sexta-feira, 18 de junho de 2010

As eleições e seus efeitos

Adenauer Góes
adenauergoes@gmail.com

Com a proximidade das eleições e a obrigatoriedade dos candidatos que exercem cargos públicos de se desincompatibilizarem para poderem concorrer ao pleito, ou ainda por efeito de mudanças de acordos políticos no caso de partidos que faziam parte da base de apoio e resolveram oficializar o rompimento, necessitando entregar os cargos que detinham por força da composição político partidária, acabam por acontecer mudanças, que podem ser de todos os níveis. Em nosso estado,tivemos mudanças na Paratur e em diversas secretarias municipais.È fácil prever os efeitos colaterais e os impactos que procedimentos desta natureza produzem quando faltam apenas seis meses para o fim de governo,mesmo que aqueles que deixaram a função,não estivessem fazendo uma boa gestão, não será seu substituto,mudado e guindado á função por ingerência meramente política que pegando o bonde andando,vai conseguir fazer alguma coisa que tenha planejamento e ações capazes de impactar positivamente na atividade que representa na relação do publico com o privado.
A própria legislação eleitoral impede gastos governamentais a partir do mês de junho, obrigando as autoridades a verdadeiros exercícios para que as políticas de promoção e gastos em infra-estruturar não fiquem comprometidos. No período pré eleitoral, a meta é conseguir fidelizar votos,não interessa que nos três anos e meio passados não se tenha conseguido materializar na pratica uma política desenvolvimentista efetiva e concreta, o que interessa é manter-se no poder.O executivo passa a viver uma irrealidade, e o legislativo, só se movimenta quando cutucado pelos interesses eleitorais.
No plano nacional, por exemplo, questões importantes como a regulamentação da Lei geral do Turismo e da própria atividade das agências de turismo no país aguardam em compasso de espera em alguma gaveta fechada. O mesmo pode-se dizer da licitação da 6ª edição do Salão Nacional do Turismo no próximo ano, a qual só será tratada pelo Ministério do Turismo após as eleições,além do tempo curto para se planejar um evento desta envergadura,imaginem o que acontecerá caso o Governo Federal perca a disputa eleitoral.
Os investimentos infaestruturais nos aeroportos que não aconteceram até agora, ficam a mercê de planejamentos lançados em forma de PACs para um universo até 2014, nada contra o planejamento, muito pelo contrario, mas é brincar demais com a capacidade de avaliação do povo brasileiro.
O empresariado paraense, do turismo tem se queixado com razão de falta de planejamento, de investimento infra-estruturar, de manutenção, de promoção e de iniciativas, até a sede da Copa do Mundo para 2016 nos perdemos. Tomara que 2011 possa ser diferente para melhor, só nos resta torcer e votar.

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