até um (a melhor situação). O IDF do Amazonas é de 0,502 e o do Maranhão é de 0,515. O Estado amazônico mais pobre a seguir, na 5ª pior posição, é o Amapá, que tem o índice 0,517. O Estado menos pobre da Amazônia é o Acre, com 0,565, no 18º lugar. O líder no Brasil, também por essa perspectiva, é São Paulo (0,592).
Se a situação dos Estados é preocupante, já que nenhum deles alcança 0,600, a dos municípios é dramática. Entre os cinco piores, em uma lista liderada por Jordão, no Acre, e Uiramutã, em Roraima (abrangido pela reserva Raposa Serra do Sol, que os arrozeiros queriam continuar a ocupar ilegalmente, sob a alegação de que desenvolviam o local), há dois municípios paraenses, situados na sofrida ilha de Marajó e nos furos da foz do Amazonas: Anajás, em terceiro, e Melgaço, em quarto, ambos com 0,37.
Nenhuma das capitais brasileiras figura entre os 500 municípios com piores IDFs, mas Macapá e Porto Velho estão nos últimos lugares dentre elas, com menos da metade do IDF possível (ou 0,48). Belém vem logo a seguir, com 0,49, na companhia de Manaus e Rio Branco. Ou seja: todas as capitais da Amazônia são vítimas do processo de ocupação dos seus Estados. Com a agravante, no caso de Belém, de o seu IDF estar abaixo da média estadual. Assim, se o interior vai mal, a capital vai pior.
O IDF foi montado pelo Ministério do Desenvolvimento Social com base num cadastro único, que reúne informações sobre as famílias assistidas pelo programa Bolsa-Família, que atende 55 milhões de famílias. O índice é formado por seis itens: vulnerabilidade familiar, escolaridade, acesso ao trabalho, renda, desenvolvimento infantil e condições de habitação. Como foi alimentado com dados acumulados até o ano passado, revela uma verdade que salta aos olhos: o assistencialismo do governo, através do Bolsa-Família, apenas renova a pobreza, sem eliminá-la. A conclusão já podia ser antecipada quando o programa começou, de forma tênue, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, mas agora essa verdade pode ser demonstrada numericamente. Para a Amazônia, significa que a região continua a ser a prima pobre do país, apesar de toda a conversa fiada em contrário. E o Pará segue crescendo como rabo de cavalo (para baixo), a despeito da propaganda de tucanos e petistas.
Com a bolsa, as famílias pobres ou passaram a ter acesso a um rendimento, que até então não possuíam, ou o incrementaram. Poderão sobreviver com mais recursos do que antes. Mas não evoluirão na escadaria social nem terão acesso a atividades econômicas perenes. O programa assistencialista não as prepara para disputar lugares na economia formal. Como os setores econômicos mais dinâmicos no Pará estão ligados à exportação, que tem pouco ou nenhum efeito germinativo local, o subsídio que o governo federal concede aos mais pobres se espraia, porque a clientela que fica à margem dos “grandes projetos” é cada vez maior. Mas sem iniciativas posteriores à mera concessão da bolsa, os beneficiários não conseguem transpor o muro da exclusão. Os mais pobres talvez não morram de fome com a ajuda oficial e até passem a se sentir satisfeitos com a melhoria proporcionada pelo novo “pai dos pobres”, mas continuarão achatados no pé da pirâmide social, como uma casta segregada pelo favor do governo.
Não surpreende o contraste brutal que se cristaliza no Pará: o Estado se empobrece enquanto incrementa seu peso no comércio exterior brasileiro. É o efeito maligno da especialização que lhe foi imposta: ser um exportador de produtos não acabados, da energia bruta ao alumínio, que só multiplicam seus efeitos no mercado consumidor. Como a esmagadora maioria dos consumidores desses bens está fora do Estado ou além-mar, a cadeia produtiva não cresce, deixando de gerar internamente a renda e o emprego exigidos pelo crescimento demográfico, sobretudo via imigração. Para piorar a mecânica, a exportação é desonerada do principal imposto estadual, o ICMS, o que compromete a capacidade de investimento do governo local.
Uma conseqüência política dessa constatação é o empenho de muitos grupos sociais em ampliar a federalização no Estado, a partir da premissa de que Brasília é mais eficiente, mais sensível e menos comprometida com as estruturas locais de poder do que Belém (ou Manaus, ou Rio Branco). No entanto, esse raciocínio, que se expressa através de vários discursos, desde a gestão fundiária até as políticas ambientais, se choca com uma constatação ainda mais evidente: o modelo econômico que gera os desequilíbrios, as distorções e os desastres sociais e ambientais na Amazônia foi criado ou avalizado pelo governo federal. A federalização acaba proporcionando à raposa cuidar do galinheiro, com as vestes do bom pastor.
São tantas as boas intenções, mas o resultado é um só, por trás das quantidades fabulosas: o povo fica cada vez mais pobre. Justamente porque o Pará, tendo a 9ª maior população do Brasil, é o 2º Estado que mais dólares líquidos proporciona à federação nacional, o 4º maior exportador, o 3º maior transferidor de energia bruta, o 2º maior minerador e o 16º em desenvolvimento humano, o 21º em desenvolvimento da juventude e, agora, o 26º em desenvolvimento familiar, neste último índice abaixo de todos os Estados da região que era considerada a mais pobre do país, o Nordeste. Abaixo até do Maranhão, devastado pela oligarquia dos Sarney.
Já Belém é a 74ª pior dentre 79 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes em matéria de infraestestrutura básica, segundo o levantamento feito pelo Instituto Trata Brasil, com base em dados reunidos de 2003 até 2007, divulgados no mês passado, com exclusividade, pela revista Exame, da Editora Abril. A capital paraense, com 6% de cobertura de rede de esgoto e 1% de tratamento de esgoto, é a pior capital do país nesses quesitos. Ficou à frente apenas de Cariacica, no Espírito Santo, e Porto Velho, a capital de Rondônia, que tem metade da rede de esgoto e nada do seu tratamento. A primeira colocada é Franca, em São Paulo, com 94% e 77%, respectivamente.
Brasília, com a ajuda dos péssimos habitantes amazônicos e dos terríveis líderes paraenses, em particular, está conseguindo o que parecia impossível: acabar com o sonho da Amazônia antes de acabar com a própria Amazônia.

Manchetes deste sábado de O Estado do Tapajós


Redivisão territorial: PLEBISCIITOS GANHAM FORÇA

ARTESÃ E ENFERMEIRA SÃO EXEMPLOS DE DEDICAÇÃO

SANTARÉM, A BEIRA DO RIO, UMA CIDADE DE CARNÍVOROS

MARIA DO CARMO ALMEJA UM POLO TECNOLÓGICO PARA SANTARÉM

MPF INVESTIGA DESVIO DE VERBA

Especial 348 anos: ARY RABELO: um olhar sobre a arquitetura da cidade
HÉLCIO AMARAL: a saga dos nordestinos
BALDINO VASCONCELOS: remininscências de um tempo distante
JUBAL CABRAL: viagem pelo rio Tapajós

Memória de Santarém: Antologia - Um retrato dos anos 30

Mais um desiste de receber medalha da Prefeitura

Primeiro foi o juiz Gabriel Veloso, que não comparecerá à solenidade de entrega da medalha do Mérito Padre Felippe Betendorf por estar acompanhando sua mãe, enferma, na Paraíba.

Agora, a baixa na relação de escolhidos pela prefeita Maria do Carmo é o promotor Raimundo Nonato Brasil, que alegou viagem particular para Manaus, neste sábado.


Para que a solenidade não ficasse esvaziada, a prefeita Maria do Carmo tratou de convidar o empresário Raul Loureiro para o lugar de Raimundo Brasil.


Já o juiz Gabriel Veloso será representada por uma funcionária do fórum de Santarém.

Avião da Tripp estraçalha urubu na decolagem

Do Blog do Jubal:

Devido a disposição irregular do lixo, nos terrenos próximos ao aeroporto local[Itaituba], o vôo da Tripp esta manhã estraçalhou um urubu, na decolagem.

O comandante conseguiu pousar com segurança no aeroporto de Santarém para que fosse feita a manutenção de uma das hélices, que ficou trincada, tal a violência do choque.

E ainda tem uns babacas que acham que segurança e disposição irregular do lixo tem nada a ver.

Jatene abre o jogo

Ronaldo Brasiliense:

Em entrevista exclusiva à repórter Ana Célia Pinheiro, no blog www.pererecadavizinha.blogspot.com , o ex-governador Simão Jatene ,(PSDB) abre o jogo: rebate as críticas do ex-governador Almir Gabriel de que teria feito corpo mole na campanha de 2006, critica as falhas da administração de Ana Júlia Carepa (PT) e fala porque quer voltar ao poder no Estado nas eleições de 2010.

Perereca: Tendo em vista essa democratização das relações, no seu governo, que parece ter sido bem mais aberto ao diálogo, a eleição do doutor Almir, pelo próprio perfil dele, não representaria um retrocesso?

Jatene: Não, não acho que a eleição do Gabriel seria um retrocesso – até porque, se achasse isso, teria disputado com ele, sim.Acho que a eleição dele seria, sim, um avanço, até porque nós todos aprendemos.E quero lhe dizer com toda a franqueza: se Deus e a população do Pará me levarem, novamente, ao Governo, pode ter certeza absoluta de que não será uma reprodução do que foi.Aprendi, acertei, errei – não tenho nenhuma dificuldade em arrumar o que errei e tentar potencializar o que acertei. Essa coisa da importância do coletivo na construção da sociedade...Não tenho nenhuma dificuldade em me relacionar com qualquer segmento. Tenho dificuldade é em me relacionar com a hipocrisia, com a mentira, com a tentativa de usar a esperteza para enganar as pessoas.E eu sempre digo: não tenho raiva da população porque vota assim ou assado. Tenho raiva é de quem engana a população.