quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ximenes vai para a Ufopa

Do Blog do Nilson Pinto:

Parabéns ao reitor da Ufopa, Seixas Lourenço, que fez um gol de placa ao levar para a Universidade do Oeste do Pará o ex-reitor da UFPa, prof. Dr. Marcos Ximenes Pontes.

Lourenço convidou e Ximenes aceitou dirigir o Instituto de Engenharia e Geociências da Ufopa. Ximenes tem mestrado em Ciências Térmicas pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e doutorado em Engenharia Aeronâutica e Mecânica também pelo ITA, além de um pós-doutorado na University of Missouri – Columbia, Estados Unidos.

Haverá surpresa nas eleições de outubro ?

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal

Em 2006 a candidata do PT ao governo do Estado, Ana Júlia Carepa, só venceu a disputa porque o PMDB apresentou uma chapa própria para o 1º turno e seu candidato, o então deputado federal José Priante, teve uma votação superior a todas as expectativas. No 2º turno, armou-se a coligação dos dois partidos para enfrentar o adversário comum, o ex-governador Almir Gabriel, que, contra a tendência em favor da mudança, tentava voltar ao cargo pela terceira vez.

Em 2010 a situação é inversa. Se o PMDB apresentar candidato próprio no 1º turno só não ameaçará a reeleição de Ana Júlia Carepa se usar um fantoche, um nome sem qualquer densidade eleitoral, só para constar. Mas se fizer isso, poderá provocar a reação dos seus próprios eleitores. Para eles, o principal inimigo deixou de ser o PSDB. Agora, é o PT.

É insólita esta constatação porque PMDB e PT ainda são partidos aliados no Pará. O PMDB ocupa alguns cargos de primeira linha da administração estadual, mas perdeu os principais, que lhe couberam na partilha logo depois da vitória de 2006. E perdeu depois de um longo processo de desgaste, amargando uma imagem que se mantém grudada ao partido há muitos anos e que seus aliados trataram de reforçar: de fisiológico, nepotista e corrupto. A escória, como disse um dos principais “quadros” do grupo da governadora, seu assessor especial Cláudio Puty.

Político profissional com mais de 40 anos de carreira, iniciada pela base, como vereador, Jader Barbalho absorveu os golpes petistas, mas não ficou parado. Tratou de avivar os elos com o presidente Lula e a direção nacional do PT, arranjar cargos e verbas federais e com tudo isso montar a melhor estrutura eleitoral no interior, controlando mais prefeituras do que o PT, fato inédito nos últimos governos do Estado.

Em intensa atividade municipal, sempre levando alguma coisa para oferecer, Jader conseguiu o que parecia impossível, diante do péssimo estigma que seu nome suscita: aumentar sua popularidade e reduzir sua rejeição. Com isso, ampliou o campo de influência do PMDB e recriou sua identidade. Seu peso eleitoral é maior agora do que há quatro anos. É, mais uma vez, quem vai decidir a disputa.

Os petistas no poder, os do grupo (minoritário até internamente) da Democracia Socialista, demoraram a perceber esse fato – e vários preferem ignorá-lo até hoje. O ataque frontal de Puty a Jader no domingo, 18, que parecia o golpe de graça na aliança, foi seguido no dia seguinte pela visita da governadora à residência do líder do PMDB, o chefe da escória (em contraste com a pureza imaculada dos petistas). Muito mais experiente do que seu lua-preta, Ana Júlia deve ter percebido o terreno desaparecer sob seus pés. A arenga de Puty era apenas a gota d’água: os sinais do desastre iminente estavam na recusa de Jader de atender os telefonemas da governadora.

Ana Júlia teve que fazer a visita de surpresa, na manhã bem cedo, e levando consigo o deputado federal Paulo Rocha, interlocutor e aliado informal de Jader. Se se anunciasse e fosse sozinha, corria o risco de bater com o rosto na porta em madeira de lei do ex-governador, no condomínio luxuoso em que ambos residem, na área metropolitana de Belém. A conversa foi demorada, a governadora ofereceu troféus ao seu aliado, prometeu que agora tudo vai ser diferente e Jader foi atencioso com ela. Mas falou pouco. Os compromissos ficaram para depois. Ou para nunca mais.

Contar com a máquina do governo para a eleição é importante e pode ser decisivo. A maioria dos candidatos aceitará um novo acordo, mesmo que céticos quanto ao seu cumprimento. Mas pela primeira vez haverá resistências dentro do partido e na sua militância. Muitos já acreditam que desta vez o PMDB, além de não apresentar um “laranja” para a eleição, terá Jader Barbalho como cabeça de chapa. O próprio Jader induziu essa gente a acreditar na sua quarta candidatura ao governo (com duas vitórias e uma derrota, na mais recente tentativa). Ele mesmo não deve ter encarado com muita seriedade a hipótese, mas ela cresceu mais do que ele pretendia ter sob seu controle.

É uma parada demasiado arriscada. Seu índice de rejeição ainda é alto. A reeleição como deputado federal ou a volta ao Senado são dadas como certas. Mas ele sabe que só se manteve na Câmara porque se limitou aos bastidores – e mesmo assim não se livrou de constantes críticas na mídia. Para a imprensa, sua volta ao Senado detonará o sinal de alarme: ele será alvo de atenções constantes e a proximidade dos tribunais dará eco maior a esse barulho.

Se ficar no Pará, o interesse será menor e esporádico. Apesar de tudo, o Pará fica longe de Brasília e só interessa aos centros econômicos quando lhes dá lucro, o que é a regra de procedimento. Mas não só por isso. Se ainda quiser ser uma liderança forte no Estado, Jader terá que se apresentar mais e exercer o poder local. Seu herdeiro, o filho, Helder, prefeito de Ananindeua, o segundo município mais populoso, não dá indícios de que estará pronto para concorrer ao governo em 2014. Mas, quem sabe, em 2018? Se vencer neste ano, Jader poderá conquistar um segundo mandato e preparar a sucessão em família. Já setentão, estará com o perfil de senador e em condições de suportar uma nova campanha de mídia, se ela ainda estiver interessada nele.

Mas a disputa para o governo em outubro é incerta e não sabida. Poderá ser-lhe fatal, deixando-o sem um cargo eletivo, um vácuo que ele já experimentou duas vezes e provavelmente não quererá repetir. O risco é quase o mesmo para todos os demais candidatos, incluindo a governadora, líder em rejeição. Ela conta com a máquina e graças a ela poderá contrabalançar sua imagem ruim. Mas há um momento a partir do qual nem mesmo uso ou o abuso do poder público salvam um candidato. Não se pode dizer ainda se Ana Júlia atravessou esse Rubicão, mas sua súbita visita a Jader, nas circunstâncias em que a realizou, são sintomas da sua preocupação – ou talvez já do desespero.

Se forem procedentes as informações vazadas de pesquisas não oficializadas, Jader é candidato para passar ao 2º turno, seja lá quem for que o acompanhe nessa travessia difícil. Se for Ana Júlia, contará com a adesão maciça dos tucanos, que não querem mais saber de petistas e sabem que, ao contrário deles, Jader cumpre os acordos que faz (sobretudo aqueles que não podem ser assinados e reconhecidos em cartório, dependendo apenas da palavra empenhada). Se for Jatene, os petistas não desconhecem que essa vitória representará a volta da hegemonia tucana, com possibilidade de se manter por outros 12 anos (de máquina pública os social-democratas à brasileira entendem).

Este é o eixo principal da perspectiva eleitoral. Há inúmeras variações possíveis, mas laterais a essa espinha dorsal, o suficientemente significativas, porém, para que se preveja a mais disputada das eleições em tempos recentes no Pará. Tão difícil que mesmo sendo o principal eleitoral ou o mais importante candidato, Jader Barbalho tem também diante de si o maior dos riscos: tanto o de dar a volta por cima e restabelecer sua força política, abrindo caminho para uma permanência em família, como iniciar a derrocada rumo a um destino inglório.

Esse drama é produto da repetição de um enredo que está exaurindo as lideranças do Estado, tudo mudando para tudo continuar como está. Por isso, à parte todas as hipóteses de relações políticas para a próxima eleição, pode haver um elemento de surpresa sobre as conjecturas, se o eleitor quiser, desta vez, se fazer ouvir, depois de ser tantas vezes ignorado ou manipulado.

Bullying nas relações familiares

José Olivar:

A comunidade jurídica brasileira vem se despertando para a grave situação que ocorre dentro das relações de família. É que, após o término da vida conjugal, o filho do casal é “programado” por um dos genitores que tem sua guarda, para odiar, sem qualquer justificativa, o outro genitor, em razão do sentimento de vingança que aquele mantém por este.

Com isso, cria um grande problema com profundos danos psíquicos na criança, colocando-a sob constante estado de tensão.

Atualmente, este tipo de bullyng – palavra de origem inglesa – é também conhecida, como a Síndrome da Alienação Parental, que deve veementemente, segundo os doutrinadores, ser combatida.

Resposta ao Editorial anti-separatista

O jornal Agora S. Paulo, do grupo O Estado de São Paulo, em editorial abaixo reproduzido, ataca a criação de novos estados com a velha ladainha de que novas unidades federativas provocam gastos públicos desnecessários.

Leia o texto:

A Câmara dos Deputados discute se autorizará a realização de plebiscitos que podem aprovar a criação de mais dois Estados no país. Com os nomes de Carajás e Tapajós, eles seriam desmembrados do Pará. O Senado já aprovou os projetos.

Não faz o menor sentido esse tipo de proposta, que só serve para criar um número maior de empregos públicos. Se a decisão for colocada nas mãos da população local, é bem possível que ela vote pela separação.

Mas não é só esse o problema. Há várias outras propostas de criação de novos Estados, como a divisão de Mato Grosso, Amazonas, Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais e até de São Paulo. Se os dois desmembramentos do Pará passarem, eles darão força a novas iniciativas.

Esse tipo de projeto segue um mesmo modelo: políticos de regiões distantes se aproveitam da insatisfação dos eleitores com os governadores de seus Estados para defender a separação. Se tiverem sucesso, milhares de cargos brotam de uma só vez –governador, secretários de Estado, senadores, deputados federais e estaduais. Sem falar nos assessores.

Um dos Estados em debate é o de Rio Negro, hoje parte do Amazonas. Tem 87 mil pessoas. Caraguatatuba sozinha tem mais gente que isso.

O país já cometeu esse erro antes. A Constituição de 1988 permitiu a multiplicação desenfreada de municípios. Surgiram mais de mil. Muitos só vivem dos repasses de verbas federais. No final, o Congresso foi obrigado a limitar a criação de novos municípios.

Resposta do Blog do Estado:

Por quê São Paulo, através de seu mais tradicional jornal, é contra a criação de novos estados?
Vocês acham que é por economia de recursos?
Alguém sabe, por exemplo, que a cidade de São Paulo tem um Tribunal de Contas do Município?
Há maior desperdício de dinheiro público do que isso?
E o editorial do Estadão, faz vista grossa, né, gente?
Sabe o porquê?
A federação está controlada pelos grandes estados, que detém a maior bancada na Câmara.
Criar novos estados significa redesenhar o perfil das representações no Congresso.
Por quê somente os parlamentares federais que emergeriam de novos estados provocariam gastos? Os atuais paulistas, mineiros e fluminense, por acaso, nada custam ao erário?
Quanto ao Tapajós, que surgirá da região de onde nasci e moro, o sentimento de emancipação não depende de apoios de ‘forasteiros’ e tem sim o apoio de quem aqui vive e trabalha.
Voltando ao ponto principal. O que é bom para São Paulo é bom para nós?
Pensem nisso.

Vaias na Câmara

A vereadora Marcela Tolentino(PDT) foi a parlamentar que mais levou vaia da galeria da Câmara, durante votação da lei da gestão (anti)democrática da educação.

Lei da gestão das escolas vai acabar na justiça

Partidos de oposição prometem recorrer à justiça para anular artigo da lei aprovada ainda há pouco, na Câmara, que estabelece que servidores temporários também possam concorrer à direção escolar, por um período de 3 anos, renovável por igual período.

A emenda apresentada pelo vereador Erasmo Maia previa que apenas os servidores estáveis poderiam concorrer à direção das escolas municipais.

Argumenta a bancada da oposição que os temporários só podem, em tese, permanecer no serviço público por até um ano, período em que podem ser dispensados pela administração, e que por isso não estariam aptos a concorrer ao cargo, cujo mandato excede ao tempo de permanência na função.

Criação do Estado do Tapajós: “O povo tem que decidir”, diz Elcione


O Projeto de Decreto Legislativo nº 731 de 2000, que determina a realização de plebiscito sobre a criação do Estado do Tapajós, tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados.

A deputada federal Elcione (PMDB-PA) se diz favorável à consulta pública. “O povo tem que decidir”, ressalta. Contudo, a parlamentar chama a atenção sobre possíveis consequências que a divisão do Pará pode acarretar para a população e para as contas públicas.

Ouça o que a nossa deputada 'guerreira' diz sobre o tema: http://www.elcione.com/blog/?p=1059

Pirotecnia policial

Embora necessária, essa operação caça-pirata que as polícias realizam desde ontem, em Santarém, está mais para exibição do que para dar seguança ao cidadão.

Estão sendo estourados fábricas de CDs e DVDs falsificados e apreendidos esse tipo de produtos em mãos de camelôs.

Mas não se vê, por outro lado, o mesmo empenho em combater outros crimes mais nocivos ao cidadãos, como assaltos e guerra de gangues.

Lira Maia diz que Belo Monte será boa para o Brasil e o Pará


A construção da Hidrelétrica de Belo Monte divide opiniões entre governo, especialistas do setor elétrico e entidades, principalmente ambientalistas. Mesmo assim, a obra já foi leiloada no fim do mês de abril.
Para o deputado democrata Lira Maia, Belo Monte traz mais benefícios do que prejuízos e, portanto, será boa tanto para o desenvolvimento do Brasil como para oestado do Pará.

Veja o vídeo aqui: http://www.youtube.com/watch?v=koW79_Fvizs

Brigas, lágrimas e uma reportagem premiada

Larissa Brainer
Da equipe Manual dos Focas

Desejo de todo estagiário de redação é ter uma sugestão de pauta aceita pelo chefe. Desejo maior é que essa pauta tenha destaque e um bom espaço, de preferência página limpa, com direito a matéria principal, vinculada, arte, foto e tudo o mais. Para a vida desse estagiário (nem só do estagiário, diga-se) se tornar perfeita, só se, além de ter um ok nos dois itens supracitados, o chefe der um bom tempo para apuração e redação disso tudo.

Fui atrás do primeiro item. “Chefe, vamos fazer uma matéria sobre consumo de água. Vemos todos os dias as pessoas desperdiçando, os vazamentos na cidade, acho que era muito importante… E nesses tempos de debates ambient-” – aqui, se minha vida fosse filme e tivesse trilha sonora, se ouviria o barulho do disco arranhando – “Qual é o gancho? Isso a gente vê todo dia. O que há de novidade?”, Zero. Eu não tinha nada. “Volte para falar comigo quando arrumar um gancho”.

Meses depois, fui pautada para uma coletiva de imprensa na operadora de abastecimento de água de Pernambuco. Uma conversa pós-coletiva com um diretor da companhia me deu o gancho para a matéria que eu já estava quase perdendo a esperança de fazer. A empresa tinha um projeto-piloto para regular o abastecimento no estado e reduzir os vazamentos. O chefe topou, me deu uma página limpa. Seria uma principal, uma vinculada e uma arte grande. Sonho. Mas tinha um problema. Era terça-feira e ele queria a matéria pronta na quinta para ser publicada na sexta.

Entre um parágrafo e outro da matéria da terça, fiz ligações para adiantar personagens, entrevistas, fontes. Para confirmar se o tal projeto-piloto que tinham me falado procedia, fui ao bairro no dia seguinte. Meu tempo era curto, fui na hora do almoço. Bati de porta em porta perguntando há quanto tempo o morador vivia ali, como era o abastecimento, como estava agora, os hábitos de consumo, se sabiam o que tinham feito no bairro deles. Quando consegui o melhor personagem, corri pra redação.

Baixei da internet um número incontável de documentos relacionados a recursos hídricos. Em um deles, encontrei um dado que me deu o lide da matéria principal. Apurei tanto que tinha a sensação que ia morrer afogada.

Cheguei na redação, na quinta, às 8h e saí às 23h30. O caderno fechava às 21h, no máximo 21h30. Só consegui terminar tudo, depois de gritos, às 22h. Atrasei a edição. Fui embora arrasada. No dia seguinte, levei uma chamada gigante. Tentei argumentar que tive pouco tempo, mas não adiantou. Bronca coletiva dos três editores. Eu tava tão exausta que não consegui dizer mais nada e só fiz escutar e chorar.

Hoje, olhando para aquele dia, vejo que meu maior erro foi ter “apurado demais”. Tinha informações para uma hidrelétrica de Itaipu, mas só precisava encher uma lagoa. Ou seja: parti sem foco. Sem isso, me perdi no meio do aguaceiro. Tinha informação demais, possibilidades de enfoque demais e espaço de menos. Lição aprendida.

Dias depois, inscrevi a matéria em um prêmio de jornalismo que tinha justamente o tema do consumo de água. Na semana passada, quase seis meses depois da publicação da reportagem que arrancou água dos meus olhos, recebi um e-mail dizendo que fui premiada. Dei um grito e muitos pulos. A emoção que dá quando conquistamos algo assim com o nosso esforço é indescritível. Depois que me pus em ordem novamente, respirei fundo e pensei: “Valeu a pena”. Sempre vale a pena.

P.S. A matéria que gerou esse relato está disponível aqui.

Retrocesso


Projeto de lei da gestão democrática que vai ao plenário da Câmara, daqui a pouco, acaba com autonomia financeira dos diretores das escolas.

Retrocesso inconcebível para um governo que se diz popular e participativo.

Lei da Gestão Democrática contém 'aberração jurídica'

Projeto de lei do executivo municipal, que a Câmara de Vereadores de Santarém começa a votar na sessão de hoje, contém um artigo que permite que servidor temporário possa ser nomeado diretor de escola, prerrogativa que deveria ser, apenas, dos concursados.