quinta-feira, 24 de março de 2011

Paysandu vence Cametá e conquista o 1º turno do Parazão


Paysandu vence e conquista o 1º turno do Parazão (Foto: DOL)



Foi emocionante. O Cametá jogou o que pôde, mas não conseguiu passar pelo Paysandu, que venceu o por 3 a 2 na noite desta quinta-feira (24), para um público de 13.450 torcedores que, ao final da partida, invadiram o gramado do estádio Leônidas Castro, a Curuzu, para comemorar o título do primeiro turno do Campeonato Paraense 2011. Agora o Papão joga na quarta-feira (30), às 21h50, contra o Bahia, no Mangueirão, pela segunda fase da Copa do Brasil
O Paysandu entrava em campo disposto a não deixar que a ‘zebra’ tomasse conta da Curuzu. Ninguém queria que uma derrota como a diante do Salgueiro (PE), pela Série C de 2010, se repetisse. Por isso, a ordem era encarar o Cametá como um adversário a ser batido, apesar da vantagem bicolor de poder perder por até um gol de diferença que, mesmo assim, levantava a taça do primeiro turno do Parazão.
Para tentar frear o Mapará, que jogava sem o zagueiro Tonhão, suspenso, o Papão estava com seu time completo. O lateral-direito Sidny, o zagueiro Ari e o atacante Rafael Oliveira foram liberados pelo departamento médico e formavam a equipe bicolor que iria tentar a conquista da Taça Cidade de Belém e, consequentemente, vaga na final do torneio e participação na Copa do Brasil de 2012.
1º TEMPO:
No início, pressão do Cametá. O clube interiorano precisava do resultado e, por isso, prendeu o bicola no campo de defesa nos primeiros 10 minutos. Ao dono da casa, restava sair na base do contra-ataque. Aos 15 minutos, o meio-campo Robinho soltou um balaço de fora da área. E de tanto tentar, eis que o gol cametaense saiu aos 19 minutos. O atacante Jaílson aproveitou sobra de defesa do goleiro Alexandre Fávaro e abriu o placar na Curuzu.
Mas não teve muito tempo para a festa da torcida do Mapará. Um minuto depois o atacante Mendes recebeu na entrada da área e chutou colocado, de fora da área, marcando um gol daqueles que paga o ingresso do torcedor: 1 a 1. O resultado igual fez com que a partida ficasse mais movimentada e emocionante. Aos 32 minutos, o atacante Rafael Oliveira aproveitou cobrança de falta e fez, de cabeça, o seu 15º gol na competição estadual: 2 a 2.
E quando todo mundo esperava um jogo fácil para o Paysandu, não é que o lateral-esquerdo Elton Lira fez falta boba e levou cartão vermelho? Com um a mais em campo, logo o Mapará empatou. Aos 39 minutos o lateral-direito Américo chutou de fora da área, a bola desviou na cabeça do zagueiro Ari: Papão 2 x 2 Cametá, placar do primeiro tempo.
2º TEMPO:
Para a segunda metade do embate, o técnico Sérgio Cosme fez uma substituição de volantes: saiu Alisson, para a entrada de Vanderson. O Paysandu jogava com apenas 10 jogadores e via o Cametá voltar para a partida com três atacantes: Balão, Jaílson e Leandro Cearense. Com isso, a pressão dos visitantes seria algo inevitável, o que aumentava a angústia da Fiel, que compareceu em bom número a Curuzu.
Apesar disso, o Clube de Suíço ainda conseguia ter diversas oportunidades. Em uma delas, aos seis minutos, Rafael Oliveira saiu na velocidade e chutou forte. A bola bateu rente a trave, enganando os torcedores, que já comemoravam o gol. Com a saída de Mendes para a entrada de Sandro Goiano, os bicolores tinham dificuldades para articular as jogadas de ataque.
A partir dos 20 minutos, o futebol começou a ser algo escasso. As ações de ambos os times se fixaram no meio-campo, com poucas oportunidades. O Paysandu esperava o apito final do árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva, enquanto que o Cametá não conseguia se aproveitar por estar numericamente com a vantagem. O torcedor só veio acordar aos 39 minutos, quando Rafael Oliveira saiu da marcação e quase marca.
Chegando perto do final do jogo, a Fiel, um total de 13.450 torcedores, já fazia a festa. Até que aos 48 minutos o volante Alexandre Carioca sai na velocidade e foi derrubado na área: pênalti. Rafael Oliveira correu, cobrou, e fez o seu 16º gol, se isolando na artilharia do Estadual. Final de jogo: Paysandu 3 x 2 Cametá, placar final. O Papão se sagrou campeão da Taça Cidade de Belém. (Gustavo Pêna, DOL)

Ficha Técnica:
Paysandu: Alexandre Favaro; Sidny, Hebert, Ari e Elton Lira; Alexandre Carioca, Billy, Alisson (Vanderson) e Alex Oliveira (Bryan); Rafael Oliveira e Mendes (Sandro Goiano)
Técnico: Sérgio Cosme
Cametá: André Luis; Américo, Gil, Rubran e Mocajuba (Balão); Wilson, Paulo de Tárcio, Robinho e Leandrinho (Romeu); Leandro Cearense, Jaílson e Gil (Cassiano)
Técnico: Fran Costa
Local: Estádio da Curuzu - Belém (PA)
Cartão amarelo: Elton Lira, Alisson e Mendes (PSC). Paulo de Tárcio, Jaílson, Romeu, Cassiano, Gil e Wilson (CAM).
Cartão vermelho: Elton Lira e Rubran (CAM).
Renda: R$ 253.420 mil
Público pagante: 12.103 torcedores
Público total: 13.450 expectadores
Arbitragem: Dewson Fernando Freitas da Silva
Auxiliares: Lúcio Ipojucan Ribeiro da Silva Matos e Eronildes Sebastião Silva

A revolta no grande projeto

Lúcio Flávio Pinto

Duas das maiores obras em andamento no Brasil foram paralisadas na semana passada. Se fossem localizadas no sul do país, a grande imprensa nacional certamente daria o destaque compatível com a gravidade do acontecimento. Mas como os fatos se deram em Rondônia, no extremo oeste, o noticiário foi pequeno e insatisfatório.

Quando concluídas, as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, terão absorvido em torno de R$ 30 bilhões, um custo equivalente ao da hidrelétrica de Belo Monte, que, se for construída mesmo, será a segunda maior do mundo – ao menos em capacidade nominal de geração de energia.
Como a usina do rio Xingu, no Pará, as duas barragens estão sendo levantadas depois de provocarem extensos e apaixonados debates sobre a inconveniência de colocar duas estruturas de concreto sobre o leito do rio que mais contribui em águas e sedimentos para o maior curso d’água do planeta, o Amazonas.

Três anos depois de iniciadas, as duas obras seguem uma tramitação acidentada e conflituosa. Desde 2009 seus operários fazem manifestações de protesto e reclamam dos salários, dos maus tratos e das condições de trabalho. A tensão veio num crescendo. Mas ao assumir sua forma mais grave, no dia 13, surpreendeu a todos por sua extrema violência.

Em dois dias de depredações, o canteiro de obras de Jirau foi quase todo destruído e os empregados, desmobilizados. Por cautela, os responsáveis por Santo Antônio, rio abaixo, decidiram também parar. Quase 30 mil pessoas empregadas nas duas obras tiveram que suspender suas atividades.

Incidentes têm sido uma constante nos “grandes projetos”. Houve quebra-quebra em Tucuruí, no Jari, no Trombetas ou em Carajás. Mas nada na escala do que aconteceu no Madeira. Nem com as características que ali elas assumiram. Os operários estavam insatisfeitos e até revoltados, mas a esmagadora maioria ficou fora dos atos de destruição, principalmente através de incêndios provocados. Muitos ficaram apavorados com o que viram e preferiram voltar aos seus locais de origem.

Segundo os responsáveis pela segurança no canteiro, os líderes das hostilidades adotaram uma tática original: atacavam e depois se escondiam no mato próximo. Os representantes sindicais não aprovaram a virulência empregada. A polícia foi violenta, mas não eficiente: não só não evitou a destruição como não chegou a identificar os que a provocaram. A decisão de desmobilizar a frente de trabalho também surpreendeu. Aparentemente, as autoridades e a empresa se sentiram impotentes para prevenir, remediar e reassumir o controle da situação o mais rápido que fosse possível.

Um incidente tão grave, a ponto de paralisar por completo as obras, contrastou com o ritmo intenso dos serviços até então. Os concessionários das duas usinas manifestaram a disposição de investir dois bilhões de reais além do orçamento definido para aumentar a capacidade de geração de energia e antecipar os prazos do cronograma. Jirau pretendia entrar em operação em setembro de 2015, mas o consórcio Energia Sustentável já trabalhava com a data de março do próximo ano. Em relação à estimativa original, o custo atualizado quase dobrou, para R$ 29,4 bilhões.

As modificações feitas na concepção que foi aprovada pelo governo para a outorga das duas concessões parecem determinadas por um fator fundamental: a subestimação dos custos. O consórcio que ganhou o leilão de Jirau se comprometeu com um deságio de 35% em relação ao preço mínimo fixado. Terá que oferecer energia a R$ 71 ou R$ 78 por megawatt/hora.

No último leilão promovido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), no final de dezembro do ano passado, o preço do MWh ficou em R$ 67,31, o mais baixo de todos os leilões de energia nova já realizados. E nem toda a energia ofertada foi arrematada.

Surpreendentemente, porém, a concessão da hidrelétrica de Teles Pires, a primeira das cinco usinas previstas para o rio Tapajós, também no Pará, foi obtida pelo consórcio Teles Pires Energia Eficiente por apenas R$ 58,35 o MWh, com deságio de 33% em relação ao valor mínimo estabelecido.

Certamente a redução teve a ver com a disputa pela concessão, já que, no mesmo dia, o vencedor da licitação para a usina de Santo Antônio, no rio Jari, ainda no Pará, ficou no preço mínimo, de R$ 140 (por se tratar de uma hidrelétrica de baixa capacidade, de apenas 300 MW), sem qualquer deságio.

O que se pode deduzir de fatos desconexos ou aparentemente irracionais é que o governo abriu uma frente de construção de hidrelétricas tão vasta e pesada na Amazônia que não consegue mais controlá-la. Às vezes sequer se pode discernir as informações exatas para uma avaliação segura e confiável do que ocorre.

Os consórcios que constroem as duas usinas do Madeira, porém, não desconhecem seus desafios e o significado do que estão fazendo. Não por acaso assinaram os dois maiores contratos de seguro em vigência no Brasil, no valor de quase R$ 17 bilhões. Os seguros incluem as fases de construção e operacional, além dos lucros cessantes por interrupção do negócio, como deve ser o caso dos incidentes em Jirau (calcula-se um prejuízo operacional diário de R$ 500 mil, fora os danos no canteiro). Os custos bilionários das duas usinas não incluem os juros durante a construção, as obras de transposição das duas barragens (pelo menos R$ 700 milhões) e as linhas de transmissão de energia.

Para alguns desses itens, é muito provável que o governo federal seja chamado a dar mais uma “colaboração”, que poderá crescer em função de ocorrências como a depredação do canteiro de Jirau. O incidente se transformou em caso de segurança pública (e pode ser um rastilho de pólvora numa região sempre conturbada, cuja condição a imigração intensiva nos últimos três anos agravou bastante).

O esquema societário dos consórcios que receberam as concessões é um fator de indução a esse desdobramento. Uma empresa estrangeira ou uma empreiteira têm o controle do capital, com mais de 50% das ações. Empresas estatais, do sistema Eletrobrás, fazem grande aporte de capital, subsidiadas pelo BNDES (que, em função das vultosas transferências feitas pelo tesouro nacional, se tornou maior do que o Banco Mundial), e agentes financeiros internacionais completam a quadratura do círculo.

Não surpreende que, enfrentando muitas e múltiplas reações, as obras das grandes hidrelétricas avancem como se quisessem resolver suas dificuldades com seus bulldozzers. Dispostas a passar por cima de quem estiver na frente. Os acontecimentos de Rondônia, porém, indicam que a barreira a superar é bem maior do que se presume.

Preso sargento PM suspeito de planejar assalto ao Banpará em Santarém

A Polícia Civil de Santarém, ao comando do delegado Silvio Birro, prendeu hoje o sargento PM Ed Carlos Ferrão Rebelo, suspeito de planejar o assalto à agência do Banpará, em Santarém no dia 3 de agosto.

Até o momento, com prisão do sargento três acusados de participarem do assalto já foram presos pela polícia.

Hoje, também, a Polícia Federal prendeu um filho do sargento Ed Carlos portando munição 9mm e 0.40 mm, carregador de pistola e balaclaves. 


O patrimônio do sargento levantou suspeita porque o policial possui carro, cinco motocicletas e uma loja em Santarém.

Em visita a Manaus, Schwarzenegger defende ambientalismo ‘sexy’

Preocupação com o planeta não pode vir por sentimento de culpa, disse.
Ex-governador confundiu Brasil com México e comentou vídeo de carnaval.

Dennis Barbosa  
Do Globo Natureza, em Manaus - o repórter viajou a convite da Seminars
O ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger defendeu nesta quinta-feira (24), em visita a Manaus (AM), que a ideia de se preocupar com o meio ambiente seja tornada de forma mais “sexy”. O artista está no Brasil para o Fórum Mundial de Sustentabilidade, um evento de discussão de questões ambientais voltado a empresários.


Schwarzenegger alfinetou o Prêmio Nobel da Paz Al Gore ao dizer que a “filosofia Al Gore” de fazer as pessoas se sentirem mal por “andarem num carro grande, usarem uma hidromassagem ou assistirem a uma TV grande de LCD”, gastando muita energia, não traz resultado. O que funciona, disse, é “tornar sexy a ideia de ser verde”. “Temos que apaixonar as pessoas” pelo tema, defendeu.

O ex-governador da Califórnia lamentou que nos EUA republicanos e democratas não cheguem a um consenso para tornar a economia do país mais sustentável. “Estão numa briga sem fim”, queixou-se. Em seguida, destacou medidas ambientais que tomou como governador, como a
aprovação da construção de plantas de energia solar com capacidade de 7 mil megawatts. “A Califórnia está construindo de longe as maiores usinas solares e ponto final”, disse.


‘Delegação mexicana’

Ao pedir aplausos para o ex-governador e atual senador amazonense Eduardo Braga, o “exterminador” cometeu um ato falho, confundindo o Brasil com o México. Ele disse que Braga havia estado nos EUA liderando a “delegação mexicana” num encontro internacional de
governadores, mas prontamente se corrigiu.


arnold (Foto: Dennis Barbosa/ Globo Natureza)Schwarzenegger fala a jornalistas em Manaus, ao lado do diretor de 'Avatar', James Cameron. (Foto: Dennis Barbosa/ Globo Natureza)
 
Schwarzenegger falou a jornalistas ao lado do diretor James Cameron, com quem visitou na quarta-feira (23) o município de Altamira, no Pará, onde será construída a usina de Belo Monte. Ele contou que conversou com índios da região e que teve um “dia muito educativo”. Não chegou a condenar diretamente a megaobra, mas observou que “tem que saber como fazer” para aproveitar a energia proveniente dos rios.
Cameron comentou que o crescimento econômico brasileiro é notável, mas que “se não for sustentável, é uma casa construída na areia”.

Perguntado sobre um vídeo bastante acessado na internet em que ele mostra o carnaval carioca, o ator e político disse que se divertiu muito gravando o material. “Gostei tanto do carnaval e do Rio de Janeiro, que trouxe minha mulher e meu cunhado”, contou. Tentando voltar à temática ambiental, acrescentou que pensou como se poderia absorver a energia de todos aqueles corpos em movimento para abastecer “o mundo todo”.

“Vou dizer ‘hasta la vista, baby’ a todos os problemas com os combustíveis fósseis. E direi eu voltarei (‘I´ll be back’)”, brincou.

China: espelho partido


Lúcio Flávio Pinto

A China cresceu a uma taxa média anual de 10% entre 2006 e 2010. A previsão é de que cresça menos no qüinqüênio de 2011/2015: 7%. No ano passado o salário mínimo no país subiu 20%. Crescerá mais 19% a partir de abril. Mas ao anunciar o novo plano qüinqüenal, no início do mês, o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao, não usou nenhuma expressão superlativa. Admitiu, pelo contrário, que o desenvolvimento da segunda nação mais rica do mundo “não é bem balanceado, coordenado nem sustentável”.
Prometeu enfrentar as três distorções combatendo a inflação, aumentando o consumo doméstico (com a introdução de um índice de “felicidade” no planejamento), incentivando a agregação de valor à produção interna, reduzindo a dependência das exportações e o peso dos investimentos, que leva o governo a se endividar cada vez mais – e o que também influi sobre a corrupção “desmedida” nos órgãos públicos, outro alvo prioritário.

Os chineses terão menos energia de fontes fósseis (a participação de energia limpa na matriz deverá passar de 8,3% para 11,4%), enquanto a participação do investimento em pesquisa e desenvolvimento subirá de 1,8% para 2,2% do PIB. Dentre seus projetos estão a conservação e pesquisa de novas fontes de energia, proteção ambiental, biotecnologia e veículos movidos a energia alternativa. O objetivo dessa nova linha de ação será para garantir que as pessoas “estejam contentes com suas vidas e empregos, a sociedade esteja tranqüila e ordeira e o país desfrute de paz e estabilidade de longo prazo”.

Pode ser que boa parte dos compromissos e metas anunciados pelo primeiro-ministro chinês no seu discurso de três horas perante o Congresso Nacional do Povo, em Pequim, seja pura retórica. Mas mesmo que tudo seja levado a sério, o desafio é tão vasto quanto a própria China. O “milagre chinês” se sustenta em suas reservas internacionais, de três trilhões de dólares, 10 vezes maiores do que as do Brasil e do tamanho de todo o nosso PIB nacional.

A reserva é a base desse crescimento estupendo, mas é uma base frágil porque se mantém pela troca permanente de dólares obtidos através da exportação em yuans que são retidos pelo governo, graças ao seu poder político. Mecanismos de mercado são combinados com instrumentos de coerção próprios de uma ditadura. Até quando esses termos antitéticos poderão ser mantidos? Eles produzirão uma síntese ou uma crise, cujo abalo não guardará a menor relação com o que o mundo já viu nos últimos tempos.

Lula garantiu aos líderes chineses que reconheceria a China como uma economia de mercado. Sua sucessora já viu que a declaração é apenas mais um exemplo grave do tamanho da garganta do seu antecessor, cuja retórica se inspira nas circunstâncias do seu uso e não na sua procedência e fundamentação. A China é um grande referencial que cumpre ao Brasil observar e levar na devida consideração. Tanto porque comete alguns erros semelhantes como porque a China já é o seu maior parceiro comercial, uma das fontes da afluência nacional de hoje e do efeito Orloff de amanhã.

Lançamento indevido do IPTU

José Olivar

Os contribuintes continuam se aglomerando na Secretaria de Finanças pedindo revisão nos lançamentos do IPTU, onde o Secretário, Dr. Edimilson dos Santos tenta solucionar os impasses. 

Deve-se lembrar que a exigência do IPTU obriga existir na área onde o terreno está situado: meio fio, canalização de água pluvial, abastecimento de água, sistema de esgoto sanitário, iluminação pública com distribuição familiar, além de escola a menos de 3 km do imóvel tributado. 

Se existir somente um desses melhoramentos, o IPTU não pode ser cobrado. Assim diz o art. 9º, § 2º, I a V, do Código Tributário do Município.

Contraponto - A coluna semanal de Alailson Muniz


No jornal O Estado do Tapajós, que está nas bancas:

Juruti embaçada
A multinacional Alcoa chegou a um patamar do projeto em que apenas administração a extração de bauxita, reduzindo em grande parte os gastos que se refletem em investimentos no município de Juruti. Tudo normal. Mas os empresários não vêm assim e cobram mais dinheiro circulando na cidade. Eles poderiam cobrar também do prefeito mais transparência sobre os royalties que a empresa paga para o tesouro municipal. Em que é gasto? Quanto entra em caixa? Quais obras do governo municipal bancadas com o dinheiro atualmente?

Prainha abandonada
O município de Prainha está no total abandono. A cidade parece que não tem sorte para prefeito. Sérgio Pingarilho está voltando as costas para a infraestrutura da cidade. As ruas não existem mais e deram lugar a verdadeiras crateras. Algumas com mais de três metros de profundidades, o suficiente para engolir um carro de grande porte. A saúde também não agrada e muitos doentes têm de deixar a cidade para não morrer por falta de atendimento. O caos é total.

PM esclarece
O comando da Polícia Militar de Santarém enviou esclarecimento à coluna sobre a nota "Porte de arma" publicada neste espaço na edição passada deste semanário. Em relação ao caso que aconteceu na vila de Curuaí, envolvendo soldados da PM, a nota diz que as providências estão sendo tomadas pela Corregedoria da Polícia Militar. Diz também que "nenhum militar está autorizado a portar armas em locais públicos ou festas se não estiver no estrito cumprimento de serviço". "Qualquer situação que venha a atentar contra a segurança pública, mesmo as praticadas por policiais militares devem ser denunciadas para que as devidas providências sejam adotadas", diz o texto do documento.

Contas no TCM
Evaldo Gomes Bacelar, responsável pelo Fundo do Desenvolvimento da Educação e Valorização do Magistério - FUNDEB de Monte Alegre, exercício de 2007, tem quinze dias para apresentar defesa de suas contas ao Tribunal de Contas dos Municípios. Heriana dos Santos Barroso também está na mesma situação. Ela respondia pelo Fundo Municipal de Educação de Juruti, exercício de 2008.

Homenagem
O vice-governador do Estado, Helenilson Pontes, receberá o troféu "Padre Basile Moreau", condecoração do Colégio Dom Armando, no próximo dia 24. Helenilson é ex-aluno do educandário. O Troféu é uma forma de reconhecimento por serviços prestados à sociedade de Santarém e do oeste do Pará e há cinco anos é entregue a personalidades santarenas.

Dia da Floresta
O governador Simão Jatene decretou o dia 17 de julho como sendo o "Dia de Proteção à Floresta Amazônica". Jatene também sancionou leis que declaram como integrantes do patrimônio cultural de natureza imaterial do estado do Pará, o Círio de São Francisco de Assis, padroeiro de Monte Alegre; a Festividade de São Sebastião do Arapixi, no município de Chaves; e o ritmo Guitarrada.

Aveiro
O Tribunal Regional Eleitoral marcou para o dia 5 de julho as eleições para prefeito no município de Aveiro. A cidade é governada atualmente pelo presidente do poder legislativo após a cassação da ex-gestora Maria Gorete Xavier.

Sinal dos tempos
As águas dos rios Tapajós e Amazonas não chegaram nem perto, até o momento, dos índices registrados no ano passado. Quem conhece a região aposta que a seca será bastante preocupante. Já se vê que o calor é intenso e poucas chuvas caem sobre a cidade. Deve ser um sinal.

Dupla perigosa
A dupla de estelionatários, denunciada em primeira mão aqui na coluna, já começa a aparecer na mídia santarenense: em pelo de cordeiro é claro. A situação se agrava mais ainda, pois agora dizem que não temem a ninguém e que 'mandam na Polícia Civil'. Ventilam aos quatro cantos o caso de um delegado que foi teria sido subornado por eles para colocar droga na bolsa de um rapaz para forjar uma prisão. A Polícia Federal acompanha o caso de longe.

II Torneio Esporte na Cidade reúne 140 atletas em Porto Trombetas








Das salas de aulas para as quadras, 140 atletas de sete a 16 anos serão os participantes do II Torneio Esporte na Cidade. O evento esportivo será realizado nos dias 26 e 27 de março, no ginásio do Mineração Esporte Clube, em Porto Trombetas. A iniciativa faz parte do Projeto Esporte na Cidade, patrocinado pela Mineração Rio do Norte via Lei Federal de Incentivo ao Esporte e realizado nos municípios de Terra Santa e Faro pela OSCIP (Organização Social de Interesse Público) De Peito Aberto. Ao todo, são 500 crianças e adolescentes estudantes da rede pública de ensino beneficiados pela iniciativa, que conta ainda com o apoio das prefeituras dos municípios onde é realizada.
O Projeto Esporte na Cidade foi lançado na região em setembro de 2010 e oferece aulas monitoradas de modalidades esportivas a crianças e adolescentes estudantes de escolas públicas de Terra Santa e Faro. Para participar, os atletas têm o compromisso de manter as notas na escola em dia. Além do apoio de professores de educação física, contam com acompanhamento de uma psicóloga e uma fisioterapeuta.
Para José Haroldo Paula, gerente de Relações Comunitárias da MRN, o projeto Esporte na Cidade faz parte do compromisso da MRN com a Responsabilidade Social. “A Atuação da MRN em Responsabilidade Social inclui quatro pilares, entre eles, a saúde. Nesse projeto, a proposta é de realizar atividades multidisciplinares assistidas por profissionais que acompanham atividades com foco em saúde e qualidade de vida”, afirma.
A primeira edição do Torneio Esporte na Cidade foi realizada ainda em 2010, na cidade de Terra Santa. As disputas contam com a presença de alunos de Terra Santa, Faro e Porto Trombetas, sendo os últimos como convidados.(Fonte: MRN)

Contraponto: O CT do São Francisco

Bruno Moura - Vice -Presidente do SFFC 


Caro Miguel Oliveira: 

Lançamos o projeto do CT nesse fim de semana e com ele colocamos em jogo também a credibilidade da atual diretoria do clube. Sei, que muitos, como você, duvidam da construção do Centro de Treinamento e Lazer do São Francisco. Sem dúvida é mais um grande desafio e pode anotar ai: nós iremos sim contruí-lo, por etapas. A contrução de um campo de futebol é a primeira delas, juntamente como área para uso do sócio (um pequeno campo e área para restaurante). Depois outras etapas virão.
A idéia de contrução do CT iniciou durante o ano passado quando o São Francisco, depois de 10 anos voltou ao futebol profissional. Na época tinhamos zagueiro campeão brasileiro, meia campeão paraense, o melhor goleiro do estado, os melhores jogadores da região , uns pagos com dinheiro de patrocinadores e outros com a colaboração de alguns azulinos. Mas não tínhamos Miguel o principal para um clube disputar qualquer competição: um campo de futebol para os treinos, tendo que alugar os campos disponíveis na cidade, ora em um lugar ora em outro. Não tínhamos ônibus do clube para levar e trazer jogadores. Não tínhamos onde alojar jogadores que vieram de fora, tendo assim que pagar altos valores em hotéis ou casa alugada. Não tínhamos refeitório e por isso também pagamos altos valores em restaurantes da cidade. Tivemos muitas dificuldades. Encaramos aquele desafio e cummprimos o que prometemos que foi resgatar o futebol franciscano. Pena que dentro de campo não conseguimos avançar. Seus colegas de profissão em Belém lamentavam na época a saída do clube que melhor se organizou na competição
Temos também, Miguel, que ter um espaço para dar condições às categorias de base para formar jogadores que no futuro podem dar ao clube não só suas vidas em campo, mas também lucros com a venda destes. Sem um CT isso não será possível.
Interessante deixar claro que hoje temos sim jogadores em plena atividade. Nosso time sub 17 está jogando o Campeonato Santareno. Não vamos contratar jogador profissonal agora, já que a Segundinha só começa em Outubro. Até lá vamos trabalhar duro para que o primeiro campo do SF esteja pronto.
A campanha proposta por você em breve conversa ontem ja está acontecendo. A campanha sócio torcedor está em plena atividade e todo recurso dela será empregado no Departamento de Futebol.
Então Miguel a idéia é essa: construir imedatamente um espaço para dar condições e estrutura ao futebol profissional e às categorias de base.
Foi exatamente por falta de estrutura que o atual campeão brasileiro Muricy Ramalho deixou o Fluminense.
Um grande abraço e estamos abertos às sugestões .

Jader peticiona ao STF para assumir mandato de senador pelo Pará

Tão logo seja publicada a decisão do STF que vetou a aplicação da lei do ficha limpa nas eleições de 2010 o ex-deputado Jader Barbalho ingressará com petição junto ao próprio Supremo para assumir o mandato de senador pelo Pará conquistado com 1.800 mil votos.

Quem dá a notícia é o próprio Jader, em seu site na internet.