quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Índios Kayapó paralisam obras na Br-163 e ameaçam derrubar pontes e queimar máquinas







Texto e foto: Folha do Progresso


Cerca de 100 índios lideres Mekrãgnoti, percorreram o trecho da rodovia BR-163, onde existem obras do DNIT e paralisaram todas as máquinas que estavam no trecho, realizando serviços para diversas empreiteiras.Os índios recolheram todas as chaves das máquinas e automóveis, (camionetes).

Os índios prenderam automóveis, que estavam sendo usados por funcionários das empresas, JM, Três Irmãos, Contern, Rodo Terra e os removeram até o pátio da sede da FUNAI do município de Novo Progresso.

A equipe do Jornal Folha do Progresso esteve no loca,l onde os líderes Kayapó estão reunidos e pode observar com tamanha seriedade que os líderes falavam na língua Guarany, no comando do chefe guerreiro "Douto", que comentou sobre uma tentativa de impedimento de apreensão das máquinas pelo gerente da Empresa Contern, que chamou os Policiais Militares e teve um bate-boca,. O guerreiro falou para todos que;, "se preciso for derramar sangue  irá derramar”.

Segundo o coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) Luiz Carlos Sampaio (CTL de Novo Progresso),  os índios reivindicam ações de compromissos firmados anteriormente pelo DNIT no comando do ex-diretor Luiz Antonio Pagot, que seriam as melhorias dos ramais   de acesso a TI Mekragnotire  e conclusão dos ramais TI Baú, Casa de Saúde e a Casa de Artesanato, que argumentam eles ser compromisso do Governo Federal através de seus representantes no município em meados de abril passado.

Os índios estão reunidos e se recusam ir até Brasília, ameaçam após (02)dois dias a contar de hoje(13), paralisar o trânsito na rodovia derrubando duas ou três pontes, e deixam o recado, caso as empresas movimentarem suas máquinas antes de uma solução positiva das reivindicações, afirmam que atearão fogo nas máquinas: “vamos queimar pontes, máquinas e só aceitaremos retrocesso, após o governo colocar as máquinas nos ramais e atender nossas reivindicações", afirma Douto, líder indígena.

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