quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O que eu pretendo fazer pelo Pará como governadora



ANA JÚLIA CAREPA (PT)
Candidata da Frente Popular Acelera Pará ao governo do Estado

Eu assumi o governo do Pará, em 2007, depois de três gestões seguidas do PSDB, cujo modelo foi o do estado mínimo, da privatização, da exportação das nossas riquezas em seu estado bruto, com baixo incentivo à geração de emprego e renda, com nenhuma preocupação com a distribuição de renda, com o desmonte das escolas públicas, da segurança pública, dos prédios bonitos por fora e dos hospitais com baixo custeio para atendimento público. Havia um total abandono do interior e os prefeitos tinham que beijar mãos para conseguir alguma melhoria. Tanto abandono fortaleceu até os movimentos pela divisão de nosso estado.
Eu me apresento à reeleição com a convicção de ter transformado esse modelo de Estado mínimo e de ter cumprido minhas promessas eleitorais de 2006. Como o presidente Lula também precisou de um segundo mandato para colocar nosso país nos trilhos, eu também peço essa oportunidade. Nós conseguimos trabalhar em parceria com o governo Lula, trazendo investimentos estruturantes há décadas esperados pela população e essenciais para fomentar o novo modelo de desenvolvimento econômico com inclusão social. Colocamos realmente o Pará nos trilhos, situação que pode ser comprovada por dados econômicos. E será junto com a futura presidente da República, Dilma Rousseff (PT), que nós vamos continuar trabalhando juntos para acelerar o Brasil e o nosso Estado.
Já garantimos R$ 109 bilhões ao PAC Pará para continuarmos no rumo do crescimento sustentável nos próximos quatro anos. Criamos as condições para iniciar a industrialização das nossas matérias-primas: o minério de ferro de Carajás, a bauxita de Juruti, o cacau da Transamazônica, a madeira e o óleo de palma da região do Capim. Trouxemos a siderúrgica da Vale para Marabá, criando um pólo minero-metalúrgico de equivalência econômica à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), instalada nos anos 30 e que foi privatizada no período Collor, o inspirador das políticas neoliberais herdadas pelo PSDB e que resultaram na privatização de companhias estratégicas, como a Celpa, no Pará. Hoje, por essa herança, a população amarga contas altíssimas de energia, enquanto nosso governo, com Lula, leva o Luz Para Todos a cerca de 1 milhão de paraenses.
Já garantimos 10% da produção de Belo Monte ao nosso Estado e mais de R$ 3 bilhões para ações de compensação ambiental e desenvolvimento sustentável do Xingu. Conseguimos, com o Lula, a pavimentação da Transamazônica e da Santarém-Cuiabá, com a inauguração já do primeiro trecho, além das eclusas de Tucuruí e a hidrovia do Tocantins-Araguaia, vitais para o escoamento da produção do Sul e Sudeste do Pará até Vila do Conde e, de lá, para o mundo. Os incentivos fiscais, a regularização fundiária, o Zoneamento Econômico Ecológico em 122 municípios e o Cadastro Ambiental Rural também foram importantes para atrair investidores. Em 2009, 11 mil novas empresas abriram as portas no Pará.
No primeiro semestre deste ano, geramos 17 mil novos postos de trabalho, 10 mil a mais que o mesmo período de 2006, no governo anterior. Em 12 meses, geramos 40 mil empregos, um recorde em nosso estado. Criamos o Bolsa Trabalho e, junto com o Projovem do governo Lula, envolvemos 70 mil jovens em programas de qualificação e ensino formal. Cerca de 20 mil deles já estão trabalhando com carteira assinada e mais de 1 mil iniciaram o próprio negócio.

FUTURO
No próximo mandato, o Pará vai continuar crescendo no ritmo do Brasil com o PAC do Pará. É fato que a educação terá R$ 657 milhões. Vamos reformar e ampliar mais de 1 mil escolas, construir 60 novas escolas, expandir a Universidade do Estado (UEPA) e as escolas tecnológicas. Todas as escolas terão bibliotecas, e vamos prosseguir na interligação destas com os centros universitários pelo Navegapará, já considerado o maior programa de inclusão digital do Brasil. Vamos erradicar o analfabetismo até 2014.
Na segurança pública, vamos construir e reformar 56 delegacias e quase 250 unidades de atendimento de polícia em todo o Estado, incluindo mais 111 postos de polícia comunitária, que tem tido resultados positivos nas localidades onde já funciona. Também vamos criar a Agência de Inteligência Policial, o novo Centro Integrado de Operações (Ciop) e a Coordenação Estadual de Polícia Comunitária. E vamos continuar ampliando o efetivo de policiais.
Na saúde serão R$ 296 milhões aplicados em obras, especificamente. Vamos concluir a nova Santa Casa e concluir dois pronto-socorros, expandir a rede de atendimento no interior e na capital com mais quatro Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs) neonatais, quatro hospitais de pequeno porte e a reforma e ampliação de 10 hospitais municipais e dos hospitais das Clínicas e Ophir Loyola. Vamos descentralizar os atendimentos de cardiologia e oncologia para Marabá e Tucuruí, como já fizemos com a radioterapia em Santarém, e estender a hemodiálise a mais municípios. A Saúde da Família e a imunização serão reforçadas em todo o Estado. Criaremos o Banco de Transplante de Órgãos e Tecidos e o Serviço de Transplante de Medula Óssea e faremos o PCCR dos servidores da saúde. Também teremos um total de 40 UPAs (Unidades de Pronto Antendimento). Temos uma pronta e 18 iniciadas em 2010.
Investiremos R$ 5,8 bilhões em estrutura para o desenvolvimento. Teremos terminais hidroviários em Icoaraci e Ananindeua e rampas de integração rodofluvial na nova hidrovia em Breu Branco, Cametá, Itupiranga, Novo Repartimento e Tucuruí, entre outros. As rodovias terão R$ 2,6 bilhões, com destaque para a melhoria da Alça Viária e das rodovias que interligam Vila do Conde à fronteira do Mato Grosso, de trechos das PAs 256, 252, 151, 370, 263 e 279 e Perna Leste. Também faremos a segunda fase do terminal fluvial de passageiros do porto de Belém, ampliação do pátio de contêineres.
Vamos investir R$ 10 bilhões em habitação, com a construção de 80 mil casas populares e R$ 6,7 bilhões para o financiamento habitacional. Teremos R$ 3,2 bilhões para o programa Água e Luz para Todos, com meta de levar energia a 70 mil famílias rurais e abastecimento de água na área urbana de Ananindeua e outros municípios. Teremos R$ 153 milhões para implantar os Parques de Ciência e Tecnologia do Tocantins, em Santarém, e Tapajós, em Marabá, além de R$ 151 milhões para fazer mais 600 infocentros (hoje já são mais de 150) e cidades digitais.
A regularização fundiária será estendida a mais 20 municípios. Vamos intensificar a reforma agrária com as terras arrecadadas nesse processo e estimular o agronegócio com a expansão da assistência técnica e da logística. Outra meta é a regulamentar o zoneamento da Calha Norte e Zona Leste, estimular e apoiar os zoneamentos municipais e consolidar o ordenamento territorial, regularização fundiária e gestão ambiental do Estado. Finalmente o Marajó terá zoneamento e a regularização fundiária. Também criaremos o Instituto de Geologia e Mineração do Estado.
Informo aqui as principais propostas de governo para 2011-2014. O enfrentamento da pobreza, a defesa dos direitos da juventude, da cidadania LGBT e de mulheres e homens, a igualdade racial, o direito dos povos indígenas e a cultura também estão nesse programa. Arrumamos a casa e agora peço, com humildade, mais essa oportunidade para acelerar o crescimento do Pará.

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Do Espaço Aberto

Um comentário:

Anônimo disse...

A governadora brincou de governar durante tres anos, agora quer de novo !, o pvo nào é bobo, O PARÀ precisa de governantes que realmente tenha compromisso com a populaçao, um governante de pulso forte!