quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Lula, o bom ditador - O debate continua

Prezado Lúcio Flávio, o debate foi interessante, porém, analisando seu artigo (LULA, O BOM DITADOR), o mesmo faz crer que a nova classe média é produto exclusivo ou em grande medida, dos programas “paliativos” do governo federal, o que destoa das constatações recentes da FGV-RJ sobre o PNAD, onde a mesma atribui ao EMPREGO COM CARTEIRA ASSINADA a principal variável explicativa para o surgimento e poder de compra desta nova classe.

O outro fator que põe em xeque vossa avaliação, quando tentar limitar programas como bolsa família a um mero instrumento assistencialista, é o fato de 2 milhões de pessoas já terem deixando o programa por conta de terem conseguindo emprego com carteira assinada, fruto da qualificação que receberam oriundos de programas complementares relacionados a qualificação e inserção profissional, formação de micro-empreendimentos, concessão de microcrédito, estratégias de apoio à aquisição, construção ou reforma de unidade habitacional.

Acredito que foi interessante a tentativa de constitui um Lula populista e ditador pai de todos, e dessa forma, sem oposição e intocável, porém nos pontos acima expostos, infelizmente forçaste a barra meu amigo. E pela forma como as coisas se dão, não creio que este governo seja um protótipo fascista moderno, constituídos de medidas remediativas que não projeta pessoas, como afirmas, o que fundamentalmente desconstitui, a abordagem, em termos gerais, de seu artigo.

Porém acredito na seriedade e imparcialidade de seu trabalho, e faço votos que continue sendo o bom jornalista que és.

Forte abraço,

Belém, 15 de Setembro de 2010

Marcello Santos Chaves
Economista

----

Resposta de Lúcio Flávio Pinto:

Caro Marcelo

Você está certo e eu não estou errado. Em nenhum momento do meu artigo eu fiz a relação entre o Bolsa Família e essa "nova classe média", produto de dois movimentos: de pessoas de renda inferior que ascendem e da tradicional classe média que se empobrece. O primeiro movimento certamente supera o segundo, mas, como digo no artigo, já vimos isso antes. Não com a expressão quantitativa de hoje, que se explica pelo crescimento da população entre o "milagre econômico" do regime militar e o atual "boom", mas com características semelhantes, a maior das quais é o endividamento. Hoje mesmo a imprensa confirma o que observei no artigo: o sinal amarelo intenso da inadimplência, por conta de um crédito fácil, por ocasião da tomada, e difícil, no momento da quitação. Quanto à evolução de famílias que integravam o programa assistencial, por encontrarem emprego com carteira assinada, o que você considera expressivo eu acho de pouca significação. Compare o programa de remediação do Lula com o do Roosevelt e verá porque, a partir daí, o crescimento dos EUA, imperialismos à parte, se tornou contínuo, até o paroxismo da especulação financeira de 2008.

Não digo que o governo do Lula seja fascista. Digo que pode levar a um fascismo. Não por Dima se eleger (o artigo deixa bem claro que considero justo Lula fazer o sucessor), mas pela engrenagem corrupta e corruptora que se montou à generosa sombra dele, que nunca sabe de nada e é pai para bandidos nada deletérios. Sim, já os houve antes - e até piores. Mas o PT devia ter mudado esse aparelhamento e essa pirataria nos cofres públicos e na estrutura de poder, cada vez mais vertical e concentrada. Lula é um "bom ditador", conforme a subiedade intencional do título, porque atropela as leis, inclusive a maior, a Constituição, e tudo fica por isso mesmo, porque ele é simpático, é do povo, fala ao íntimo do povo, e a economia cresce (graças às exportações, que fizeram a delícia de Delfim Netto, especialmente de commodities não renováveis). É aquela flor arrancada do jardim e que, repetida, por falta de vigilância e controle, acaba por provocar a destruição do jardim. Como na república de Weimar, na Alemanha. Tenha como indicador dessa onda de intolerância a reação dos petistas a qualquer crítica que se faça ao cerne da questão que lhes interessa.

Obrigado por suas observações e pelo crédito.
Grande abraço,
cio

7 comentários:

Paula disse...

Não desmerecendo o mérito do jornalista Lúcio F.Pinto, no entanto, parece que a CORRUPÇÃO SURGIU NO GOVERNO LULA, QUE ANTES TUDO ERA UMA MARAVILHA E QUE NÃO EXISTIA TANTOS DITADORES E CORRUPTOS GOVERNANDO ESTE PAÍS.Pela primeira vez tivemos acesso as tantas corrupções arraigadas desde o processo de colonização de nosso país. Hoje somos sabedores dos corruptos que parasitam no e o Governo.Sabemos que o Programa Bolsa Família pode ser a solução para acabar com a fome, mas não para acabar com a pobreza política de nossa população. Entretanto são apenas 08 anos de governo petista contra 500 anos de exclusão política, social, educacional... A comparação se faz necessária para entendermos a responsabilidade do "LULA O BOM DITADOR" para tentar SOLUCIONAR TODOS OS PROBLEMAS HISTÓRICOS EM NOSSA SOCIEDADE. As críticas são sempre bem vindas, mas não esqueçamos de nossa história de exclusão intensificada no governo FHC. Para confrontar o programa "assistencialista" digo mais o Lula e o PT investiram como nunca nas instituições de ensino supeior. Será que isto também é assistencialismo? Como universitária posso dizer: AGORA DÁ ORGULHO DE ESTUDAR NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS, ANTES ESQUECIDAS, DETERIORADAS!

SAUDAÇÕES ESTUDANTIS!

Anônimo disse...

Prezado Lúcio,

Estou no trabalho, e nesse momento impossibilitado de qualificar ainda mais nosso debate. Assim que possível irei replicar alguns pontos levantados por você.

Forte abraço meu amigo.

Marcello Santos Chaves
Economista

Anônimo disse...

Prezado Lúcio Flávio,

Achei estivesse certo? Mais tudo bem! Vamos lá.

Quer dizer que o crescimento demográfico entre o “apogeu” econômico militar e o atual “bom” é a explicação para ascensão econômica de 29 milhões de pessoas? Bem meu caro Lúcio, acredito que neste ponto forçaste a barra mais ainda, pois acredito que crescimento demográfico seja uma variável que reflita um suposto mercado consumidor potencial, mais se não houver politicas publicas de geração de emprego e renda, cresça o quanto cresce esta população, que não iremos visualizar uma ascensão entre classes com a envergadura desta que esta posta, se não, nenhuma.

Você traz a baila outra variável que supostamente explique esta mobilidade econômica entre classes, o endividamento.

Bem, como já afirmei anteriormente, segundo o Centro de Políticas Sociais (CPS) da FGV, cerca de 29 milhões de pessoas entraram para a classe C entre 2003 e 2009, tal fato é explicado pelas melhores condições de geração de trabalho. Portanto afirmar que o endividamento, assim como o crescimento demográfico, são as variáveis explicativas para esse fenômeno de transformação social, é no mínimo equivocado.
E para corroborar que a escalada do crescimento econômico da renda das famílias não está lastreada, exclusivamente ou em grade medida, pelo endividamento, vejamos qual a constatação de Marcelo Neri, do Centro de Politicas Sociais da FGV analisando o PNAD do IBGE:

"O crédito é importante mas não é o protagonista desse crescimento, é o coadjuvante. O Brasil teve duas grandes estabilizações, a primeira do Real em 1994 e a segunda do "real do Lula", que foi o choque de confiança na economia, mostrou que não ia quebrar contratos firmados, e tirou o 'bode da sala'. O trabalho e a educação do brasileiro ainda estão muito ruins, mas melhoraram"

(...)

"não é só crédito e programas sociais (a razão do crescimento da renda) - o Brasil foi para a escola nos anos 90, conseguiu trabalho com carteira assinada, está contribuindo para a Previdência, está investindo em computadores",

Fonte: G1.com

Como se pode inferir, a expansão econômica está baseada em melhores condições de trabalho e renda do brasileiro do que na expansão do crédito.

Outro detalhe interessante em sua análise é o suposto sinal amarelo da inadimplência. Partindo de sua avaliação de que o endividamento é variável que melhor explica a mobilidade econômica das famílias, vejamos o que se pode depreender dos distúrbios econômicos atinentes à inadimplência.

Existe um temor mascarado nesta retórica de sinal amarelo, de que o sistema financeiro brasileiro poderia entrar em colapso em função de um surto de inadimplência oriunda do sistema bancário, face a expressiva expansão de crédito no país, pois foi dessa forma que a crise financeira de 2008 eclodiu nos EUA, especificamente no ramo de credito imobiliário.

(Continua...)

Anônimo disse...

Prezado Lúcio Flávio,

Achei estivesse certo? Mais tudo bem! Vamos lá.

Quer dizer que o crescimento demográfico entre o “apogeu” econômico militar e o atual “bom” é a explicação para ascensão econômica de 29 milhões de pessoas? Bem meu caro Lúcio, acredito que neste ponto forçaste a barra mais ainda, pois acredito que crescimento demográfico seja uma variável que reflita um suposto mercado consumidor potencial, mais se não houver politicas publicas de geração de emprego e renda, cresça o quanto cresce esta população, que não iremos visualizar uma ascensão entre classes com a envergadura desta que esta posta, se não, nenhuma.

Você traz a baila outra variável que supostamente explique esta mobilidade econômica entre classes, o endividamento.

Bem, como já afirmei anteriormente, segundo o Centro de Políticas Sociais (CPS) da FGV, cerca de 29 milhões de pessoas entraram para a classe C entre 2003 e 2009, tal fato é explicado pelas melhores condições de geração de trabalho. Portanto afirmar que o endividamento, assim como o crescimento demográfico, são as variáveis explicativas para esse fenômeno de transformação social, é no mínimo equivocado.
E para corroborar que a escalada do crescimento econômico da renda das famílias não está lastreada, exclusivamente ou em grade medida, pelo endividamento, vejamos qual a constatação de Marcelo Neri, do Centro de Politicas Sociais da FGV analisando o PNAD do IBGE:

"O crédito é importante mas não é o protagonista desse crescimento, é o coadjuvante. O Brasil teve duas grandes estabilizações, a primeira do Real em 1994 e a segunda do "real do Lula", que foi o choque de confiança na economia, mostrou que não ia quebrar contratos firmados, e tirou o 'bode da sala'. O trabalho e a educação do brasileiro ainda estão muito ruins, mas melhoraram"

(...)

"não é só crédito e programas sociais (a razão do crescimento da renda) - o Brasil foi para a escola nos anos 90, conseguiu trabalho com carteira assinada, está contribuindo para a Previdência, está investindo em computadores",

Fonte: G1.com

Como se pode inferir, a expansão econômica está baseada em melhores condições de trabalho e renda do brasileiro do que na expansão do crédito.

Outro detalhe interessante em sua análise é o suposto sinal amarelo da inadimplência. Partindo de sua avaliação de que o endividamento é variável que melhor explica a mobilidade econômica das famílias, vejamos o que se pode depreender dos distúrbios econômicos atinentes à inadimplência.

Existe um temor mascarado nesta retórica de sinal amarelo, de que o sistema financeiro brasileiro poderia entrar em colapso em função de um surto de inadimplência oriunda do sistema bancário, face a expressiva expansão de crédito no país, pois foi dessa forma que a crise financeira de 2008 eclodiu nos EUA, especificamente no ramo de credito imobiliário.

(Continua...)

Anônimo disse...

Prezado Lúcio Flávio,

Achei estivesse certo? Mais tudo bem! Vamos lá.

Quer dizer que o crescimento demográfico entre o “apogeu” econômico militar e o atual “bom” é a explicação para ascensão econômica de 29 milhões de pessoas? Bem meu caro Lúcio, acredito que neste ponto forçaste a barra mais ainda, pois acredito que crescimento demográfico seja uma variável que reflita um suposto mercado consumidor potencial, mais se não houver politicas publicas de geração de emprego e renda, cresça o quanto cresce esta população, que não iremos visualizar uma ascensão entre classes com a envergadura desta que esta posta, se não, nenhuma.

Você traz a baila outra variável que supostamente explique esta mobilidade econômica entre classes, o endividamento.

Bem, como já afirmei anteriormente, segundo o Centro de Políticas Sociais (CPS) da FGV, cerca de 29 milhões de pessoas entraram para a classe C entre 2003 e 2009, tal fato é explicado pelas melhores condições de geração de trabalho. Portanto afirmar que o endividamento, assim como o crescimento demográfico, são as variáveis explicativas para esse fenômeno de transformação social, é no mínimo equivocado.
E para corroborar que a escalada do crescimento econômico da renda das famílias não está lastreada, exclusivamente ou em grade medida, pelo endividamento, vejamos qual a constatação de Marcelo Neri, do Centro de Politicas Sociais da FGV analisando o PNAD do IBGE:

"O crédito é importante mas não é o protagonista desse crescimento, é o coadjuvante. O Brasil teve duas grandes estabilizações, a primeira do Real em 1994 e a segunda do "real do Lula", que foi o choque de confiança na economia, mostrou que não ia quebrar contratos firmados, e tirou o 'bode da sala'. O trabalho e a educação do brasileiro ainda estão muito ruins, mas melhoraram"

(...)

"não é só crédito e programas sociais (a razão do crescimento da renda) - o Brasil foi para a escola nos anos 90, conseguiu trabalho com carteira assinada, está contribuindo para a Previdência, está investindo em computadores",

Fonte: G1.com

Como se pode inferir, a expansão econômica está baseada em melhores condições de trabalho e renda do brasileiro do que na expansão do crédito.

Outro detalhe interessante em sua análise é o suposto sinal amarelo da inadimplência. Partindo de sua avaliação de que o endividamento é variável que melhor explica a mobilidade econômica das famílias, vejamos o que se pode depreender dos distúrbios econômicos atinentes à inadimplência.

Existe um temor mascarado nesta retórica de sinal amarelo, de que o sistema financeiro brasileiro poderia entrar em colapso em função de um surto de inadimplência oriunda do sistema bancário, face a expressiva expansão de crédito no país, pois foi dessa forma que a crise financeira de 2008 eclodiu nos EUA, especificamente no ramo de credito imobiliário.

(Continua...)

Anônimo disse...

Prezado Lúcio Flávio,

Achei estivesse certo? Mais tudo bem! Vamos lá.

Quer dizer que o crescimento demográfico entre o “apogeu” econômico militar e o atual “bom” é a explicação para ascensão econômica de 29 milhões de pessoas? Bem meu caro Lúcio, acredito que neste ponto forçaste a barra mais ainda, pois acredito que crescimento demográfico seja uma variável que reflita um suposto mercado consumidor potencial, mais se não houver politicas publicas de geração de emprego e renda, cresça o quanto cresce esta população, que não iremos visualizar uma ascensão entre classes com a envergadura desta que esta posta, se não, nenhuma.

Você traz a baila outra variável que supostamente explique esta mobilidade econômica entre classes, o endividamento.

Bem, como já afirmei anteriormente, segundo o Centro de Políticas Sociais (CPS) da FGV, cerca de 29 milhões de pessoas entraram para a classe C entre 2003 e 2009, tal fato é explicado pelas melhores condições de geração de trabalho. Portanto afirmar que o endividamento, assim como o crescimento demográfico, são as variáveis explicativas para esse fenômeno de transformação social, é no mínimo equivocado.

E para corroborar que a escalada do crescimento econômico da renda das famílias não está lastreada, exclusivamente ou em grade medida, pelo endividamento, vejamos qual a constatação de Marcelo Neri, do Centro de Politicas Sociais da FGV analisando o PNAD do IBGE:

"O crédito é importante mas não é o protagonista desse crescimento, é o coadjuvante. O Brasil teve duas grandes estabilizações, a primeira do Real em 1994 e a segunda do "real do Lula", que foi o choque de confiança na economia, mostrou que não ia quebrar contratos firmados, e tirou o 'bode da sala'. O trabalho e a educação do brasileiro ainda estão muito ruins, mas melhoraram"
(...)
"não é só crédito e programas sociais (a razão do crescimento da renda) - o Brasil foi para a escola nos anos 90, conseguiu trabalho com carteira assinada, está contribuindo para a Previdência, está investindo em computadores",

Fonte: G1.com

Como se pode inferir, a expansão econômica está baseada em melhores condições de trabalho e renda do brasileiro do que na expansão do crédito.

Outro detalhe interessante em sua análise é o suposto sinal amarelo da inadimplência. Partindo de sua avaliação de que o endividamento é variável que melhor explica a mobilidade econômica das famílias, vejamos o que se pode depreender dos distúrbios econômicos atinentes à inadimplência.

Existe um temor mascarado nesta retórica de sinal amarelo, de que o sistema financeiro brasileiro poderia entrar em colapso em função de um surto de inadimplência oriunda do sistema bancário, face a expressiva expansão de crédito no país, pois foi dessa forma que a crise financeira de 2008 eclodiu nos EUA, especificamente no ramo de credito imobiliário.

Anônimo disse...

Ocorre que o Sistema Monetário Brasileiro não é lastreado por transações de ativos de credito derivativos, e sim na relação pessoal entre credor e clientes (pessoa física/jurídica), o que facilita a Auditoria e controle do Banco Central sobre os bancos em relação aos créditos estabelecidos. Esta ultima é uma forma rudimentar de expandir ativos financeiros de crédito, porém desde a década de 80 os ativos derivativos são mais utilizados pelos países de 1º mundo, pois facilitam as transações, com elevada liquidez. É em função disto que o Sistema Financeiro e Monetário Brasileiro não foi contaminado pela crise mundial de 2008, e explica também o fato dos países desenvolvidos terem obtido em 2009 elevadas quedas em suas economias (EUA: - 2,4% e Japão: - 5%), em quanto que o Brasil sofreu uma retração em 2009 de apenas - 0,2%. Por tanto, a inadimplência, nem de longe, poderá constituir em nossa economia um cenário de caos econômico como ocorrido nos países desenvolvidos em 2008, por incrível que pareça, porém isso não quer dizer que não seja um indicador a ser devidamente monitorado, principalmente pelos bancos públicos, que são os principais credores do mercado.

Quanto vossa preocupação quanto à tomada de crédito, com dificuldades posteriores de quitação, afirmo que se você tem uma economia que demostra claramente sinais de sustentabilidade, pois esta lastreada efetivamente pelo aumento do trabalho e da renda, e não no consumo, é pouco provável que passaremos de um sinal amarelo, pois possuem plena capacidade de recuperação no médio prazo.

Em relação a vossa avaliação quanto aos 2 milhões de pessoas que deixaram os programas sociais em função de empregos, devo dizer que em nenhum momento eu afirmei que tal número é expressivo, porém dado que o mesmo reflete uma politica não-assistencialista de fato, pois dar mostras disso, creio que seja equivocado de vossa parte transcrever em seu artigo a seguinte expressão:

“Não projeta essas pessoas, não lhes dá condições para o futuro, não as tornam espinhas dorsais do progresso brasileiro.”

Pois da forma como esta posta, todos as 50 famílias atendidas pelo programa bolsa família vivem de uma tutela populista, digna de um governo fascista, o que não posso tomar como verdadeiro.

Quanto às questões atinentes a corrupção, clientelismo e patrimonialismo no governo Lula, devo lembra-lo que tais práticas não são exclusividade do mesmo, pois da forma como discorre, o mesmo deixa o entender de que a politica no Brasil começou em 2003, deixando 503 anos de pleno exercício de tais praticas para traz, porém acredito que o controle social da maquina publica seja um instrumento efetivo de combate a essas mazelas da politica tradicional e conservadora em debate. No entanto compreendo frustações como os escândalos de corrupção ocorridos em 2005 por parlamentares e dirigentes do Partido dos Trabalhadores.

Forte Abraço meu amigo.

Belém-PA, 16 de Setembro de 2010.


Marcello Santos Chaves
Economista