terça-feira, 29 de março de 2011

Ana Júlia não assinou convênio de manutenção do novo PSM



Alailson Muniz
Da Redação


Duzentos mil reais a mais no orçamento mensal. Esse é o valor que a prefeita Maria do Carmo afirma ser necessário para o pleno funcionamento do Pronto Socorro Municipal (PSM) de Santarém. O valor também deveria ser repassado pelo governo do estado ao município todo mês, desde o ano passado, quando quem ainda governava o Pará era Ana Júlia Carepa. A unidade de saúde foi construída pelo governo estadual e entregue ao município no ano passado. Para tentar conseguir a verba, a prefeita Maria do Carmo foi ao atual governador Simão Jatene e ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

"O governo do estado construiu o Pronto Socorro Municipal, mas infelizmente antes de Ana Júlia sair ela não assinou um convênio de manutenção de aproximadamente R$ 200 mil. Que esse é o teto que possibilita contratar mais médicos, mas também normatizar o atendimento aos 25 municípios daqui", disse Maria do Carmo durante entrevista coletiva na quarta-feira, 23.

A má funcionalidade do PSM fez com que a unidade de saúde se tornasse alvo de investigações do Ministério Público Estadual. Pacientes fazem denúncias quase todos os dias sobre o atendimento naquela unidade de saúde. O poder público municipal alega que o excesso de pacientes oriundos de municípios vizinhos é o grande responsável pelo transtorno nos atendimentos.

"Também pedi ajuda ao Ministro Alexandre Padilha e ao governo do Estado. Nosso desafio é gerir um serviço com qualidade tendo poucos recursos. Hoje, o PSM está sendo mantido com recursos do tesouro municipal. Ainda existem muitas pessoas que vêm do interior informalmente, sem a devida documentação de TFD (Tratamento Fora do Município) e nós é quem arcamos com as despesas. Com R$ 200 mil, poderíamos atendê-las melhor, pois nossos recursos próprios são escassos", falou Maria.

A prefeita Maria do Carmo diz ainda que não quer deixar de atender os municípios vizinhos e que quer apenas recursos suficientes para realizar os atendimentos com "respeito á saúde humana". "O nosso Hospital tem características regionais apesar de ser municipal. Não queremos deixar de atender os pacientes da região. Esse recurso (R$ 200 mil) seria o suficiente para se fazer isso", argumenta a gestora santarena.

A prefeita pediu também que fosse reajustada a verba enviada pelo governo do estado para a manutenção do Centro de Nefrologia, mantido pelo município. A verba é de R$ 75 mil que, segundo Maria do Carmo, não sofre aumento há cinco anos. A mesma quantia também é repassada pelo governo do estado para custear a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do PSM. Maria do Carmo também pediu que ela sofresse um acréscimo no repasse.

"Queremos continuar atendo toda a região, mas que remos fazer respeitando a condição humana e para isso precisamos de recursos. Pedimos ampliação da hemodiálise, que é de R$ 75 mil, mesma quantia há cinco anos. R$ 75 mil também são repassados para a UTI, hoje o estado é quem banca, vamos ver quem vai dar mais. Pedimos a ampliação da UTI de sete para dez leitos, pois ela é preparada para dez leitos. Nós temos todas condições de receber esses mais três leitos", argumentou a prefeita.

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