segunda-feira, 8 de março de 2010

Empate garante Remo na final do turno

O Remo está classificado para decidir o turno em dois jogos contra o Paissandu. Na tarde deste domingo, no estádio Evandro Almeida, empatou com o São Raimundo por 2 a 2 e garantiu presença nas finais – tinha a vantagem do empate em função da melhor campanha. Os gols foram marcados por Vélber, de pênalti, no primeiro tempo. No segundo, Branco empatou para o S. Raimundo logo aos 7 minutos. Héliton desempatou novamente para o Remo, aos 21. E, aos 30, Branco voltou a igualar o placar. O resultado retratou o que foi o jogo: equilibrado, com bons momentos de lado a lado, mas tecnicamente abaixo do esperado.


Na primeira etapa, o jogo apresentava maior presença ofensiva do Remo, que, empurrado pela torcida, mantinha Marciano, Vélber e Héliton bem adiantados, pressionando o trio de zagueiros santarenos e dificultando a saída de bola com os alas. Cauteloso, o S. Raimundo posiciona-se para explorar o contra-ataque, tentando sair com Michel e Pitbull, mas exagerava na lentidão e não conseguia encaixar nenhuma jogada de profundidade para Max Jari e Branco, muito marcados lá na frente.

Apesar da forte marcação no setor de meio-campo, Gian cadenciava o jogo e buscava lançamentos rápidos, principalmente para explorar a velocidade de Héliton. Vélber, ao contrário de outras partidas, aparecia mais próximo a Marciano, pelo lado esquerdo do ataque. Antes do gol, a partida era muito igual, com poucos ataques agudos. Depois da cobrança de pênalti, o S. Raimundo reagiu e foi, resoluto, ao ataque. Aos 17 minutos, Michel tenta duas vezes e Adriano defende bem. Foi o melhor momento do Mundico no jogo no primeiro tempo.

Depois de fintar Ceará, Vélber acertou um chute cruzado, aos 36 minutos, que quase enganou o goleiro Labilá. Logo depois, cobrou escanteio que Raul desviou de cabeça, à esquerda da trave santarena. O técnico Flávio Barros, do S. Raimundo, foi expulso de campo aos 41 minutos, por reclamação. Quase ao final, Max Jari discute com o bandeirinha por um arremesso lateral e leva o cartão amarelo. Torcedor do Remo atira uma caneca para o gramado, que o árbitro Cleber Abade manda registrar na súmula. Imediatamente, a Polícia prende o torcedor.


Depois do intervalo, o S. Raimundo entrou com mais arrojo nos lances de ataque e, antes dos 2 minutos, obrigou Adriano a uma defesa milagrosa em forte disparo do lateral João Pedro. O Remo nem conseguiu se estabilizar no jogo e veio o empate: em lançamento de Michel para dentro da área remista, Branco recebeu livre, não foi marcado por Levy e bateu rasteiro no canto de Adriano. O gol intranquilizou a defensiva azulina, que cometeu seguidas falhas. Max Jari e Michel quase marcaram depois de recuperar bolas à entrada da grande área.

Sinomar Naves resolveu mexer no time e, de uma só vez, tirou Vélber e Gian e pôs em campo Otacílio e Samir. A mudança surtiu efeito. O time ficou mais ágil na transição para o ataque, Samir caía pela esquerda do ataque, Marciano fechava pelo meio e Héliton avançava pela direita. E foi num lance rápido, aos 21 minutos, em cobrança de arremesso lateral, que Otacílio tocou para Héliton na área. O atacante recebeu e chutou rasteiro sem defesa para Labilá, colocando o Remo de novo em vantagem.

Apesar da animação da torcida, o Remo continuava a apresentar deficiências no setor defensivo, principalmente pelo espaço entre os volantes e a linha de zagueiros. Nesse espaço, o S. Raimundo trabalhava suas principais jogadas, com Michel tendo toda liberdade para receber e lançar bolas para Max Jari e Branco. De tanto insistir, o Mundico acabou achando novamente o caminho das redes, em lance muito parecido com o do primeiro gol. Desta vez, Flamel, que substituiu Maurício Oliveira, descobriu Branco entrando pela esquerda. O atacante dominou a bola e, mesmo diante de Pedro Paulo, bateu cruzado: 2 a 2.

Nos minutos finais, admitindo a insegurança da defesa, Sinomar promoveu a entrada do estreante Márcio Nunes no lugar de Héliton. Assustado com as investidas do S. Raimundo, o Remo pouco se arriscou no ataque, optando por prender a bola nas laterais do campo para valorizar a vantagem do empate.

Renda do jogo: R$ 152.609,00. Público pagante: 11.179 (credenciados: 550). Público total: 11.729.

(Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

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