quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Professores da rede pública não preenchem todas as vagas ofertadas ela UFOPA

Aritana Aguiar
Free lancer

Segundo a coordenadoria do Plano de Formação Docente do Estado do Pará (Parfor) da UFOPA só no oeste do Pará existem mais de oito mil professores que não possuem a licenciatura plena ou ministram disciplinas contrárias a sua formação superior. "Mais de 60% são professores somente com o magistério e o restante possui graduação, mas atua em áreas diferentes", explicou a diretora do Centro da Parfor, professora Dóris Faria.

O problema é que das 1.750 vagas ofertadas este ano pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) foram preenchidas 1.276, sobrando 474 vagas. Muitos professores faltaram nas duas primeiras semanas e não puderam ser mais aceitos. Em Alenquer se inscreveram 641 professores e foram preenchidas 194 vagas; Itaituba dos 325 inscritos compareceram 117; Juruti matriculou 346, mas apenas 204 assistiram às aulas; Monte Alegre teve 333 inscritos, mas preencheu 205; Óbidos houve 426 inscritos, mas 204 vagas foram preenchidas; Oriximiná contou com 322 inscritos, mas foram preenchidas apenas 174 vagas. Santarém com a maior quantidade de professores inscritos- 835-, preencheu 178 vagas.

O Pará é o estado que possui o maior volume de professores leigos. "O Governo tem se preocupado em graduar os professores por que o Pará é o estado que tem a menor nota do IDEB (Índice de Desenvolvimento de Educação Básica), por isso a preocupação na formação desses professores", explicou a diretora.

De acordo com a coordenadora geral e institucional da Parfor UFOPA, professora Terezinha Pacheco, este ano foram ofertadas 1.750 vagas sendo que se inscreveram 3.228 professores. "Quando fizemos o balanço na região levamos um susto são mais de 8 mil professores que não tem licenciatura e/ou são graduados, mas ministram disciplinas diferentes", informou. Ela explica que muitos alunos não sabiam quando o inicio das aulas e perderam a vaga por que só compareceram na terceira semana de aula. Mas, a coordenadoria afirmou que se pretende fazer um plano para que os alunos façam o curso.

Os cinco cursos ofertados foram português e inglês, história e geografia, física e matemática, pedagogia, e biologia e química. "A licenciatura é integrada o professor sai habilitado nas duas áreas e se quiser fazer a graduação, faz apenas mais um semestre já que o curso é de três anos e meio exceto pedagogia que são quatro", explicou a professora Dóris. Mas, a professora Terezinha afirma que para ano que vem alguns critérios serão modificados.

Os professores que possuem graduação e atuam em outra área tem os seguintes casos segundo a diretora Dóris Faria. Existe professor de geografia que ministra aula de português, professores com formação em educação física e dão aula de ciências sociais, e isso pode afetar no ensino por isso a preocupação em especializar os professores sem haver a necessidade da realização de vestibular. As aulas deverão ser no processo intervalar estudando nas férias de julho e janeiro, e um final de semana por mês nas instituições de ensino.

O Parfor (Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica) foi criado pelo Ministério da Educação com o objetivo de especializar todos os professores do Brasil que não possuem licenciatura e/ou são licenciados, mas não atuam na área de formação.

O perigo das armas de brinquedo

Aritana Aguiar
Free lancer


“Armas de brinquedo até aquelas que parecem ser inofensivas que sai água ou bolhas de sabão incentivam a criança a ser violenta e agressiva e os jogos violentos de vídeo game têm contribuição maior”, garante a pedagoga em educação infantil Ralieny Pereira. Ela alerta que os pais devem fazer o possível para evitar que os filhos tenham esse tipo de brinquedos e controlem o que estão assistindo, pois possivelmente irá alterar a personalidade na fase adulta.<

"A fase da criança a partir dos dois anos começa a ver e ouvir os sons querendo imitá-los. Todos os programas que passam na televisão a qualquer hora do dia com cenas de violência, pessoas usando arma, a criança vê e imita aquela ação", explicou a pedagoga que trabalha em Santarém.

Segundo Ralieny quanto maior o contato da criança com esse tipo de brinquedo faz com que ele tenha uma vontade maior de praticar a ação de atirar. "Na mentalidade dela não passa apenas de uma brincadeira. Algumas crianças não acreditam que uma pessoa tenha morrido ao levar um tiro. Entende que vá sobreviver, entre dois a cinco anos não entendem a morte como realmente é a partir dos seis anos já tem conhecimento quanto à morte", garantiu. Explica também se continuar na brincadeira de matar sabe que não morre de verdade, mas com o passar dos anos mesmo entendendo a realidade ela vai continuar brincando devido o hábito, sendo então o grande problema.

A pedagoga alerta que mesmo as armas de brinquedo que saem água e bolhas de sabão que fisicamente é totalmente colorida às vezes nem parecendo ser uma arma, estão com um formato nocivo. "Esses brinquedos estão camuflados por que tem o mesmo ato de atirar, e usar a expressão em querer matar, um perigo que não é enxergado", declarou.

Mas muitas mães nem desconfiam dos riscos que os filhos correm. Para Maria Odete mãe de Felipe, de seis anos, não ver nenhum problema quanto às armas de brinquedo. "Eu sempre compro para meu filho, elas são simples e coloridas, não vejo nenhum problema", explica.

Outra alerta é que os jogos violentos de vídeo game têm uma contribuição considerável para que a criança se torne agressiva ou ser um adulto violento. “Ás vezes os pais não sabem que as crianças estão jogando determinado jogo", explicou Ralieny Pereira. Ela afirma que quando a criança chega em casa brincado de atirar, os pais alegam que foi na escola e a verdade foi dentro de casa. Ou seja, os pais não percebem que o filho está tendo contato com esse tipo de visualização.

De acordo do Raniely cada criança tem um ritmo de desenvolvimento, mas o comum que até os oito anos ela já tem a personalidade formada. Outra colocação mesmo que a criança ainda não fale os pais devem conversar com os filhos sobre o que não devem fazer. "Tem crianças que levam anos para entender são as exceções", enfatizou.

Segundo a pedagoga as crianças fazem o questionamento por que é errado brincar de atirar, matar, por que produzem a arma de brinquedo. Elas não entendem que produzir esse brinquedo pro mercado de trabalho é lucro. Reforça que os pais devem ter bastante dialogo com os filhos quanto a isso.

"É importante que a criança tenha alguma crença que seja levada pelos pais. Altera no comportamento", orientou. Segundo ela é de suma importância que a criança tenha uma atividade extra como, esporte, música, teatro, pois serve como distração, deixando até de se preocupar com os jogos e armas de brinquedo, mas deve ser algo que ela goste de fazer. E conclui: "Se a escola do filho não oferecer os pais devem procurar por fora".

Venda de bebida vai continuar no arraial

Aritana Aguiar
Free lancer


Segundo o pároco da Igreja Nossa Senhora da Conceição padre Ronaldo Nascimento o arraial do Círio 2010 continuará com a venda de bebidas alcoólicas. "Será permitido somente cerveja em latas, pois pretendemos eliminar a venda devagar", afirmou o padre. Para ele o processo demora, por que é preciso explicar para os vendedores que a bebida não é adequada para a festa. Além disso, os dias de arraial foram reduzidos para 11 dias e em outubro o padre Fábio de Melo fará show na cidade.
Padre Ronaldo também anunciou outras novidades para o Círio de 2010. Entre eles está incluso o website da festa, que foi inaugurada dia 15 de setembro, e também uma missa para os cordeiros, que será celebrada no domingo do Círio, às 6 horas da manhã.

Venezuela censura imprensa

O jornal venezuelano El Nacional respondeu ontem com um protesto, estampado na primeira página, à decisão judicial que proibiu a publicação de uma foto que retratava violência. No lugar destinado à imagem, ficou apenas um espaço em branco preenchido na diagonal pela palavra “censurado”, impressa em tinta vermelha. “Estamos sob censura. Isso é inconstitucional e atenta contra a liberdade de expressão”, protestou Miguel Henrique Otero, editor do jornal, falando a uma emissora de rádio de Caracas.

A ordem do tribunal, emitida na véspera, veta “imagens, informações e publicidade de qualquer tipo de conteúdo com sangue, armas, mensagens de terror, agressões físicas que aticem conteúdos de guerra e mensagens sobre mortes e assassinatos”. Dias antes, o El Nacional, duro crítico do governo de Hugo Chávez, tinha estampado na capa uma polêmica foto que mostrava inúmeros corpos no necrotério.

“Se aqui houvesse uma foto, vocês veriam um pai chorando por um filho que morreu”, diz a legenda de um dos espaços em branco publicados na edição de hoje. Outra sentença do mesmo tribunal estende a medida a todos os meios impressos do país, que ficam proibidos de publicar por um mês “imagens violentas, sangrentas, grotescas, acontecidas ou não, que de uma forma ou outra vulnerem a integridade psíquica e moral das crianças”.

“Estão promovendo a censura à imprensa”, protestou em sua manchete o jornal Tal Cual, que também publicou nesta semana a polêmica foto do necrotério de Caracas. Segundo Eleazar Díaz, diretor do Ultimas Noticias, a sentença é “absurda e sem sentido”. Em editorial, o diário afirma que “o Estado venezuelano dá motivos aos que o acusam de restringir a liberdade de informar”. Caracas registra em média 50 mortes violentas por fim de semana. Com 16 mil homicídios em 2009, a Venezuela foi o país com a maior taxa na América do Sul.

A falta de segurança está no centro da campanha para a crucial eleição legislativa de 26 de setembro, em que o bloco chavista está ameaçado de perder a maioria. O próprio presidente se referiu à polêmica foto dos corpos no necrotério da capital, e classificou a decisão de publicá-la como “manipulação politiqueira e pornográfica da violência e da criminalidade”. O professor de comunicação Marcelino Bisbal, da Universidade Católica Andrés Bello, lembra que os atritos entre o governo e a imprensa se sucedem nos últimos meses, mas alerta: “Nunca vimos uma atitude como essa”. Ele chama a atenção para viés eleitoral da censura: “Chama a atenção que a proibição dos conteúdos que tenham a ver com violência e insegurança tenha sido ditada por um mês, justamente quando estamos em campanha”.

Tráfico Internacional de pessoas atinge a 60 mil brasileiros por ano, diz Ministério da Justiça

Agência Brasil

Rio de Janeiro – Todos os anos, cerca de 60 mil brasileiros são vítimas do tráfico internacional de pessoas. A maioria é de mulheres, entre 18 e 25 anos, oriundas de famílias de baixa renda. Os principais destinos são Espanha, Portugal e Suíça. Os dados são da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), ligada ao Ministério da Justiça, que começa amanhã (18) um monitoramento nos núcleos e postos avançados de enfrentamento ao tráfico de pessoas, instalados nos principais aeroportos do país.

O coordenador nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da SNJ, Ricardo Lins, considera o problema uma nova forma de escravidão. Depois de levada para o exterior, a vítima fica presa a uma rede internacional de prostituição, sujeita a trabalhos forçados, em cárcere privado e exposta a doenças sexualmente transmissíveis.

“O tráfico de pessoas é uma forma moderna de escravidão. Hoje se escravizam pessoas por dívida. Os traficantes mantêm o poder sobre elas, que devem as passagens, a estadia e a alimentação, fazendo com que se submetam ao que eles querem. Elas são mantidas sem condição de sair, porque não têm como pagar o que devem”, afirmou Lins.

Embora os números não sejam precisos, o governo brasileiro trabalha com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que estima em 100 mil vítimas de tráfico de pessoas no Brasil por ano.

Segundo Lins, os números da ONU estariam superestimados, pois incluiriam casos de pessoas que tentam entrar nos países apenas com fins de imigração. Pelos dados recolhidos nos postos avançados, responsáveis por atender os brasileiros deportados, de cada dez casos, seis são de vítimas de exploração. Os demais seriam de tentativas de imigração ilegal.

Para mapear o problema, técnicos da SNJ começam amanhã a percorrer os seis núcleos e quatro postos instalados – ou em implantação – nos estados do Acre, Ceará, Pará, Rio de Janeiro, de Goiás, Pernambuco, São Paulo, e da Bahia.