sexta-feira, 30 de julho de 2010

AnônimoRuth Rendeiro escreveu sobre a postagem Advogada chefia comunicação social da UFOPA
Parabéns pela abordagem lúcida e que retrata bem a situação que infelizmente ainda predomina em muitas instituições. Trabalhei em assessoria de imprensa por quase 30anos e presenciei situações similares a que você descreve na UFOPA. O importante é que todos entendam que não há nada pessoal contra esse ou aquele advogado, agrônomo, médico ou biólogo. A questão é bem mais profunda e envolve ética e áreas do conhecimento. Se todos os demais profissionais passaram quatro, cinco anos em uma faculdade habilitando-se para ser especialista em medicina, engenharia, agronomia ou leis, dedicamos esses mesmo tempo nos especializando em comunicação com todos os seus complexos processos e segmentos. Nada mais justo do que sermos de fato e de DIREITO os responsáveis por essas áreas. Como reagiriam os colegas de outras áreas se ocupássemos a assessoria jurídica ou o departamento médico da UFOPA ?
Ainda há tempo de remediar.

Herbert Marcus escreveu comentário sobre a postagem "Advogada chefia comunicação social da UFOPA":

Miguel,

Muito acertadamente você diagnostica como regressão a nomeação de uma advogada para o cargo de chefia da área de comunicação da UFOPA, ainda que amenize o fato ao usar o termo "involuntária".

Apesar dos tantos avanços e conquistas, principalmente nas duas últimas décadas, ainda persistem os "feudos" manifestos dessa regressão, como bem observou a Ruth em seus 30 anos de experiência.

Há cinco anos quando entrei no Incra,como assessor de comunicação concursado, encontrávamos muitos DAS ocupando coordenadorias de comunicação. Hoje, felizmente, a situação é outra, os DAS rareiam em nossos encontros nacionais.

Não é o caso de outros órgãos públicos, exemplo da Receita Federal, no qual os cargos de chefia de comunicação são ocupados por profissionais de outras áreas.

As consequências disso são sempre nefastas, tanto para o órgão quanto para a sociedade, em termos de prestação de serviços. Além de questões éticas, implica em prejuízos e desperdícios pagos com os impostos dos contribuintes. Caso de revistas mal elaboradas que foram queimadas, jornais que interessam somente as chefias e por aí afora.

Espero que o reitor José Lourenço não ceda às pressões do QI, que certamente estão sendo feitas, para que fulano ou beltrano ocupe tal cargo, sem levar em consideração o perfil técnico dos "indicados".

Em todo caso, chefia ou coordenação de comunicação tem de ser ocupada por profissional da área, seja de jornalismo, propaganda ou de relações públicas. Quanto mais competente, melhor ainda para o serviço público.

Abraços, Herbert Marcus

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