segunda-feira, 15 de novembro de 2010

MEC abre site para os estudantes prejudicados no Enem

Do Jornal da Band

O Ministério da Educação abriu no sábado, dia 13, as inscrições para os estudantes prejudicados no Enem pedirem uma nova correção da prova. O requerimento deve ser feito pela internet.
A correção invertida e o requerimento são para alunos que preencheram as repostas com base no cabeçalho e não de acordo com a ordem numérica, como seria o correto. Quem preencheu de acordo com a ordem não deverá fazer o requerimento.
Para solicitar a correção, o estudante deve acessar o site do Inep e solicitar uma nova correção. O sistema ficará no ar até o dia  19 de novembro.

No caso dos estudantes que receberam provas com erro de impressão, como questão repetida, o Ministério da Educação informou que aplicará um novo exame. Para identificar esses alunos, o MEC vai analisar as atas dos locais das provas, depois disso os alunos serão convocados para o exame que não tem data definida.


O MEC estima que cerca de 2.000 alunos foram prejudicados por causa da prova amarela.

Marketeiro de Ana Júlia cita rejeição de Maria do Carmo como uma das causas da derrota

Edson Barbosa, dono da Link Propaganda, que fez a campanha de marketing de Ana Júlia , entrevistado por Rita Soares, do Diário do Pará, elencou entre os motivos da derrota da campanha petista um fato que já era de conhecimento público porque revelado com exclusividade pelo Blog do Estado havia, pelo menos, um ano e meio: a rejeição da prefeita de Santarém Maria do Carmo.


O que Edson diz na entrevista, se referindo também a Parauapebas e Belém, que a rejeição desses prefeitos foi um dos responsáveis pela derrota de Ana Júlia.


Mas Edson - não sei se sabe desse detalhe- desconhece que a própria Ana Júlia já tinha conhecimento dessa situação. Foi avisada pelo menos duas vez pelo próprio signatário do Blog do Estado.


Outro detalhe: Edson errou ao autorizar as inserções de Maria do Carmo pedindo votos para Ana Júlia em Santarém. Segundo dados da coordenação do Democratas, isso foi responsável pelo aumento da diferença pró-Jatene do primeiro para o segundo turno, performance que só foi registrada em Santarém. 


Confira o que Edson declarou a Rita Soares:


"Ana perdeu por volume de votos em três cidades governadas por aliados: Belém, Parauapebas e Santarém. Qual a culpa de Ana em não ter os votos nessas cidades? A base de prefeitos dela tinha rejeição muito pior que a sua própria. Quando chegamos ao Pará, encontramos baixa intenção de votos, menos de 15%; alta rejeição, acima de 60% e avaliação negativa do governo. Essa é uma mistura explosiva. Em vários aspectos, pode-se dizer que Ana venceu essa mistura. "

Leia a entrevista completa aqui

Graças à Vale, Carajás é chinês

Lúcio Flávio Pinto:

O terceiro trimestre deste ano foi dos melhores da história de 68 anos da Companhia Vale do Rio Doce. A empresa bateu recordes de produção e de resultados financeiros. Faturou como nunca num único trimestre: 14,5 bilhões de dólares. Se essa média se mantivesse pelo ano inteiro, sua receita chegaria a US$ 58 bilhões.

Não chegará porque os meses anteriores foram de dificuldades, recuperando-se da crise internacional. Mas chegará ao final de 2010 como se já estivesse num ritmo mais acelerado do que “nunca antes”, como diria o presidente Lula, desafeto contido do presidente da companhia, Roger Agnelli, que completará 10 anos no cargo no próximo ano, se chegar a completar.

Diz-se que com a vitória de Dilma Rousseff sua saída é certa. Ciente disso, Agnelli aproveitou a comemoração dos números grandiosos para se queixar (no exterior) dos petistas, que o pressionam por empregos. Talvez se preparando para uma saída em grande estilo, já que o governo, através dos fundos de pensão, tem poder suficiente para afastá-lo, mesmo com o desempenho impressionante. Oficialmente, porém, o ex-executivo do Bradesco, o maior sócio privado da antiga estatal, parece preparado para o combate que se aproxima.
No dia 26 ele mandou divulgar uma nota oficial para informar que “jamais foi tratada” entre os acionistas controladores da empresa “nem fez parte da pauta do Conselho de Administração a substituição do diretor-presidente Roger Agnelli. As especulações na imprensa, que atribuem a ‘fontes do Conselho de Administração’ informações neste sentido, não retratam a posição dos acionistas controladores da empresa”.  Os cotistas, que vão sacar dividendos altíssimos no atual exercício, só têm motivos para querer que Agnelli permaneça onde está.
Recordes não foram só na receita global da Vale, que passou de US$ 9,9 bilhões no 2º trimestre para US$ 14,5 bilhões no terceiro. O lucro líquido cresceu 63% no período, pulando de US$ 3,7 bilhões para US$ 6 bilhões, o maior de todos os tempos. Os investimentos foram de US$ 14 bilhões, o retorno aos acionistas chegou a US$ 5 bilhões e a empresa ainda aplicou US$ 2 bilhões na recompra de suas ações, demonstrando que crê no futuro. Com ou sem PT para “aparelhá-la”.
Se fosse pelos indicadores que a Vale apresentou, Roger Agnelli devia ser parabenizado e não ameaçado de demissão, caso a empresa fosse realmente privada. Ela é quase uma corporação financeira pela sua face de organização particular, mas convive com um hibridismo estatal que, no regime do PT, se manifesta mais nos bastidores do que diante da opinião pública.

De público, o PT nunca questiona os resultados da companhia, mesmo porque – direta ou indiretamente – tira vantagens desses ingressos, sob todas as formas. Mas parece querer sempre mais poder para ter ainda mais. Sua divergência não interfere nos rumos dessa que é a mais acabada das multinacionais brasileiras, se não for a única, a rigor.

Mas é justamente os rumos dessa opção que precisam ser questionados. Uma mera análise contábil da prestação de contas da empresa sobre o 3º trimestre de 2010 levará à exaltação das decisões tomadas pelos seus dirigentes, que estão apresentando resultados excepcionalmente favoráveis, como poucas companhias no mundo. O problema é que a Vale, pelos erros cometidos na sua privatização, é um ser estranho: deixou de ser estatal e não é uma empresa privada convencional. Se o país fosse sério, nem poderia ser.

O tamanho e o poder da Vale lhe impunham a condição de estatal, ou então o seu porte mastodôntico teria que sofrer fracionamento, mesmo acarretando perdas de sinergia. Ela é tão poderosa quanto um governo. No Brasil, aliás, maior do que todos, exceto o governo federal, pelo controle da logística que possui em todo país (com as duas maiores ferrovias e os dois maiores portos, num acervo que excede e ignora as segmentações federativas) e a capacidade de investimento, maior do que muitos Estados somados (talvez só inferior ao de São Paulo).

Como os representantes do governo na corporação se interessam mais pelo manejo dos cordões dos benefícios e o poder de mando, a análise do significado atual da Vale, às vésperas de chegar a 70 anos de existência, se empobrecem num questionamento menor ou numa negação radical. As duas posições são inócuas porque não influem no âmago da companhia. Todos vêem o gigante que ela é, mas não se apercebem do seu dedo, onde está a sua digital.

No caso do Pará, que vai consolidando a sua condição de principal unidade produtiva dessa multinacional, a marca registrada é oriental, mas especialmente chinesa. Como o principal produto da Vale ainda é o minério de ferro, o Pará tem um significado especial por causa da riqueza do minério de Carajás. Não é por acaso que enquanto representa 35% das vendas totais da Vale,computando-se as suas diversas origens (Sul, Sudeste e Norte), em Carajás a participação chinesa é de 60%.

O preço médio da tonelada de minério de ferro no 3º trimestre deste ano foi de US$ 126 (contra US$ 92 no trimestre anterior), mas o melhor minério chegou a US$ 148. Quando tem mais de 62% de hematita contida, o minério tem ganho de qualidade e mais US$ 6 por cada 1% adicional de hematita. O teor do minério de Carajás é de 66%. Essa riqueza permite à Vale um ganho de US$ 21,60 por tonelada de Carajás, margem que supera o ganho do concorrente australiano (de US$15 por tonelada de frete) no mercado asiático, por sua muito maior proximidade física.

Não surpreende que este ano, se o desempenho do 3º trimestre se repetir no último período, pela primeira vez a produção de Carajás vá superar 100 milhões de toneladas, já na perspectiva dos 230 milhões previstos para 2015, o equivalente a nove meses de produção total em 2010, que é recordista. O ganho marginal da Vale pelo teor do minério de ferro de Carajás, o melhor do mundo, será de US$ 2 bilhões. 

Esse dinheiro todo é recolhido aos cofres da empresa, que se abarrotam. Nada é repartido com o Estado no qual essa riqueza existe, mas está sendo transferida para o outro lado do oceano em velocidade que corresponde a verdadeira sangria desatada. Mais três décadas e só nos restará chorar no fundo do buraco, no qual ficaremos.

Fog em Belém


A imagem acima é de autoria da jornalista Vera Paoloni e retrata um fenômeno incomum em Belém, uma espécie de fog, muito comum em Londres.

A foto mostra um detalhe do Bosque Rodrigues Alves. Ao fundo os edifícios do bairro da Pedreira e a neblina que encobriu hoje de manhã grande parte de Belém.

Um entreposto de compras de produtos agrícolas em Santarém

Antenor Giovaninni:

Tomo a liberdade, para quem sabe, sensibilizar nossos novos governantes , em especial nosso novo Vice-Governador Dr. Helenilson Pontes , santareno e notável tributarista , para um assunto que entendo de suma importância para nossa região e que afeta um contingente enorme de pessoas.
Trata-se de termos um entreposto de compras de produtos agrícolas em geral (Uma Mini-Ceagesp) fazendo com que essa categoria de produtores, sejam eles mini-micros-pequenos –médios ou grandes tenham um lugar fixo, organizado, com cotações diárias de preços e principalmente a certeza que esse produtor poderá sair do seu local de produção e que  terá um local para comercializar pelo preço do dia fazendo com que ele retorne para fazer aquilo que ele sabe: produzir.
Não cabe mais o que ocorre hoje onde esses bravos cidadãos saiam dos mais longínquos lugares da região sem saber aonde irão descarregar sua produção.
Se ainda for um produto em falta as possibilidades de espaço do Mercadão receber é muito grande porém se há houver algum excesso e o Mercadão não receber o obriga para não retornar com sua produção a perambular por mercados e mercadinho a leiloar sua produção, ou pior que isso ficar parado nas esquinas tentando empurrar sua melancia, banana, ou outro produto.
Além de tudo Mercadão não é local para esse tipo de comercialização e nem espaço possui para armazenamento.
Com uma central de compras teria  o respaldo necessário para que seu objetivo fosse produzir e trazer para a Central.
Por telefone teria a cotação do dia e se preocuparia em trazer ou não sua cota.
Poderia programar vendas e começar a montar um capital para quem sabe viabilizar melhorias na sua propriedade.
Seria o primeiro passo para que nossa agricultura tão abandonada, principalmente a familiar , mas falada e discutida  por um monte de gente, começasse a criar seriedade e se tornasse mais profissional.
Hoje bem sabe o amigo que nem se sabe se temos secretário de agricultura .
Dr. Helenilson e seu conhecimento da região poderiam começar a olhar com carinho para esse assunto entre tantos outros importantes para nossa região.
O amigo há de concordar que não se pode suportar que o CR importe 450 toneladas de alimentos por mês entre horti fruti e até peixe e carne suína , e uma grande massa da população consuma pepino, batata, cebola, cenoura, berinjela, pimentão e outros tudo paulista.
Peço desculpas por esse desabafo, mas espero que concorde e também exponha sua opinião .
Faço a sugestão como um alguém que lidou com agricultura por tantos anos e acompanhou esses processos em cidades infinitamente menores que Santarém e nós (que alias arrotamos essa questão de agricultura familiar) mas, quase ninguém lhe concedem o devido valor e ficam sendo tratados como uns Zé-ninguém.