quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Plebiscito - Debates esquentam nas redes sociais


A carência de recursos financeiros das frentes que comandam a campanha do plebiscito aliada ao sucesso das redes sociais no Pará, está provocando, na internet, um debate cada vez mais quente sobre a questão de dividir ou não o Estado para criar Carajás e Tapajós.

As principais trincheiras dos partidários dos dois lados são o twitter e o facebook. Milhares de mensagens sobre o tema são postados todos os dias e, não raro, ocorrem debates acalorados. 

A campanha do plebiscito nas redes sociais não chega a ter um comando organizado. Os perfis na internet foram surgindo de maneira espontânea, mas hoje têm total apoio das frentes que, oficialmente, comandam as campanhas.

Em geral, as páginas são usadas para troca de informações e rebate de argumentos contrários. Há espaço também para conversas bem humoradas entre os litigantes.

Morador de Santarém, o jornalista Miguel Oliveira é um dos mais atuantes no twitter. Não deixa comentários contra a divisão sem resposta. Ele usa o perfil pessoal para a campanha e conta que não planejou usar o twitter para a campanha. “Não há um movimento organizado. Foi surgindo do interesse das pessoas, dos simpatizantes da causa”.

DEBATE

Ele explica que a ideia é contestar argumentos contrários à divisão e esclarecer informação, segundo ele, mentirosas. “Têm gente difundindo muita mentira. Parece que vai ter um terremoto e que tudo vai acabar se o sim vencer”, diz. Para Oliveira, as redes sociais ajudam a desmistificar a ideia de que se trata de uma batalha entre marqueteiros. “Não são eles que vão decidir. Quem decide é o eleitor”.

Outro separatista que tem usado a rede para divulgar seus argumentos é o microempresário José Eduardo Vale, conhecido por ser autor do “blogdozedudu”. Ele mora em Parauapebas há 28 anos. “Tenho filhos aqui. Gosto dessa terra. A divisão é uma forma de tentar resolver o abandono que sofremos com a ausência do Estado. Aqui falta escola, saúde, saneamento”, justifica.

Vale diz discordar dos argumentos de que a divisão beneficiaria apenas a elite política local. “Essa história não prospera. Tanto que as pesquisas mostram que 84% dos moradores de Carajás são favoráveis à divisão e 74% são favoráveis no Tapajós. Uma das comunidades acompanhadas por Vale no facebook já tem 12,4 mil participantes.(Diário do Pará)

Um comentário:

Anônimo disse...

SE A EMANCIPAÇÃO SERÁ RUIM, PORQUE O GOVERNO NÃO QUER ENTREGAR O OSSO.

Do Carajás e Tapajós só querem as tais riquezas, as mesmas que receberam de presente há mais de 300 anos, sem precisar fazer nenhum esforço e pelas quais nunca trabalharam para que dessem frutos. E ainda chamam o povo de Carajás e Tapajós de usurpadores, interesseiros e aproveitadores, esquecendo que foram eles, não os paraenses "da gema", que verteram sangue, suor e lágrimas para desenvolver a região, apesar do abandono estatal histórico a que estiveram relegados. Bem, a educação no Pará é muito ruim e talves os paraenses ainda não tenham aprendido o real significado das palavras "usurpadores", "interesseiros" e "aproveitadores".