quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sumiço de grana e salários em atraso na Curuzu


Gerson Nogueira:

Um rombo de R$ 1,1 milhão (correspondente principalmente a verbas de patrocínio) abala as finanças do Paissandu e gera desconfiança entre dirigentes e colaboradores. O dinheiro teria sido desviado dos cofres do clube por um ex-funcionário do setor de finanças. No mês passado, quando um ex-dirigente ameaçou denunciar a situação, um repentino acordo interno fez com que o caso fosse temporariamente abafado. Isso tudo sem que nenhuma auditoria fosse providenciada para descobrir o paradeiro do dinheiro.

A conquista do primeiro turno do Parazinho ajudou a empurrar com a barriga o espinhoso problema. Talvez em função dessa perda, funcionários ligados ao departamento amador do clube estejam há mais de 15 meses sem receber. O próprio técnico Charles Guerreiro, que ocupava a função de supervisor, ainda tem salários atrasados e teria a receber o valor de um empréstimo (R$ 150 mil) que fez ao clube. Outro problema derivado do sumiço do dinheiro: o clube quase perdeu o atacante Moisés, cujos encargos de INSS não haviam sido recolhidos, tornando-o automaticamente sem vínculo com o clube.

Um outro problema diz respeito às diferenças nos métodos de contratação de jogadores que distanciam o presidente Luiz Omar e o colaborador Roger Aguillera. Funcionários do clube admitem existir uma certa tensão entre os dois, pois o empresário é visto pela atual diretoria como possível (e forte) candidato à presidência em 2011. Para neutralizar a presença de Roger na mídia, Ricardo Rezende foi chamado a integrar a tropa de choque de LOP, apesar das divergências entre ambos.

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