quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Conselho de Saúde quer marcação de consulta de retorno no próprio Hospital Regional

Cilicia Ferreira
Repórter

Uma das principais críticas do Conselho Municipal de Saúde ao modelo de funcionamento do Hospital Regional do Baixo Amazonas é o sistema de marcação dos retornos de consultas nas unidades básicas de saúde, obrigando o paciente, muitas vezes debilitado pela doença e pela luta para conseguir a cura, precisar voltar ao centro de saúde onde fez a marcação da consulta eletiva para também agendar o retorno.

Na última quarta-feira, os conselheiros se reuniram com o diretor do Hospital médico Hebert Mareschi, reivindicando que as consultas de retorno sejam reguladas pela própria Sespa e não mais pela secretaria municipal de Saúde de Santarém que, pela pactuação, é a responsável pela regulação das internações do Hospital Regional. Se atendido o pleito do conselho, esse retorno poderá ser marcado diretamente no HRBA, logo após a saída da primeira consulta ou cirurgia.

Foi o caso citado pelo neurocirurgião Eric Jennings. Ele relatou que um paciente que operou de hérnia de disco, saiu do regional com o dia marcado para retornar, mas foi informado que precisaria ir até oposto de saúde do seu bairro para marcar o retorno, assim como foi pactuado entre SESPA e SEMSA. O paciente estava no seu pós-operatório e foi informado que a consulta de retorno iria demorar muito, além da data que ele sabia. Mas se quisesse que ter a consulta marcada para logo, teria que pagar uma "ponta" para a atendente do posto. O paciente revoltado, pagou uma consulta particular com o Dr.Eric e contou o fato. O médico levou o caso até o Dr. Valter Sininbú, responsável pela central de regulação no município.

Hebert disse que a central de regulação concentra atualmente todo um acesso ao hospital regional e aos demais serviços, que está passando por ajustes e no decorrer do próximo dois meses (fevereiro e março) o acesso será facilitado muito mais rápido com agendamentos feitos pelo HRBA com a comunidade. O novo diretor do hospital regional, reconheceu que esses problemas precisam ser reparados e que os serviços ociosos são um exemplo do mau funcionamento do hospital. O diretor diz que o perfil do hospital é de alta e média complexidade .

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