quinta-feira, 6 de maio de 2010

Madeireiras lideram reclamações trabalhistas

De todas as reclamações nas varas do Fórum Trabalhista de Santarém, 60 % são do setor comerciário e 25 % do setor madeireiro. A afirmação é do diretor do serviço de distribuição do Fórum, localizado na 1ª Vara do Trabalho, Manoel Amaral. "Os empregados reclamam de algo que não receberam. Geralmente, isso inclui horas extras, diferenças de salário e valores de rescisão de contrato", afirma. De acordo com o diretor, 633 ações trabalhistas foram realizadas até abril. Desse total, 60 % já foram arquivadas e 40 % ainda está tramitando.
Em relação ao ano passado, Manoel compara que no mesmo período, mais de 700 ações trabalhistas já haviam sido tramitadas. Hoje, são realizadas aproximadamente 30 audiências, na 1ª e 2ª Vara do Trabalho.

Concorrência acirrada em concurso deixa candidatos em pânico

Basta pensar em prestar concurso público, que já vêm à cabeça uma grande competição. Em um mercado de alta rotatividade, onde as empresas privadas buscam sempre o funcionário mais qualificado, a estabilidade que oferece uma carreira pública, os altos salários, acrescidos de abono, os benefícios obtidos - muitos são os motivos para tentar ser um concursado. Porém, essa admiração pela vaga pública, muitas vezes acaba quando o candidato se depara com uma enorme quantidade de concorrentes.

Para a coordenadora de um curso preparatório para concurso no centro da cidade, Kátia Peres, esse medo de concorrer com muitas pessoas atrapalha o aluno, pois além de perder as esperanças quando se depara com números altos de adversários, ele ainda deixa de estudar como deveria. Kátia lembra que existem outros detalhes que também podem influenciar no estudo. "Geral-mente, os alunos não se dedicam muito quando concorrem a vagas de cadastro de reserva. Eles levam mais a sério quando as vagas já existem", declara.

Na busca pela aprovação, existe o aluno que se matricula no cursinho para estudar um mês antes da prova, na fase de revisão, e existe o aluno batizado de "concurseiro" - que sempre freqüenta as aulas do cursinho e faz toda e qualquer prova de concurso para adquirir experiência, até conseguir (em alguns casos, mesmo aprovado ele tenta outros). Kátia Peres acredita que a cultura do povo santareno é estudar pouco tempo antes de uma prova para concurso, enquanto que em grandes cidades, os alunos se preparam durante um ano para fazer uma prova. "Muitas vezes, o aluno não quer investir no cursinho muito tempo, outros se matriculam, mas não estudam como deveriam". Para ela, nem todo aluno que concorre a uma vaga pública está preparado para fazer a prova.

André Melão é novato no cursinho. A intenção dele é passar em uma prova de concurso bancário, para poder manter seus estudos e a conclusão do ensino superior. Quando o assunto é a concorrência, apesar de André acreditar que esse fator estimula o estudo, ele opta por fugir dessa informação. "Eu não faço questão de saber, pois como nunca fiz prova, sinto receio em saber com quantos estou concorrendo", declara. Já para Wanderson Amaral, que estuda para concurso desde 2008 e já fez cinco provas, o temor não é o mesmo. Para o veterano, a sensação de saber que existem muitos concorrentes não é boa, mas não é capaz de impedi-lo. "O número de inscritos, ou seja, concorrentes, não é proporcional ao número dos que estudam", acredita.

IBGE faz coleta para o Censo que inicia em agosto

Da redação

A coleta de dados nas ruas que dá início ao Censo 2010 iniciou em Santarém na segunda quinzena de abril, após quatro dias de treinamento que instruiu os 32 Agentes Censitários Supervisores - ACS e os quatro Agentes Censitários Municipais - ACM. A pré-coleta tem o propósito de contribuir para a qualidade do trabalho durante a segunda etapa de coleta do Censo 2010, que começa em agosto.
Nessa primeira etapa, os agentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE estarão nas ruas durante todo o mês de maio para reunir informações como a quantidade de domicílios, a identificação dos logradouros, tipo de pavimentação, onde há iluminação pública, presença de bueiro, esgoto a céu aberto e o depósito ou acúmulo de lixo.
O chefe da agência do IBGE de Santaré, Edilberto Figueira, explicou que, somente na segunda etapa, os agentes irão entrevistar os domiciliares, com questionamentos sobre educação, saúde, renda, etnia e migração. Segundo Edilberto, para a segunda etapa serão contratados 255 agentes temporários, via concurso.
De acordo com o chefe da agência, os agentes vão colher dados da área urbana, Vila Curuai, Alter-do-Chão, Mojuí dos Campos e Boim. Os demais municípios do oeste paraense serão atendidos pela equipe que os corresponde.
A fase de pré-coleta tem o objetivo de atualizar os mapas e a listagem de domicílios do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos - CNEFE. Isso otimizará a duração e a qualidade do trabalho durante a coleta do Censo que inicia no mês de agosto.
No Pará, a Pré-coleta mobilizará 840 Agentes Censitários de Supervisão que irão às ruas e mais cerca de 200 pessoas entre Agentes Censitários Regionais e Municipais e Subáreas, que supervisionarão os trabalhos.
Nos dois anos que antecedem a etapa de coleta de dados do Censo, o IBGE prepara e atualiza a Base Territorial do país, que é o conjunto de mapas e cadastros que contém informações de diversas áreas (estados, municípios, bairros, aglomerados, distritos, quarteirões etc.). Consequentemente, é neste período que são planejados e definidos os setores censitários, que constituem a área de trabalho de cada recenseador. O setor censitário é a unidade formada por área contínua inteiramente classificada como urbana ou rural; sua dimensão, número de domicílios e de estabelecimentos permitem ao recenseador cumprir suas atividades em um prazo determinado, respeitando o cronograma de atividades.