quarta-feira, 13 de abril de 2011

Faltam dados sobre acidentes de trabalho em Santarém

Aritana Aguiar
Repórter


A necessidade de obter informações sobre o índice de acidente de trabalho em Santarém fez com que o Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) tomasse a iniciativa de fazer um levantamento dos casos. O objetivo é obter informações sobre a quantidade de acidentes de trabalho no município para realizar projetos de prevenção aos acidentes. 

"O Cerest começou a fazer as notificações, está sendo ampliado para as nossas unidades de sentinelas que são aqui em Santarém e que são o hospital Municipal e Regional. O objetivo é saber sobre os acidentes de trabalho e de quê esses trabalhadores estão se acidentando, pra que nós possamos prevenir com qualidade", informou o coordenador do Cerest, Ronan Liberal Jr.
Em Santarém, a Previdência Social e a Gerência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego não têm como fornecer os dados de pessoas que sofreram acidente de trabalho. Para conseguir esse tipo de informação é necessário solicitar do INSS (Instituto nacional de Seguridade Social) de Belém para que talvez eles possam ter de forma necessária para quem precisa fazer avaliação.
Por causa dessa dificuldade em Santarém na obtenção de dados o Cerest se preocupou em começar fazer esse levantamento através dos hospitais. 

De acordo com Ronan "é para reduzir o número de trabalhadores acidentados com orientações, aquisição de equipamentos de proteção, diversos aspectos dentro dessa política. Estaremos estendendo essa política nos demais municípios e futuramente nós vamos ter esse levantamento de dados", afirma.

Sem morte

Em Santarém o gerente regional do Trabalho, Carlos Edilson Mattos, explica que em 2010 não houve mortes de pessoas por acidente de trabalho. "Quando acontece uma investigação é feita", explicou. Nesses casos alguns auditores de Belém, são enviados para fazer a investigação.
 
Carlos explica que é constante o número de pessoas que diariamente pedem informações sobre acidente de trabalho, a maioria dos trabalhadores é informal. "A carteira de trabalho não é apenas a garantia do empregado como também a garantia do empregador", explicou Carlos Edilson, acrescentando que quando ocorre um acidente de trabalho e o funcionário tem carteira assinada, fica segura para as duas partes quanto ao benefício a ser recebido. Pois nos casos que não há carteira assinada, há todo um processo judicial que o prejudicado tem que enfrentar. "Há um prejuízo muito maior para a empresa que não assina", concluiu.

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