quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O grande escritor

Lúcio Flávio Pinto

Em 40 anos, completados neste ano, Philip Roth escreveu 30 livros. Aos 76 anos, escreve a intervalos cada vez mais curtos. Alega que é porque não poderia continuar a viver sem trabalhar. Sinal de que espera viver por mais tempo do que a média, sempre produtivo. Nem por isso cai a qualidade do seu trabalho literário. Muito pelo contrário. Ele expressa, como poucos, a vitalidade recente da literatura dos Estados Unidos, que a projetou para o topo mundial. Nunca ela chegou tão alto.

Era de se esperar que o Prêmio Nobel de Literatura fosse para Roth. A data, dos 40 anos de fecunda criação literária, era propícia para o reconhecimento. Mas a academia sueca preferiu uma escritora água-com-açucar, virando as costas para uma geração dos mais brilhantes escritores que os EUA já teve. Geração que vai se desfazendo, sempre à margem da maior premiação mundial ao engenho humano, o próprio Nobel, encalacrado nos seus males de origem (fundos destinados pelo inventor da dinamite). O próprio Roth, em entrevista ao Wall Street Journal, lembra que já se foram três gigantes nos últimos dois anos: Saul Bellow, Norman Mailer e John Updike. Na linha de frente, porém, ainda estão ativos primus inter pares, como Don DeLillo, Ed Doctorow, Reynolds Price, Joyce Carol Oates e Toni Morrison. O fato de nenhum deles ter sido lembrado até agora só depõe contra os selecionadores do Nobel.

Há um trecho da entrevista que me provocou boas lembranças de Nova York, onde o escritor mora, à parte das considerações sobre o terceiro livro de novelas de Roth, recém-lançado, de uma tetralogia a ser concluída no próximo ano (a obra já está escrita, à espera da publicação). É quando ele se refere à possibilidade de adquirir livros valiosos por baixo preço através de sites de “sebos”, mas reconhece que o melhor mesmo é visitar essas livrarias fisicamente, como ele fazia quando ia à Quarta Avenida. Na Modern Library, podiam-se comprar livros comuns por 25 centavos de dólar ou “os gigantes” por US$ 0,75, na década de 50.

Nas minhas poucas visitas aos Estados Unidos, andei por todos os “sebos” que meu tempo de estadia me permitia visitar, inclusive na 4ª Avenida. Não havia (e creio que ainda não há) mais baratos do que eles no mundo, nem mais deslumbrantemente ricos de material, ou ao menos pelos lugares que conheci ao redor do mundo, sempre estacionando nos “sebos”. No último giro pelos EUA, a convite do governo americano, em 1990, recebi uma verba para aquisição de livros. Gastei-a e a excedi em muito no circuito que fiz, incluindo vários Estados (conforme eu solicitara). Por onde passava, eu despachava pelo legendário correio os volumes formados pelas compras para Washington, de onde uma pessoa se encarregou de enviar – por via marítima, a mais barata – para Belém. Ao final, foram mais de 300 livros, 90% deles comprados em “sebos”, alguns deles surpreendentes, como o Powell’s, em Portland, com mais de um milhão de volumes em oferta.

No regresso, a programação incluía um jantar de despedida na capital americana. O encarregado da agenda cultural fez questão de aparecer no encontro para me conhecer. Eu era um acontecimento insólito para ele, há muitos anos trabalhando com visitantes oficiais: fora o primeiro que utilizara a verba para aquisição de livros, conforme pudera comprovar ao trocar os volumes dos embrulhos originais para os novos pacotes (e certamente conferindo os tipos de livros que eu comprara). Fui surpreendido por aquela demonstração de interesse e de reconhecimento, um dos momentos mais reconfortadores da viagem para um bibliófilo. Como me foi fonte de prazer a leitura da entrevista de Roth ao WSJ. Ler é viver pela segunda vez para quem vive e lê.

'Índios" apreendem filmadoras para esconder rostos de incendiários

Miguel Oliveira
Repórter

As autoridades policiais terão muita dificuldade para identificar os autores do incêndio que destruiu, na última terça-feria (9), cerca de 1.500 metros cúbicos de madeira extraída legalmente, segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema) de planos de manejo da Gleba Nova Olinda. Orientados por integrantes de ONGs, Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Frente em Defesa da Amazônia (FDA) e por um funcionário da prefeitura de Santarém, lideranças que se auto-intitulam indígenas da região do rio Arapiuns impediram que as imagens dos preparativos para queima das duas balsas retidas na ponta do Pedrão, na comunidade de São Pedro, fossem registradas por equipes de televisão e do jornal O Estado do Tapajós. Os líderes da manifestação apreenderam os equipamentos da TV Amazônia e TV Guarany e retiveram a lancha que transportou as equipes de imprensa de Santarém até o local, para impedir que fossem feitas imagens dos rostos dos autores do incêndio no momento em que estes transportavam galhos secos, estopa e gasolina.

Somente após a madeira já estar sendo consumida pelas chamas é que os equipamentos foram devolvidos e os jornalistas tiveram permissão para se aproximar das balsas. Mas desde a chegada à praia onde os manifestantes se concentravam, há cerca de um mês, que os jornalistas começaram a ser intimidados por líderes supostamente indígenas da região do Maró. Assim que as duas lanchas atracaram, os 'índios' exigiram que os jornalistas se identificassem e avisaram, em tom de ameaça, que não seria permitida a captação de imagens dos manifestantes até que a equipe do Ministério Público Federal chegasse para a reunião. Por interferência de lideranças da comunidade de São Pedro, os jornalistas puderam assistir as reuniões, porém foram proibidos de filmar ou fotografar os manifestantes.

A insegurança dos jornalistas aumentou após a reunião dos 'índígenas' com o procurador federal Cláudio Henrique, procurador municipal Renato Alho e do chefe do escritório do Ideflor em Santarém Joaquim Vieira. Revoltados com o não atendimento das principais reivindicações ( Leia Box no final desta matéria), os manifestantes anunciaram a decisão de incendiar as duas balsas carregadas de madeira que estavam bloqueadas desde o dia 17 de outubro no rio.

Antes dessa decisão, os jornalistas foram chamados a uma reunião no interior do acampamento e comunicados que teriam que entregar os equipamentos de filmagem. Neste momento, um grupo de 'indígenas' tentou invadir a lancha onde se encontravam jornalista e tripulantes, mas foram dissuadidos de subir na embarcação. Após uma tensa negociação os equipamentos foram devolvidos e os jornalistas permaneceram no interior da lancha até que recebesse autorização dos manifestantes para deixar o local.

Queima da madeira já estava decidida

Em conversa com manifestantes, antes da chegada do procurador Cláudio Henrique, os jornalistas Miguel Oliveira, Carlos Silva e Ronilma Santos e os cinegrafistas Aloísio Junior e Márcio Bezerra puderam sentir que o desfecho do protesto, em caso do não atendimento das reivindicações, seria a destruição da madeira.

Os repórteres puderam identificar pessoas de Santarém e até do exterior infiltradas manifestação. Foram esses "assessores' que instigaram os 'indígenas' contra os jornalistas. Dentre estes estavam Dianel Cardoso, funcionário da secretaria de cultura de Santarém, Gilson Rêgo, membro da FDA e assessor da CPT e a geógrafa norte-americana de prenome Brenda, que alegou estar no local fazendo uma pesquisa para tese de curso de pós-graduação.

Brenda foi quem retirou do interior de uma bajara algumas toalhas que foram entregues aos índios para serem utilizadas como chumaço embebido de gasolina.

Já Gilson era quem orientava os índios a questionarem as explicações do procurador Cláudio Henrique sobre a criação do território indígena do Maró. Ele por algumas vezes chego a interromper a reunião para reclamar do descaso Gilson(blusa rosa) e Brenda(Bermuda branca e boné vermelho)
da FUNAI para com os 'indígenas' da região do Arapiuns.

Dianel, apesar de ser servidor municipal, estava longe de seu local de trabalho, na sede do município, e era o locutor oficial da manifestação. Foi ele quem fez, inclusive, as mais pesadas críticas ao presidente da Câmara de Santarém, vereador José Maria Tapajós, à prefeita Maria do Carmo e à governadora Ana Júlia Carepa. Mesmo vigiados por alguns manifestantes e observados de perto por 'assessores', os jornalistas conseguiram driblar a vigilância, captar algumas imagens da reunião com o procurador federal e do momento da apreensão das câmeras de filmagens, e conversar com moradores de São Pedro, que não apoiavam o protesto.

Foram esses ribeirinhos que avisaram os jornalistas que algumas bajaras com 'indígenas' em seu interior já tinham atravessado o rio em busca de galhos secos, mesmo antes do final da reunião com as autoridades, mas os equipamentos embora ainda não tivessem sido apreendidos estavam na mira dos manifestantes e não puderam ser utilizados. Desse momento até o final da reunião a expectativa era o anúncio da queima da madeira, o que realmente aconteceu, mas os jornalistas não puderam documentar os preparativos, o deslocamento das bajaras e rabetas levando os 'índios' até as balsas carregadas de madeira.

Essa estratégia arquitetada pelos mentores dos manifestantes teve a clara intenção de dificultar a investigação policial a respeito do incêndio da madeira interditada no rio Arapiuns. Uma rabeta do agente comunitário de saúde(ACS) de São Pedro foi utilizada para transportar os 'indios' até as duas balsas. O fato foi comunicado por um jornalista ao procurador municipal Renato Alho, que se limitou a pedir que esse detalhe não fosse divulgado pela imprensa.

No momento em que começou o incêndio da madeira, o procurador Cláudio Henrique ainda se encontrava na praia do Pedrão e se recusou a permanecer no local a pedido dos jornalistas, como forma de inibir uma investida dos 'indígenas' contra a integridade dos profissionais de imprensa. Ele não concordou em deixar o local em comboio com a lancha que transportava os jornalistas. Nem o procurador, nem o delegado da Marinha, capitão Evandro Santos, eu também participou da reunião.

MPF exige pressa na solução dos conflitos no Arapiuns

O Ministério Público Federal considera necessária uma intervenção mais eficaz dos órgãos públicos para mediar o conflito. Entre as medidas que o MPF já solicitou, recomendou à Funai que apresse a demarcação da Terra Indígena Maró e pediu a extensão da operação Arco do Fogo para o território que está em disputa.
O estudo de identificação e delimitação da Terra Maró foi concluído em julho, mas até agora não foi apreciado pela presidência da Funai. - A lei estabelece prazo de 15 dias para que a Fundação Nacional do Índio aprecie o relatório de identificação, diz a recomendação do MPF. O prazo já se esgotou e a FUNAI já avisou que antes do final do ano o estudo não ficará pronto a tempo de ser publicado ainda este ano no Diário Oficial do Estado.
Os moradores acusam a Secretaria de Meio Ambiente do Pará de permitir manejo irregular no território que reivindicam como posse das comunidades tradicionais. Para o MPF, há evidências de extração irregular e a fiscalização é necessária. O procurador Cláudio Henrique anunciou que já pediu a realização de uma operação Arco de Fogo na Geba Nova Olinda, mas que o pedido está sendo analisado pela Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e IBAMA, em Brasília.
Reivindicações dos manifestantes
* Realização de operação pente-fino na gleba Nova Olinda com uma articulação entre os órgãos federais e estaduais;
* Que a madeira das balsas barradas seja identificada e medida na comunidade de São Pedro, com o acompanhamento dos comunitários do movimento, e que essa madeira, em caso de irregularidade, seja destinada às comunidades da região;
* Paralisação por completo a de todos os planos de manejo da gleba Nova Olinda;
* Doação/regularização das Terras Indígenas Maró com a demarcação pela Funai;
* Que a madeira que se encontra no pátio e nos planos de manejo seja beneficiada em Santarém e que por meio de leilão seja criado um fundo de reserva em benefício da Gleba Nova Olinda, sendo que parte do arrecadado deve ser doada para as comunidades afetadas pela enchente no município de Santarém;
* Retirada dos grileiros e madeireiros da gleba Nova Olinda;
* Ampliação da área do projeto de assentamento agroextrativista de Vista Alegre.

Procura-se um secretário municipal

Está desaparecido do serviço público um secretário da prefeitura de Santarém.

Embora não largue o osso, o dito cujo sumiu do mapa, alegando não ter dinheiro para trabalhar.

Desse jeito, a prefeita Maria do Carmo vai pra roça, embora quem devesse estar na juquira seria o titular da pasta da agricultura.

Mas no mundo do businness, o desaparecido não saiu de foco, despontando até na dimensão 3G.

Eleição em Mojuí será em março de 2010

Antes de entrar em recesso, os membros do Tribunal Regional Eleitoral deixarão publicada a resolução que marca a eleição para prefeito, vice-prefeito e vereadores de Mojuí dos Campos para o mês de março de 2010.

Forças ocultas manobraram para que o TRE não marcasse a eleição ainda para este ano a tempo de dar posse aos eleitos em primeiro de janeiro.

Audiência pública discute projeto de mineração

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (Sema) realiza no próximo dia 27 uma audiência pública em Tucumã, no sudeste do estado, para informar e discutir o licenciamento ambiental do Projeto de Exploração de Minério de Cobre – Projeto Boa Esperança, da empresa Caraíba Metais S.A.

O Projeto Boa Esperança propõe a implantação de um projeto mineral para lavra e beneficiamento de cobre, no município de Tucumã, no qual pretende lavrar cerca de 3,7 milhões de toneladas/ano de minério de cobre. Essa quantia produzirá 105 mil toneladas úmidas de concentrado, equivalentes a 29 mil toneladas/ano de cobre metálico.

A obra física do projeto envolverá quatro unidades básicas: a mina a céu aberto, as áreas de depósito e barragem de rejeitos, as instalações do beneficiamento mineral e a unidade administrativa. O Projeto Boa Esperança prevê um investimento de 630 milhões de reais e uma geração de 1000 empregos diretos durante a implantação. Na fase de operação, o efetivo deverá alcançar cerca de 500 funcionários próprios e 130 terceirizados.

A audiência pública visa divulgar informações, debater, recolher as opiniões, críticas e sugestões de setores da população interessada na implantação do projeto. O resultado desse debate irá subsidiar a equipe técnica da Sema e os membros do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema), à decisão quanto ao seu desenvolvimento ambiental.

Serviço: A audiência acontece no dia 27, às 9 hs no Salão Paroquial da Igreja Católica de Tucumã, localizado na Avenida Amazonas s/n – Bairro: Centro.

Ibama: há 5 pendências para autorizar Belo Monte

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias, informou que há pelo menos cinco pendências principais para a liberação da licença ambiental prévia para o projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). Entre elas estão as duas citadas pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que são a liberação de documento da Vigilância Sanitária sobre a malária e um documento do Instituto Chico Mendes que ateste que a usina não vai alagar grandes cavernas. Para Messias, ambos os documentos deverão ser encaminhados rapidamente e são, na verdade, questões burocráticas. "Nós sabemos que não há cavernas relevantes por lá que possam suspender a obra, só que precisamos do documento formal", disse ele.

Entre as outras questões que têm de ser esclarecidas, segundo ele, está a eficácia das medidas socioeconômicas que serão tomadas pelo futuro empreendedor para reduzir os impactos na região. Também falta, segundo Messias, esclarecimentos sobre a eficácia das medidas para aliviar o impacto da redução da vazão de água na chamada Volta Grande do Xingu. "A redução da vazão pode afetar a vida de algumas espécies. Queremos checar a eficácia das medidas mitigatórias", disse ele. Além disso, o quinto item é relativo a informações referentes à qualidade da água no canal artificial que será construído para escoar a água no projeto.

Perguntado sobre a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de votar o edital do leilão mesmo sem ter a licença, Messias esclareceu que o Ibama não deu garantias à Agência de que a licença vai sair agora. "Não podemos dar garantias de nada. Mas a agência tem direito de dar início aos seus trâmites", disse. Messias evitou se comprometer com uma data para a liberação da licença. (AE)

Venezuela envia comissão ao I Congresso das Cidades Amazônicas

Nessa semana, o governo venezuelano confirmou o envio de uma comissão de ministros de Estado e governadores para participar do I Congresso das Cidades Amazônicas. O principal objetivo da vinda das autoridades é a discussão em torno de políticas públicas contextualizadas às características da região, que abrange uma pequena área no sul da Venezuela. Além de redimensionar o encontro, a presença dos ministros e governadores reafirma o olhar internacional ao desenvolvimento da Amazônia.

Em nível nacional, prefeitos e secretários toda a região, Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais; Marcio Fortes, das Cidades; José Temporão, da Saúde; e Dilma Rousseff, da Casa Civil, já estão confirmados no evento. Com a proximidade do congresso, o número de inscritos é grande. Entretanto, ainda há vagas e as inscrições podem ser feitas pelo site www.cidadesamazonicas.com.br.

O I Congresso das Cidades Amazônicas acontece nos dias 26 e 27 de novembro, no Hangar Centro de Convenções, em Belém (PA), e é uma realização da Federação das Associações de Municípios do Estado do Pará (Famep) e entidades consorciadas.

(Fonte: FAMEP)

Escritores da região lançam obras no II Salão do Livro

Estão previstos dez lançamentos de livros durante a programação do II Salão do Livro do Oeste do Pará. O local para o lançamento com as sessões de autógrafos será o stand da prefeitura que estará montado no local do evento.
A programação de lançamentos é a seguinte:
Segunda-feira (23/11)
Hora: 20h
Autor: Pe. Edilberto de Moura Sena
Obra: “Amazônia: o que será do amanhã?”
Terça-feira (24/11)
Hora: 18h
Autora: Andressa Batista Carneiro
Obra: “As aventuras de Nick”
Terça-feira (24/11)
Hora: 20h
Autora: Profª. Raimunda Lucineide G. Pinheiro
Obra: “Simplesmente ser Feliz”
Quarta-feira (25/11)
Hora: 20h
Autora: Neila Souza
Obra: “Jesus! Minha doce Inspiração em poemas”
Quinta-feira (26/11)
Hora: 18h
Autora: Abdias da Conceição Silva
Obra: “Homenagem a cidade de Santarém”
Sexta-feira (27/11)
Hora: 18h
Autora: Olinda Ribeiro (Oriximiná)
Obra: “O Reencontro”
Sexta-feira (27/11)
Hora: 20h
Autora: Klaus Marcus Paranayba
Obra: “Peneirado” e “Poemas para Minha Mãe Bordar”
Sábado-feira (28/11)
Hora: 18h
Autora: Prof. Dr. Ediene Pena Ferreira (UFPA)
Obra: “Revista Cientifica Olho de Boto”
Sábado-feira (28/11)
Hora: 20h
Autora: Prof. Solange Ximenes Rocha (UEPA)
Obra: “Revista Cientifica”
Domingo (29/11)
Hora: 18h
Autora: Áure Roffé (IESPES)
Obra: “Gestão Hoteleira, a Trajetória da Hotelaria em Santarém”
(Fonte: PMS)

Moradores depredam torre na divisa Pará/Mato Grosso

O município de Novo Progresso e o distrito Castelo de Sonhos, em Altamira, estão sem energia elétrica deste o último sábado. Mais de 25 mil pessoas foram atingidas pelo apagão. Por volta de 21 horas, o fornecimento de luz foi interrompido devido à queda de uma das torres de transmissão de 138 Kv localizada na fronteira com Mato Grosso, na Cachoeira da Serra. Segundo informações da assessoria da Celpa, responsável pelo abastecimento de energia no local, colonos que moram ás proximidades da linha de transmissão derrubaram a torre em protesto porque a energia elétrica não chega à comunidade. A polícia de Novo Progresso informou que até a manhã de ontem a Celpa não havia feito nenhuma ocorrência sobre o caso
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Por conta da falta de luz, a área atingida está sem água desde domingo. Dois carros-pipa da Prefeitura de Novo Progresso estão fornecendo água para a delegacia e para o hospital da cidade, que funciona graças a um gerador. As escolas suspenderam as aulas. Na cidade, cerca de 20 ocorrências criminais deixaram de ser realizadas devido à falta de energia, que impossibilita o acesso ao sistema da Polícia Civil.

Segundo o delegado de Novo Progresso, Lucivelton Ferreira dos Santos, a situação também atrasou vários inquéritos. 'Tivemos que enviar documentos escritos à mão para o juiz, explicando que os depoimentos não foram cumpridos porque a delegacia está às escuras. Esperamos que compreenda. Mas não temos perspectiva de quando os inquéritos serão retomados', diz.

Celpa - A assessoria da Celpa informou que a torre danificada era muito alta e uma das principais na transmissão de luz, por isso, não há previsão de quando o serviço será restabelecido. Ainda segundo uma nota enviada à imprensa, a Celpa afirma que equipes de manutenção foram enviadas para o local e enfrentam dificuldades devido o difícil acesso na BR-163. A concessionária também enviou técnicos em uma aeronave para sobrevoar o local e realizar um diagnóstico mais preciso sobre os estragos causados à torre.

Essa é a segunda vez que Novo Progresso fica às escuras por conta da depredação a torres de transmissão. Um caso parecido foi registrado em fevereiro deste ano. A concessionária afirmou que vai tomar medidas junto às autoridades para evitar novos ataques.(Amazônia Jornal)