quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Z--20 defende proibição de malhadeira 30

Aritana Aguiar
Free lancer


Nos últimos anos tem diminuído a quantidade de peixes e também o tamanho das espécies vendidas nos mercados de Santarém. Para enfrentar o problema, Antônio Pinto, diretor de relações públicas da Colônia de Pescadores Z-20 sugere que não se fabrique por uns cinco a seis anos a malhadeira de malha 30. "Vejo como melhor solução. Iria melhorar em 90% a reprodução dos peixes e voltaríamos a ter tamanhos maiores, pois o não desenvolver dos peixes pequenos que morrem ou são capturados é muito prejudicial à Amazônia", esclareceu. Além disso, ainda reclama a falta de uma biometria e telemetria para mostrar aos pescadores e a sociedade a grande necessidade de preservação dos peixes.

O diretor de Relações Públicas da Z-20 reafirma a necessidade de uma pesquisa para ter estimativa de quantos pontos de venda de peixe da quantidade que entra e sai de Santarém, para melhor controle. De acordo com os pescadores quase todos os peixes estão em escassez, mas as espécies, mapará, curimatá, jaraqui, jatuarana, aracu e tucunaré, estão cada vez mais difícil.
Para Antônio Pinto, a malhadeira é um tipo de predador de peixes, pois com a questão do tamanho para cada espécie, acaba ao mesmo tempo e em grande quantidade trazendo então a escassez. "Se houvesse a pesca artesanal, teria uma variação de peixes, a cadeia não ia parar de aumentar", sugeriu.

Segundo o diretor da Z-20, desde o ano 2000 tem havido a diminuição na quantidade de peixes e o tamanho. "Pesco desde os 12 anos, sempre do modo artesanal, arpão, tarrafa, flecha, com as malhadeiras tem piorado bastante, pois recolhe todos os peixes da mesma espécie", explicou. Ele explica que existe um tipo de malhadeira para cada peixe, assim como pode matá-lo, enquanto a tarrafa pesca no geral, ou seja, todos os tipos e tamanhos e não mata o peixe dando liberdade ao pescador em solta-lo caso não seja o tipo que esteja procurando.

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