terça-feira, 19 de abril de 2011

Pequenos hotéris enfrentam concorrência de grandes redes em Santarém


Aritana Aguiar
Repórter


A rede hoteleira tem crescido em Santarém. Bom para a economia local, mas com a vinda de mais três grandes hotéis para a cidade, os pequenos estabelecimentos podem fechar as portas. A previsão é feita pelos próprios empresários locais. O gerente comercial e eventos do Barão Center Hotel, Alexandre Prata, avalia que a introdução desses novos hotéis vai fazer com que o turista prefira pagar um pouco mais por um hotel com melhor qualidade e atendimento. "Se os hotéis de preços baixos não procurarem fazer algum investimento de melhoria poderão fechar", afirma.

O coordenador de projetos da Secretaria Municipal de Turismo, Aureo Roffé, informa que na parte do Centro Comercial de Santarém, haverá a construção de hotéis de modelo econômico. "Esse modelo não significa que será simples, terão a função de um de luxo, com qualidade, tecnologia, mas terá uma redução de custo operacional. Com a prestação de mais serviços indiretos do que diretos", explicou Roffé, acrescentando que essa baixa de custos refletirá no valor da diária.

Alexandre defende que com o serviço terceirizado os custos diminuem e que realmente é possível ter um hotel de qualidade com diária a preço mais baixo e isso é o que pode ocasionar o fechamento dos pequenos. "Por que as pessoas irão preferir pagar mais caro por um serviço melhor".

Segundo o coordenador de projetos, está previsto a vinda da rede Accor de Hotéis, na parte dos altos da Avenida Mendonça Furtado. "É um investimento de 8 milhões de reais, o projeto foi aprovado, mas está atrasado o início das obras". O outro investimento será bem no Centro Comercial, a Semtur ainda não tem autorização para divulgar o nome da empresa. "O prédio será de médio porte com 28 apartamentos", informou. 

O terceiro investimento será o complexo Alter do Chão, que deverá ser construído na confluência da Avenida Fernando Guilhon com a rodovia Everaldo Martins. O projeto inclui a construção não só do hotel, terá shopping, setor empresarial e também um centro para comportar um grande público para eventos.

Alexandre Prata avalia que um hotel não se pode preocupar apenas em ter quartos para os hospedes é necessário de outros agregados para manter o hotel sempre em hospedagem. No hotel que gerencia, ele explica que lá se agrega eventos com hospedagem. "Como o hotel é 98% para o público executivo sempre fechamos pacotes em que se hospedam e usam o salão para reuniões, encontros", informou ele, acrescentando que isso chama a atenção do cliente. Mas, alerta que um hotel não se pode ter somente eventos é necessário de outros tipos de agregados e atrativos.

O gerente reforça essa necessidade de que os hotéis precisam de outros espaços, até para aluguel de espaços. Apesar de Santarém está propicio para o setor hoteleiro, a população local necessita de espaços, que podem ser fornecido pelos hotéis, além disso, incluem restaurantes e piscinas, dentre outros.

Mas, o que preocupa em Santarém para a rede hoteleira é a falta de espaço suficiente para acomodar um grande público quando ocorrem congressos no município. "Não temos unidades habitacionais (quarto de hotel) suficiente para abrigar mais de 3 mil pessoas. Em Santarém, há aproximadamente 2.600 quartos de hotéis, esse é o problema", afirmou.

"Para uma cidade como Santarém que tem aproximadamente 270 mil habitantes, a quantidade de hotéis é o suficiente", assegura. No Fórum Pan Amazônico que ocorreu em novembro do ano passado, uma das preocupações da coordenação foi justamente o problema citado por Alexandre, a falta de locais para hospedar as pessoas que vieram de outros países para o Fórum.

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