segunda-feira, 10 de maio de 2010

Luiz Cavalcante é o novo titular da Seduc

Agência Pará

O professor Luiz Cavalcante assume a direção da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em substituição à professora Socorro Coelho. Cavalcante foi convidado pela governadora Ana Júlia Carepa, nesta segunda-feira (10), no início da noite. A governadora também conversou com a ex-secretária, a quem agradeceu o empenho pela contribuição na formação da proposta do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) dos professores da educação pública, cujo projeto de lei foi enviado à Assembléia Legislativa no último dia 7.

Luiz Cavalcante é professor de carreira da rede pública há 27 anos. É formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará e tem pós-graduação em informática educativa. Estava no governo desde 2007 e exerceu, até poucos dias atrás, o cargo de diretor de tecnologia aplicada à educação. Estava lotado na Escola Estadual Palmira Gabriel.

A posse de Luiz Cavalcante deve ocorrer nos próximos dias, quando a governadora Ana Júlia retornar de agenda que cumpre nesta terça-feira, em Brasília, em vários ministérios. Mas os atos de exoneração da ex-secretária e de nomeação do novo titular da Seduc serão publicados na edição desta terça-feira (11).

Vitória do Águia garante Remo na Série D

Com dois gols marcados ainda no primeiro tempo, o Águia venceu o Cametá por 2 a 0, na tarde deste domingo, em Marabá. O jogo valeu pela semifinal do Campeonato Paraense. Com o resultado, o Águia disputará as finais do returno contra o Remo, que passou pelo Paissandu na outra semifinal. De quebra, eliminou o Cametá, classificando automaticamente o Remo para a disputa da Série D 2010.

Diego Biro, num belo chute da entrada da área, abriu o placar aos 15 minutos. Depois, aos 44, Wando foi derrubado na área e Jales converteu o pênalti, marcando o segundo gol marabaense. O Cametá teve um gol de Jailson anulado pela arbitragem, que assinalou impedimento.

O primeiro jogo decisivo do returno será no próximo domingo, às 16h, no Mangueirão. O segundo está marcado para o dia 23, no estádio Zinho Oliveira, em Marabá. O Águia, que teve melhor campanha nesta fase, joga por dois empates. (Com informações da Rádio Clube)

Polícia Federal fecha lojas de 'compra premiada' em Redenção

Na última quinta-feira, agentes da Polícia Federal fecharam duas lojas que atuam em Redenção vendendo cotas de pirâmides disfarçadas em 'compra premiada'.

Duas lojas da Eletro Lider foram lacradas pelos agentes da PF.

O dono de uma delas, Aleildo Carlos Silva, de 29 anos, foi preso em flagrante durante a operação policial. Ele vai responder inquérito por crime contra o sistema financeiro e estelionato.

Segundo o delegado da Polícia Federal Antônio José Silva Carvalho, várias pessoas fizeram denúncias contra a empresa que atua há um ano e meio em Redenção. O delegado disse que há desconfiança quanto à licitude do sorteio, pois os donos do esquema divulgavam que seriam formados grupos de 49 e 96 participantes, mas os sorteios eram realizados quando os grupos tinham a partir de 10 pessoas.

"Eram só dez concorrentes, mas quando ele rodavam o globo, com as 48 ou 96 bolas, o que se tornava impossível um dos 10 ser premiado", explixou o delegado.

Outro possível crime apontado pelo delegado, era que quando alguém ganhava uma moto ou outro prrêmio, a loja não emitia nota fiscal do produto, assim cometendo fraude tributária. "Eles adquiriam os prêmios em loja de outras regiões e exigiam que as notas fiscais fossem emitidas diretamente em nome dos sorteados, assim eles não pagavam por essa tributação", disse o delegado.

Até flanelinha recebe seguro-defeso como pescador

Do Blog do Espaço Aberto

A Polícia Federal já instaurou inquérito para apurar fraudes na concessão do seguro-defeso no Pará. Os inquéritos em curso na PF, segundo confirmou o blog na sexta-feira, envolvem dezenas de pessoas.
Sinceramente, não há no mundo um país mais criativo que o Brasil.
Em termos de patifaria, realmente não há.
O Brasil é ISO 9.000 nisso.
E se bobearem, será ISO 50.000 nessa habilidade, quando o ISO, claro, chegar a esse nível.
Aqui em Belém – aqui mesmo, embaixo dos nossos narizes e dos nossos olhos – está sendo uma festa a distribuição do seguro-defeso.
Uma festa!
Uma festança!
Há bolsos tufando.
Há bolsos que já estão abarrotados de grana.
Muitíssima.
O seguro-defeso, vocês sabem, é uma renda provisória que o governo federal paga a pescadores, no período do defeso, ou seja, na época que eles estão proibidos de pescar enquanto algumas espécies se reproduzirem.
Uma boa medida?
Sim.
Medida meritória?
Sim.
Acetada?
Sim.
Mas que dá ensejo a patifarias.
Funciona assim.
Cidadão com ligações com entidade que congrega pescadores – apenas pescadores, vejam bem – cadastra uma pessoa, supostamente pescador, para receber o seguro-defeso.
Feito isso, entra em campo um outro personagem, responsável em reunir a documentação do beneficiário e adotar demais providências para que o dinheiro seja repassado à instituição bancária. É o cara – ou a cara, como queiram – que faz o meio-campo.
Aí, uma vez no banco, o dinheiro é sacado.
São R$ 1.800,00.
Em regra, R$ 500 vão para o beneficiário, supostamente pescador, R$ 500 para o cidadão que pegou a documentação e desenrolou o meio-campo e R$ 800 vão para os bolsos daquele primeiro, o que providenciou o cadastramento do suposto pescador.
Por que suposto?
Porque até flanelinha, que não distingue um tucunaré de um búfalo do Marajó, está recebendo seguro-defeso.
Porque até profissionais liberais, que só veem peixe quando ele está no prato, temperadíssimo, pronto para ser saboreado, está recebendo o seguro-defeso.
No bairro do Telégrafo, os cadastros estão sendo feitos a todo o vapor. O pessoa está sendo cadastrado como se fosse pescador de Soure, Ponta de Pedras, Cachoeira do Arari, Salvaterra, Bagre, Baião e por aí vai.
Se bobearem, tem pescador até do Afeganistão ganhando o seguro-defeso.
A Polícia Federal precisa investigar essa gente.
Se investigar, muito peixe vai cair na rede da PF.
Muito peixe.
Grande e pequenos.
De bagre a tubarão.

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Nota da redação do Blog do Estado:
A Polícia Federal deveria, também investigar a farra na concessão de seguro-defeso em Santarém e Alenquer.
Quem procura, acha, já diz o dito popular.