terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Lira Maia pede que UFOPA faça provas de concursos em Santarém

O deputado Lira Maia (DEM/PA), encaminhou na tarde desta terça-feira(08), Ofícios ao Ministro da Educação, Fernando Haddad e ao Reitor da Universidade Federal do Oeste do Pará, Professor Seixas Lourenço, solicitando a realização de provas para o concurso público de Professor também no Município de Santarém.

Para Lira Maia, quando o poder público define como local de provas somente a capital do Estado, exclui significativa parcela da população principalmente em razão das dificuldades regionais: “A realização de provas somente na capital afasta da população santarena a possibilidade de participar do certame. Além do problema de locomoção, temos o problema de estadia destes candidatos. Muitos podem não ter condições de pagar um hotel, uma pensão ou ainda não ter um parente para hospedá-los”.

Segundo o deputado, a região Oeste do Estado do Pará representa mais da metade da extensão territorial do Estado, sendo cortada pela BR 163, principal eixo produtivo local. Devido a esta peculiaridade geográfica, para se locomover de Santarém até a Capital Belém, a população se vale de aeronave (cerca de 1 hora de Boeing), de barco (cerca de 2 dias e meio) ou de veículo (cerca de 2 dias). Nesse caso, durante o período de chuvas, as estradas ficam intransitáveis, chegando a ser interditadas em diversos pontos”.

No ofício encaminhado ao Ministro da Educação e ao Professor Seixas Lourenço, o deputado Lira Maia solicitou que, nos próximos editais, principalmente para as áreas administrativas, sejam realizadas provas em Santarém e também nos Municípios que terão Campi da UFOPA. “Nossa intenção é assegurar à população do oeste do Pará, independente da condição social, o direito de participar de forma igualitária dos concursos públicos, assegurando assim a aplicabilidade do “Princípio da Isonomia”, dando tratamento “igual aos iguais, e desigual aos desiguais”. “Não posso admitir que o Município Sede da Universidade Federal do Oeste do Pará bem como os Municípios que terão Campi descentralizados, não sejam contemplados com a aplicação das provas em seus concursos”, concluiu o deputado Lira Maia.

(Assessoria de Imprensa)

Ibama libera licença para usina hidrelétrica no Jari


O presidente do Ibama, Roberto Messias, assinou hoje a licença ambiental prévia do projeto da hidrelétrica de Santo Antônio do Jari. O projeto prevê a construção de uma usina com capacidade para 300 megawatts (MW), o suficiente para abastecer uma cidade de 1,5 milhão de habitantes. A usina será construída no Rio Jari na divisa entre o Pará e o Amapá.

Com a licença concedida, essa passa a ser, por enquanto, a única hidrelétrica nova que o governo poderá oferecer aos investidores no leilão de energia marcado para o dia 18 deste mês. Na ocasião serão negociados contratos de venda de energia para fornecimento a partir de 2014, o chamado leilão A-5. O reservatório da usina alagará uma área de 31,7 quilômetros quadrados.

Neste leilão do dia 18, a intenção do governo era oferecer sete novas hidrelétricas de médio e pequeno portes. Mas o próprio presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, vem dizendo que só conta com a participação de duas usinas: Santo Antônio do Jari e Garibaldi, em Santa Catarina, com capacidade de geração de 150 MW. Por enquanto, essa segunda, porém, não tem presença garantida no leilão, uma vez que a licença prévia não foi liberada pelo órgão estadual do meio ambiente. Pelas regras do setor elétrico, só podem ser oferecidos em leilões projetos que tenham esse aval prévio dos órgãos ambientais.

(Agência Estado)

Selvageria e impunidade

Gerson Nogueira:

O que aconteceu no estádio Couto Pereira, domingo, só fez repetir antigas mazelas dos nossos campos. A começar pela negligência (e até resistência) dos clubes em relação ao controle das torcidas “organizadas”, tratadas com a mesma boa vontade dedicada aos torcedores comuns. É um grave equívoco. As gangues devem ser identificadas, enquadradas e impedidas de ter acesso aos espetáculos, pelo bem dos demais freqüentadores.


Quando eclodiu o tumulto, depois do jogo Coritiba x Fluminense, com o ataque direto ao trio de arbitragem ainda no gramado, ficou mais do que evidente que a invasão era premeditada. Parecia ensaiado: os marginais passavam com extrema facilidade através de pontos estratégicos do estádio.

Coisa de quem pensou e planejou o ato. Nesse aspecto, cabe observar que a polícia e os clubes parecem não entender que estão lidando com criminosos comuns, capazes de praticar baderna e até homicídios. O despreparo da polícia é inversamente proporcional à capacidade de organização das quadrilhas que freqüentam praças esportivas no Brasil.

O perigo é que, pela repetição sistemática, todos passem a ver com normalidade ações violentas e irracionais desse tipo. As cenas dantescas registradas em Curitiba não constituem fatos isolados. Constantemente, ocorrem situações parecidas em todos os Estados. Na Série C deste ano, jogadores do Águia foram atingidos por artefatos lançados pela torcida do Sampaio Corrêa, em São Luís. Ninguém foi identificado, o clube não foi punido e tudo ficou por isso mesmo.

Há três anos, depois de Re-Pa decisivo pelo Parazão, no Mangueirão, um associado do Paissandu saiu do túnel destinado ao time e invadiu o campo para tentar agredir jogadores remistas que davam a volta olímpica. Estimulados pelo gesto, várias outras pessoas invadiram o campo, sendo contidas a muito custo. Por pouco, uma festa não se transformou em pancadaria, mas tudo acabou esquecido e ninguém sequer foi preso.

Algum tempo antes, um jogador (Sandro Macapá) havia sido esfaqueado na avenida Almirante Barroso quando se dirigia à concentração do Remo, no Baenão. Tempos depois, um jovem torcedor do Paissandu morreu depois de atingido por um rojão na cabeça. São vítimas da mesma insanidade – e da impunidade – vista no Couto Pereira. Os bandidos de lá são iguais aos de cá, não há diferença.

A paz plena talvez seja uma utopia, mas a segurança aos torcedores é possível de obter. Sistemas de controle efetivos nos estádios e em seu entorno já solucionaram o problema em outros países. As providências devem vir acompanhadas de punição exemplar para todo e qualquer abuso.
No caso do Coritiba, por exemplo, o clube deveria ser penalizado até com o rebaixamento para a Série D. Posicionamento assim enérgico seria o primeiro passo para que outros clubes aprendessem, a pulso, a respeitar a integridade de seus torcedores.

Cobertura de luta de Erick Jennings no vale-tudo provoca críticas ao Blog do Estado'




Miguel Oliveira

Me vejo na obrigação de prestar alguns esclarecimentos sobre a cobertura que este Blog do Estado e o twitter deram à luta do médico Erick Jeninnigs contra David, o Predador, no 'vale-tudo' realizado sábado último, no Kanecão.

Alguns leitores tentam atribuir a este Blog a responsabilidade pelo mau exemplo que este tipo de competição possa causar perante crianças e adolescentes, esquecendo de avaliar que apenas fizemos a cobertura de uma luta que, pelos personagens envolvidos, se transformou em uma importante notícia.

Para estes exigentes leitores, adianto que não concordo com esse tipo de luta e que esse tipo de competição, por exemplo, não tem sua publicidade veiculada neste blog e nem no jornal O Estado do Tapajós. Essa é uma decisão comercial.

Mas, editorialmente, não vejo porque não noticiar uma luta. Até para mostrar sua violência. Uma pedagogia às avessas. Mas é o que está ao nosso alcance.

Reproduzo texto que postei no Blog do Paju sobre a vitória de Erick. O meu posicionamento é muito claro, como o leitor poderá conferir abaixo:


Vou discordar, não para provocar polêmica.
Disse ao Erick, ontem à noite, quando trocamos telefonema, que não concordo e nem concordarei que alguém, como perfil pacifista e humanista como o dele, vá subir a um ringue, feito besta-fera.
Mesmo que me digam que a violência física é menos pior do que a violência psicológica ou moral, vê o Erick no hexágono, embora tenha ido lá por pura curiosidade e a serviço do Blog do Estado, me deixou em profundo desconforto, tanto que minha esposa Rejane, amiga de Erick desde a infância, sentiu-se mal.
Não comemoro o resultado da luta. O Erick tem o meu apreço por outras qualidade que possui.
Não condeno quem luta no vale-tudo, cada um tem o livre arbítrio de praticar o 'esporte' que deseja.
Meio cafona, ainda cutivo alguns valores que aprendi em minha curta passagem pelo tatami de karatê, ainda na infância. "O uso da força física é permitido apenas para defesa pessoal".
Desejo toda a sorte do mundo ao Erick. Só ele pode revelar o que esteve presente em sua mente ao subir naquele ringue. Respeito sua decisão, mas faço-lhe um pedido: use suas mãos apenas para salvar vidas.

Um afetuoso abraço do
Miguel Oliveira

Por quê a UFOPA não faz seu próprio vestibular?

Com a anulação da primeira fase do Processo Seletivo Seriado(PSS) da Universidade Federal do Pará, que também servia de acesso aos cursos oferecidos pela Universidade Federal do Oeste do Pará(UFOPA), bem que o reitor Seixas Lourenço poderia determinar um vestibular exclusivo para os candidatos da UFOPA, que tem sede em Santarém.

A saga dos viajantes num livro generoso

Lúcio Flávio Pinto


Há lugares no mundo em que o visitante chega com expectativas ou idéias sobre o que vai encontrar, mesmo quando nunca antes esteve no local. Paris é um desses lugares, mas o detonador do seu fascínio é mais sua história como produto da ação humana. A Amazônia é outro, mas sua marca é mais a do mito, a natureza ainda superando o homem como protagonista. A imagem da Amazônia sempre antecedeu o seu conhecimento. Freqüentemente é a imagem que prevalece e a região acaba sendo substituída naquilo que é, de fato, pelo que seu visitante espera que ela seja, por suas projeções. Daí a variedade extremada na sua definição, desde o celeiro do mundo até o inferno verde.

Como ainda é pouco conhecida, a Amazônia motiva preocupações e teorias sobre o significado marginal ou oculto do interesse do seu visitante. Sem saber com precisão o que ela contém, o brasileiro, seu proprietário putativo, está convencido de que ela é alvo de uma permanente e insaciável cobiça internacional. Um dos agentes ou vetores desse imperialismo imorredouro seriam os cientistas, hoje, como os viajantes, ontem. Apregoando causas humanitárias e armados da ética do saber, eles seriam os pontas-de-lança de apetites geopolíticos e caçadores dos segredos da natureza, hoje associados à biodiversidade amazônica, sem igual no planeta.

Mas dificilmente se chegará ao fim da leitura de Grandes Expedições à Amazônia Brasileira (1500-1930), o livro de João Meirelles Filho, a ser lançado oficialmente em Belém neste mês, com tal concepção. Mais do que um livro, trata-se de um álbum (com 242 páginas) primorosamente editado, com rica iconografia. Passará a ser fonte de referência e de consulta indispensável sobre a saga dos “viajantes expedicionários” ou “viageiros” ao longo de quase quatro décadas e meia de peregrinações pela Amazônia continental, um território que equivale a 5% de toda superfície do planeta e a metade da extensão da América do Sul.

O livro, porém, é muito mais do que uma súmula analítica de 567 viagens, realizadas no curso de 42 expedições, a princípio individuais, depois coletivas, algumas amadoras, a maioria empreendida em bases científicas, de um total de mais de mil que João Meirelles inventariou. Ele reúne informações e apreciações suficientes para estimular uma interpretação mais profunda sobre a contribuição desses homens curiosos ou representantes da ciência.

Leia o artigo completo aqui.

Pantera brilha na festa dos melhores do ano no Rio de Janeiro


No palco, destaque para o escudo do São Raimundo
Ricardo Teixeira entrega a taça ao presidente e ao técnico do clube santareno
Lúcio Santarém ergue o símbolo da grande conquista
Ontem à noite, no Rio de Janeiro, o São Raimundo recebeu das mãos do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o trofeu de campeão da série D.

O time foi
representado pelo presidente do clube, Rosinaldo do Valle, pelo técnico Lúcio Santarém e pelo meia Trindade.

As fotos são do site O Mocorongo.

Competição titânica

No Blog da Franssi:

A Vale vai enfrentar maior competição no longo prazo agora que a BHP e a Rio Tinto confirmaram uma joint venture para economizar pelo menos US$ 10 bilhões por ano em custos operacionais e de capital e levar a projetos mais ambiciosos. A parceria entre as gigantes da mineração pode, por outro lado, ajudar a conseguir preços mais elevados para o minério de ferro. Ainda sob avaliações sobre concentração de mercado, a parceria teria capacidade de produção de 350 milhões de toneladas, superando a atual da Vale, de cerca de 300 milhões de toneladas.

Em relação aos clientes asiáticos – os maiores consumidores -, as australianas já ganham vantagem por causa do frete, e agora terão a seu favor também a sinergia para realizar projetos de expansão a custos mais baixos. A Vale já vem investindo pesado para aumentar rapidamente a produção.

Juízes eleitorais vivem dilema

A justiça eleitoral é especialíssima, diriam experientes advogados.

Especialíssima e supreendente, diriam velhos políticos.

Mas que tal os doutos magistrados aplicarem um preceito basilar do direito que prevê que toda e qualquer sentença só produz resultado quando o processo for transitado eM julgado?

No caso das recentes cassações de mandatos de prefeitos( Belém e Aveiro) o próprio juiz poderia ter recorrido ao TRE para confirmar sua sentença. e Não veriam seus despachos tendo seus efeitos supsensos por simples liminares concedidas em ações cautelares.

Simples, muito simples, não acham?