quinta-feira, 18 de março de 2010

Nova secretaria não consegue organizar orla de Santarém

Herto Miranda
Repórter

A Secretaria de Organização Portuária de Santarém tem se apresentado, ao longo do tempo de sua existência, como uma instituição governamental sem mostrar para o que foi instituída.
Criada em junho do ano passado, pela Lei nº 18237 de dezembro de 2008, a secretaria tem incumbências várias, resumindo-se todas as suas atribuições em sua própria nomenclatura: a organização do porto de Santarém.
Mas qualquer pessoa por mais leiga no assunto que seja, notará que é imperiosa uma desordem tremenda, constituindo-se num grande caos organizacional - um grande paradoxo ao nome que intitula a secretaria.
São embarcações aportadas em locais impróprios, carga e descarga sendo colocadas em qualquer lugar e, não bastasse isto, empresas se mostram agora como proprietárias das margens do rio que banha a cidade, com flutuantes de empresas de navegação fluvial e restaurante na mesma situação.
Um terminal foi iniciado com construção em alvenaria na parte final da frente da cidade, antes dos portos privados e, não tendo sido concluído - aliás, faz um bom tempo que não se vislumbra a conclusão da obra - todas as atividades das embarcações ficarão ainda nas dependências da Praça Tiradentes. Este terminal, segundo informações da secretaria está por conta da SEMINF, sendo sua construtora a Empresa Melo de Azevedo.
A reportagem de O Estado do Tapajós foi contatada para que observasse as inúmeras irregularidades no porto do município e, constatadas as denúncias, disponibilizou sua equipe de reportagem para 'visita' à secretaria em epígrafe.
O secretário Hilário Coimbra, procurado por nossa reportagem, relatou que a secretaria está ainda em fase de regulamentação e adequação, sendo que a mesma possui somente 07 funcionários, não tendo ainda fiscais, nem sequer equipamentos. Na oportunidade, Hilário relatou que é um objetivo da secretaria, no decorrer de suas atividades, a construção de setores de administração, uma espécie de trapiches, para cada categoria de embarcação.
O cais de arrimo apresenta barcos que 'ancoram' nos locais errôneos, flutuantes da Empresa Tapajós (uma hidroviária privada), um restaurante flutuante (Beira Rio), embarque e desembarque de cargas desordenado e mistura dos diversos tipos de transportes, no que tange seus destinos, dentre outras irregularidades, sem se saber o que está sendo feito pela secretaria, já que suas atribuições estão nulas.

Nenhum comentário: