terça-feira, 16 de março de 2010

Alter do Chão: Barracas cobram preço mais alto a turistas estrangeiros

Turistas estrangeiros estão sendo ludibriados por alguns barraqueiros da praia de Alter do Chão. Algumas barracas adotam dois preços nos cardápios. No cardápio escrito em português, um prato de peixe, por exemplo, é vendido por um determinado preço, diferente do anotado ao lado da tradução da mesma refeição, sempre mais alto.

Uma ventrecha de pirarucu, com acompanhamento de arroz branco, farofa e vinagrete é vendida por R$ 35,00, mas a simples tradução do prato, descrito como "freshwater cody fatty- ribs(Rice, manioc flour, vegetables e vinaigrette)”, eleva seu peço para R$ 40,00.

No último domingo, O Estado do Tapajós flagrou essa prática desonesta contra turistas estrangeiros por barraqueiros inescrupulosos. A tática funciona quando grupo de turistas passa a ocupar mesas e cadeiras das barracas localizadas na ilha do Amor. Quando os barraqueiros percebem que no grupo há brasileiros, mostram outro cardápio apenas com os preços em português.

Na contra-mão dos esforços governamentais para atrair turistas estrangeiros para a praia considerada a mais bela do Brasil pelo jornal inglês The Guardian, em abril do ano passado, alguns barraqueiros prejudicam o desenvolvimento do turismo naquela vila ao se utilizarem de práticas jamais vistas nos principais roteiros turísticos mundiais que adotam preços da moeda local nos cardápios com conversão pelo câmbio do dólar. Os turistas nesses países têm a opção de pagar com as duas moedas, mas sem que o preço seja acrescido.
Foto: Geise Leal

2 comentários:

D R N disse...

Apoio a denuncia. Prejudica toda uma imagem, e turismo vive de imagem. Imagem que já é prejudicada pela falta de qualquer infraestrutura, reflexo do descaso do poder publico com Alter do Chão, que se vangloria do titulo de melhor praia, sem ter em nada contribuído para isso. A praia é bonita, mas o que a cerca...hummm... Portanto, não sei o que o autor chama de “esforços governamentais para atrair turistas”, que aqui (em Alter do Chão) são inexistentes. Não existe nenhum programa ou planejamento decente nesse sentido. Até campanhas de limpeza da vila e da praia são esforços dos próprios comunitários, porque 5 garis improvisando ferramentas não dão conta. Banheiros públicos = ZERO; Barcos poluindo o espaço de banhistas e gerando riscos de acidente, e transformando a orla de Alter do Chão na imundice da orla de Santarém; Nenhuma sinalização de receptividade; Orla projetada com esgoto para a praia (quanta incoerência. E é local turístico); Praça sem nenhuma referencia à cultura local; A própria prefeitura acabou com algumas praias despejando terras nas travessas, causando assoreamento; Nenhum esforço pra tratar com seriedade e localmente dos assuntos TURISMO, CULTURA E MEIO AMBIENTE, que deveriam ser os tais “esforços governamentais” para cuidar da tal “melhor praia do brasil”. NÃO EXISTEM !!

Anônimo disse...

Amigos,

A leitura desta situação é de simples compreensão. Alter do Chão é um "limbo" no território brasileiro; na linguagem cristã, limbo é um estágio intermediário entre o céu e o inferno. Local transitório onde as almas ainda não apenadas, ou absolvidas, passam a esperar pela decisão final do Criador em mandá-las ao inferno ou ao paraíso.

Alter, em fim, na analogia supra, não é território brasileiro por falta de absoluta governabilidade. Não é Brasil (não temos a presença da União), Não é Estado do Pará (indiquem-nos uma ação sequer deste mísero estado por lá) nem sequer Município (este último aparece por lá à época das campanhas eleitoreiras para apoiar torneios de futebol regados a cachaça, banda de brega e muitas prisões por arruaças).

Um mínimo de governabilidade que existisse por lá, por certo, já que a Vila tem características de município mas é administrada como se paróquia tão somente fosse, não permitiria desmandos de tamanha monta. Enfim, aumentar preços discriminadamente é tão somente um crime ao consumidor - e que não pode ser desconsiderado. Vejamos os outros crimes: ruas intrafegáveis, falta de banheiros públicos, falta de lixeiras públicas, falta de infraestrutura básicas (esgoto, água potável servida em rede, etc...), Falta de Informações Turísticas. Enfim, se fôssemos efetivamente listar o que não tem, seria tudo. Listar o que tem, bem, tem o que mesmo além do que DEUS os deu e que está sendo destruído ???

Com a Palavra o PT, desculpem, mas seria a mesma coisa. Com a apalavra o LULA, a ANAJÚLIA e a MARIA.