terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sem recursos, São Raimundo-PA usa fanatismo para fazer história

ESPN.com.br com Agência GE

Mantido com recursos oriundos do próprio clube, da prefeitura e do governo estadual, o São Raimundo protagonizou o futebol paraense nesta temporada de 2009. Somado ao sucesso no campeonato estadual, em que terminou com o segundo lugar ao ser derrotado na final pelo Paysandu, o Pantera Negra de Santarém conquistou o acesso à Série C do Campeonato Brasileiro com um dos menores orçamentos mensais de toda a competição: apenas R$ 60 mil de salário para todo o elenco.

A escassez de recursos atrapalhou o São Raimundo durante sua trajetória vitoriosa na Quarta Divisão do futebol nacional. A falta de verbas obrigou o time a abdicar de conforto e, até mesmo, de jogadores reservas durante os jogos na competição nacional.

"O deslocamento todo foi feito em condições abaixo de uma equipe profissional. Fomos mal acomodados e, inclusive, levamos poucos jogadores. Em Macapá, nas partidas contra o Cristal (durante primeira fase, terceira e quarta), levamos apenas 15 jogadores por causa da questão financeira", comenta o técnico da equipe Lúcio Santarém, em entrevista à Gazeta Esportiva.Net. Terceiro comandante da Pantera na competição nacional, o treinador, há quase dois meses no cargo, mostrou confiança no futuro da equipe alvinegra.

"As coisas foram acontecendo de uma forma gradativa. O São Raimundo foi subindo de fase para fase. Mas, atualmente, temos condições de encarar qualquer equipe", orgulha-se Santarém. "Concluímos apenas uma parte e agora se abriu a possibilidade de nós sermos campeões. Ainda acham que o São Raimundo uma zebra, principalmente por jogar no norte, mas temos uma equipe muito forte e motivo de orgulho para a cidade", avisa o comandante, repassando o favoritismo aos três adversários das semifinais.

Outro incentivo apontado como decisivo para o sucesso da equipe são as 'orações' de uma torcedora fanática. Lucinda Pereira, 58 anos, é uma personagem conhecida por todas as ruas da cidade de Santarém, localizada a aproximadamente 1.440 km da capital paraense, Belém. Contudo, a 'fama' de Lucinda abrange, especialmente, o ambiente futebolístico do município.

Torcedora fanática do São Raimundo, a senhora mantém uma relação direta com os jogadores da equipe, algo incomum no mundo do futebol profissional. Em dias especiais, a fã convida os atletas a comerem uma tapioca em sua residência e tomarem um cafezinho, sempre ministrando uma palavra de apoio ao elenco de jogadores.

"Desde que me conheço por gente torço pelo São Raimundo. Aproximei-me da equipe em 2004, quando me aposentei e passei a ter contato com os jogadores. Muitas pessoas queriam fazer isso, mas não podem. Eu tenho o privilégio de viver esse dia-a-dia com os jogadores e agradeço muito", declara a fanática e simpática torcedora, detentora de um São Raimundo, o santo-padroeiro da equipe e presença constante nos braços da Professora Lucinda, nas partidas.

A força originada pelas orações desta torcedora fanática inspirou o São Raimundo durante toda a temporada. Entretanto, o crescimento da equipe dentro de campo ocorreu após a chegada do treinador Lúcio Santarém, o terceiro durante as disputas do Campeonato Brasileiro da Série D. A bela campanha em 2009 garantiu a Pantera de Santarém em três competições para a próxima temporada: o Paraense, a Copa do Brasil e a Terceira Divisão do nacional.

Yes, nós também temos círio

Enem marcado para 5 e 6 de dezembro

A nova data escolhida para a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será nos dias 5 e 6 de dezembro. No entanto, a data ainda não foi confirmada oficialmente pelo Ministério da Educação (MEC) pois será apresentada na tarde desta terça-feira ao ministro da Justiça, Tarso Genro.

O ministério informou que a reunião é necessária para avaliar a atuação da Polícia Federal na aplicação da prova e as medidas de segurança que serão colocadas em prática durante o exame.

O cancelamento das provas

O Ministério da Educação cancelou na madrugada da última quinta-feira (30) a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que seria aplicado no último final de semana, 3 e 4 de outubro, para mais de 4 milhões de pessoas em todo o País. O cancelamento teria ocorrido em virtude do vazamento da prova. As provas seriam aplicadas em 113.857 salas de 10.385 escolas do País.

As suspeitas de fraude ocorreram após um homem ter telefonado para o jornal O Estado de S. Paulo informando que tinha em mãos duas das provas que seriam aplicadas no sábado pelo Ministério da Educação. Nas provas do exame de ensino médio havia questões com o poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, uma tirinha da personagem argentina Mafalda e um exercício sobre índices de desmatamento na Amazônia. A Polícia Federal, que instaurou inquérito para apurar o caso, já indiciou duas pessoas.

Na última semana, a professora Itana Marques, representante do Connasel, afirmou não ter havido "fragilidade" na segurança dos exercícios. Por ser alvo de investigação da Polícia Federal, a professora evitou dar detalhes de que requisitos de logística seriam aprimorados ou alterados para garantir a segurança das futuras provas. (Terra)

Há divergências profundas na concepção da UFOPA

Um grupo de entidades da sociedade civil liderado pelo padre Edilberto Sena deixou claro hoje, durante sessão especial da Câmara de Vereadores, que ouviu as explicações da comissão de implantação da nova universidade federal, cuja criação foi aprovada hoje pelo Senado Federal, que não há consenso quanto à concepção institucional da UFOPA.
Segundo Edilberto, a sociedade não participou da formulação dos objetivos da UFOPA. " O que houve foi apenas um diálogo de surdos. Só tivemos oportunidade de ouvir as explicações. Nenhuma sugestão nos foi pedida. Quando nos chamam para discutir a implantação da UFOPA, a universidade já está até criada", reclamou.
O grupo de entidades que compareceu à Câmara apresentou uma proposta alternativa de implantação da UFOPA. A crítica incial é de que a instituição já "nasce velha", uma vez que, segundo Laurimárcio Figueira, aluno de direito da UFPA, a UFOPA é apenas a junção de estrutura física da UFPA e da UFRA. "O Programa Reuni, do MEC, já prevê que as novas universidades federais tem que aproveitar o que já existe de estrutura física", criticou.
Para as entidades, a nova universidade, pela concepção do MEC, vai reproduzir o modelo de formação de mão-de-0bra para grandes projetos minerais e agroflorestais da região. "Queremos uma universidade amazônica na sua essência, que seja um meio de difundir tecnologia sem esquecer o conhecimento empírico de nossa população", afirmou Figueira.
As críticas mais contundentes à estrutura da futura universidade vão desde a proposta de forma de ingreso na insitutição, pelo Enem, até a ausência de cursos como Medicina e Turismo e a presença de cursos na área tecnológica.

Ufopa é discutida na Câmara



O professor Seixas Lourenço explica aos vereadores de Santarém a estutura da futura Universidade do Oeste do Pará.
Crítico do processo de discussão para a implanação da UFOPA, o padre Edilberto Sena está presente a sessão.

Secretário responde a Tapajós e garante que obras inciam em 15 dias

Cilícia Ferreira
Repórter

O secretário de Planejamento da Prefeitura de Santarém, Everaldo Martins Filho, rebateu as críticas sobre o atraso nas obras que serão realizadas com recursos de R$ 4 milhões 779 mil aprovados pelo Ministério da Integração Regional e cuja a primeira parcela de R$ 1,5 milhão já foi depositada na conta da prefeitura.
Segundo Everaldo, é o fracionamento dos recursos. " O problema há nesse total recursos para todas das sete obras, uma maiores, outras menores. São duas grandes de cerca de R$ 1 milhão 400 mil - Tancredo Neves e Leão XXI. Se agente começar por elas a prefeitura acaba por deixar as outras menores de lado", afirmou o secretário.
Segundo o titular da pasta de planejamento, a prefeitura fez a opção por começar as obras de orçamento menor. "Mesmo que não precisássemos fazer licitação, a prefeitura precisaria contratar essa obras de forma correta", justificou Everaldo o atraso para o início dessas obras.
Segundo Everaldo, " a idéia é começar pela avenida Curua-Uma, onde há uma enorme cratera próxima ao mercado da Prainha-, e as ruas Margarida e Magnólia. Depois a orla, a José Bonifácio , a Tancredo Neves e a João XXIII. Isso não é um cronograma, é apenas uma idéia que estamos discutindo", explicou.
Indagado se acredita ainda que essas obras possam ser realizadas ainda no período deste verão, Everaldo respondeu afirmativamente, esperando, apenas, que as demais parcelas das verbas também sejam liberadas pelo governo federal. "Se as parcelas demorarem a vir, é natural a retração das empresas que executarão essas obras",admitiu o secretário.
No final da entrevista, Everaldo informou que acredita que as obras emergenciais serão iniciadas dentro dos próximos 15 dias.

Ex-prefeito diz que deixou dinheiro em caixa para Maria do Carmo trabalhar

Miguel Oliveira
Repórter


O vereador José Maria Tapajós, que assumiu o cargo de prefeito de Santarém por seis meses, afirma nesta entrevista que seu governo tomou as providências necessárias para que a adminisraçãomunicipal não ficasse parada, mesmo diante dos gravesproblemas causados pelas chuvas e enchente.
Segundo Tapajós, que é presidente da Câmara, todas as verbas federais liberadas ainda no final do promeiro mandato da prefeita Maria do Carmo ficaram depositadas em conta corrente e não foram gastas.
O presidente do legislativo diz que as verbas fedeais emergenciais só foram liberadas nomês passado porque sua administração apresentou os projetos junto ao Ministério da Integração Nacional. Tapajós reclama das declarações prestadas pela prefeita Maria do Carmo à imprensa que que por causa do problema jurídico no STF a cidade fciou paralisada. “ Quem perdeu tempo foi a prefeita, não o município”, afirmou.
Leia os principais trechos da entrevista:

O Estado do Tapajós: O senhor reassumiu a presidência da Câmara, usou a tribuna esta semana. O que lhe levou a fazer o pronunciamento, elencando as obras e os recursos que o senhor conseguiu quando era prefeito?

José Maria Tapajós - Por questão de atender a minha própria consciência. Fiz questão de registrar as pessoas que peregrinaram comigo no ministério da Integração Nacional, que foi a secretária Valéria. Tivemos os nossos projetos aprovados, pela eficiência dos projetos que levamos. O deputado federal Jader Barbalho, que não só me chamou para Brasília, como me acompanhou até o ministro, e com base no companheirismo, eu percebi que Santarém ganhou nesse momento e naquela ocasião nós ficamos na expectativa de podermos ser beneficiado no atendimento dos projetos e graças a Deus foram todos aprovados, que é muito difícil.

O Estado: Quais foram os mais importantes?

José Maria - Todos os sete projetos foram importantes. Nós fizemos os projetos com base no que Santarém mais sofreu no período do inverno. Cito aqui como exemplo, a Magnólia, que chegou até a colocar canoa lá: o projeto foi liberado. Cito aqui o rompimento da orla: o projeto foi liberado. Cito aqui o buraco do mercado da Prainha, o projeto foi liberado.

O Estado: Agora vereador, o dinheiro já foi liberado, já foi depositado, mas as obras não começaram. Por quê?

José Maria - Nós recebemos a comunicação esta semana do repasse da 1ª parcela, R$ 1 milhão 500 mil e uma fração. Significa dizer o quê, que a partir das obras licitadas e iniciadas e a partir e as suas prestações de contas, serão liberados as próximas parcelas. Considerando que o verão, estamos ai a três meses do final do ano e essas obras são de fundamental importância, exceto a orla, que nem saiu no total, as demais têm condições de ser iniciadas e o restante do dinheiro só será liberado na medida em que as obras forem iniciadas e prestadas contas.

O Estado: Mas quando o senhor foi prefeito o senhor deixou tudo pronto, projetos apresentados, prontos para receber o dinheiro. O senhor teme que esses projetos acabem sendo não executados?

José Maria: Pelo período do verão curto, como você falou, eu temo no sentido de não serem concluídos e quem sabe alguns nem iniciados, isso pode ser possível, mas o recurso não se perde. O recurso está empenhado, está garantido, então seja neste verão, seja durante o inverno, as obras poderão ser iniciadas, continuadas, porque o recurso está garantido, porque foi empenhado.

O Estado: A prefeita Maria do Carmo, desde que reassumiu, quando é perguntada por que não consegue resolver alguns problemas emergenciais da cidade, ela sempre usa como resposta que Santarém perdeu muito tempo. Santarém perdeu tempo durante sua interinidade?

José Maria: Coloco isso como um discurso impensado, porque Santarém não perdeu absolutamente nada, não perdeu tempo. A prefeita pode ter perdido tempo, ela particularmente, ela, mas Santarém não perdeu. Primeiro porque fiquei com todo o secretariado do 1° governo, os técnicos que estavam acompanhando e sabiam administra a máquina. Segundo, está ai, nós encaminhamos os projetos que foram aprovados, projetos liberados. Então, acredito que a prefeita esteja sendo infeliz com essa colocação, pois Santarém não perdeu absolutamente nada de tempo. Olha, nós temos aqui recursos prometidos do governo federal, pela Defesa Civil, que já foi liberado. Temos recursos prometidos pelo governo estadual, pela Defesa Civil, aí eu não sei, pois na Câmara, não temos conhecimento se já foi liberado. A sociedade está aí como prova do esforço da administração. No momento que estávamos prefeito, fizemos de tudo que era possível para que Santarém não viesse sentir e a população demonstrou que estávamos certos que tinha prefeito e que nós estávamos trabalhando.

O Estado: Há muitos comentários na cidade que o senhor não tem sido tratado como um aliado de primeira hora. Existe algum problema político nos bastidores, em que envolve a sua pessoa, com relação as PT, à prefeitura, aos secretários?

José Maria: Deve existir. Eu também ouço esses rumores. A sociedade e a impressa conhecem o meu perfil político. Então eu sempre procurei ficar no anonimato. Muitas das vezes tomando certos prejuízos políticos. Hoje, apenas gostaria de ser reconhecido pelo que fiz, afinal de contas, a olho e testemunhado pela população santarena, eu fiz o que tinha de fazer e, diga-se de passagem, modéstia à parte, acredito que até mais, porque quando a pessoa se considera vigia de um determinado setor, de um determinado objeto, de um determinado patrimônio, ela apenas está lá vigiando por um tempo curto. Ela não puxa pra si a responsabilidade. Eu não me considerei em nenhum momento um vigia. Considerei-me prefeito da cidade e que tinha que agir e agi, os resultados estão aí. Portanto eu espero que não só a prefeitura como o secretariado, que tive a oportunidade de ter em meu governo, possa reconhecer esse meu esforço, esse meu empenho enquanto prefeito e eu espero que a sociedade faça o melhor julgamento.

CGU sorteia Santarém para fiscalizar aplicação de recursos

BRASÍLIA - A Controladoria-Geral da União (CGU) sorteou hoje mais 60 municípios que vão receber fiscalização especial visando a inibir a ocorrência de irregularidades na administração pública. O programa foi criado em abril de 2003 e faz a escolha pelo mesmo sistema de sorteio das loterias da Caixa Econômica Federal. O objetivo é definir o uso correto dos recursos públicos federais.

No Pará serão fiscalizados Pau d'Arco, Santarém e Viseu; no Tocantins, Marianópolis; em Mato Grosso, Rondolândia; no Rio Grande do Norte, Sítio Novo, Severiano Melo e Mossoró; em Pernambuco, Tamandaré, Belém de Maria e Venturosa; no Ceará, Penaforte, Acarape e Itatira.

Os 60 municípios sorteados estão distribuídos em 24 estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Este ano a fiscalização incluiu 1.581 municípios, ou 28,4% do total.

Os auditores examinam contas e, nos municípios sorteados, fazem inspeção pessoal e física de obras e serviços em realização, mantendo contato com a população, diretamente ou por intermédio dos conselhos comunitários e outras entidades organizadas, para estimular os cidadãos a participar do controle da aplicação dos recursos públicos.

(Agência Brasil)