terça-feira, 12 de julho de 2011

Coluna do Estado

Despreparo
A empresa Clean, que realiza a coleta de lixo em Santarém, teve dois de seus caminhões paralisados por problemas mecânicos. Foi o suficiente para a coleta de lixo deixar de ser feita em alguns bairros e até em Alter do Chão, como reclamaram os moradores durante a semana. Os veículos, visivelmente sucateados, não são trocados há anos. E o que é pior: a empresa se mostrou despreparada para uma situação de emergência. Tudo isso, apesar de possuir um contrato milionário com a prefeitura de Santarém, que possui uma das coletas mais cara do Brasil.

Herança maldita
Quem quiser se candidatar e porventura ser o próximo prefeito de Santarém, já tem com que se preocupar: uma dívida de R$ 68 milhões. É o montante da operação aprovada pela Câmara Municipal em sua última sessão do semestre. Além de ser parcelado o pagamento, a operação deverá ter um prazo de carência que ultrapassa os dois anos.

Intrafegáveis
Moradores de alguns bairros santarenos estão utilizando a interdição de ruas para chamar a atenção do poder público. Foi o que aconteceu nas avenidas Gonçalves Dias e Dom Frederico Costa durante esta semana. As duas vias públicas estão com trechos intrafegáveis e a paciência dos populares já chegou ao limite. Outras dezenas de ruas sofrem do mesmo problema: infraestrutura precária.

Praias tímidas
Quem quiser desfrutar das belezas naturais das praias santarenas durante as férias deste mês de julho terá se contentar com pequenas faixas de areia. A cheia do rio Tapajós ainda esconde grande parte das principais atrações turísticas dos municípios de Santarém e Belterra. Alter do Chão, Ponta de Pedras, Juá, Pajuçara, Aramanaí e Pindobal devem se apresentar com mais glamour e exuberância aos turistas durante o mês de agosto.

Lixo Fluvial
O problema do despejo de lixo doméstico diretamente nas águas dos rios Amazonas e Tapajós já se tornando crônico, mas pouco tem sido feito para amenizar ou mesmo reverter essa situação. Com o período de férias e aumento em mais de cem por cento do fluxo de viagens, o volume de lixo despejado em nossos rios aumenta consideravelmente. Não existem entidades que combatam essa violência ao meio ambiente ou muito menos ações afirmativas dos poderes públicos competentes.
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Publicado na edição desta semana de O Estado do Tapajós

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