quinta-feira, 30 de junho de 2011

Silval vai a Rússia e China; grupo pode investir em ferrovia Nova Mutum-Santarém

Um grupo empresarial chinês, com tecnologia e grande expertise em ferrovias, poderá investir em uma linha férrea ligando Nova Mutum a Santarém (PA). A informação foi dada pelo governador Silval Barbosa, ontem à tarde, durante coletiva. O governador anunciou que vai a Rússia e, posteriormente, a China, dialogar com possíveis investidores e convidá-los para conhecer o Estado. Ele embarca esta tarde.
"Recebi uma proposta de um grupo chinês, que tem interesse em conhecer o projeto que começamos a elaborar, da ferrovia entre Nova Mutum a Santarém. Tem empresários da China, com expertise, tecnologia, além de empresas ligadas ao governo chinês, com intenções de investir no Brasil", falou. O grupo ao qual se refere Silval, já seria detentor de 90.000 km de ferrovias no país asiático. "Estou indo conhecer o grupo e fazer o convite para que eles venham a Mato Grosso, conhecer as possibilidades de investir aqui e no Pará", falou.
Com o governo russo, Silval vai tratar de outra possibilidade de parceria. O estado estaria com intenções de adquirir equipamentos com tecnologia moderna de monitoramento, para montar um centro integrado de operações na capital e nas regiões pólo. Em contrapartida, seriam doados a Mato Grosso veículos equipados com sistema de monitoramento via satélite, para fronteira.

Para ser feito escoamento da safra, produção madeireira, carne e demais produtos do Médio Norte (Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop, Alta Floresta e demais cidades) via porto de Santarém (PA), está na reta final a pavimentação da BR-163. As obras, da divisa de Mato Grosso até a cidade paraense iniciaram há cerca de 2 anos e a previsão é de conclusão no final de 2012, de acordo com o DNIT.
Ainda no setor de ferrovias, o governo federal está concluindo projetos para iniciar a Ferrovia Centro-Oeste, ligando Goiás e Mato Grosso a Porto Velho, em Rondônia, onde tem porto, também para escoar a produção. Lucas do Rio Verde terá um terminal de cargas - previsão de ser construído até final do ano que vem. (Fonte: Só Notícias/Editoria e Marcio Uhde, de Nova Mutum (foto:Só Notícias)

Santarém, 350 anos. Edição Especial de O Estado do Tapajós em PDF

Debate na UFPA sobre redivisão do Pará


Acompanhe no portal da UFPA o debate que está sendo realizado em Belém sobre a proposta de redivisão do Pará.

Clique aqui.

As principais declarações dos participantes você acompanha pelo twitter do Blog do Estado, clicando aqui.

Projeto “Garoto Nota 10” da PM é exemplo em Santarém



O projeto social de destaque é o “Garoto Nota 10” que funciona no quartel do 3º Batalhão de Polícia Militar em Santarém e no destacamento do município de Belterra. O Objetivo é retirar as crianças da ociosidade e ensinar um esporte saudável a elas que totalizam 260 crianças atendidas em Santarém e mais 160 em Belterra.

A faixa etária do público atendido é de 06 a 12 anos, mas para participar do projeto não adianta somente querer jogar bola, pois todos os participantes passam frequentemente por avaliações e investigação de como estão às notas na escola para poder continuar sendo o “Garoto nota 10”, pois aqueles que apresentam notas baixas ou desinteresse pelos estudos não permanecem frequentando as aulas do projeto. 

Esse método de trabalho, segundo relatos dos pais das crianças ajuda muito para que os filhos tenham sempre um grande empenho na escola, pois se esforçam para não correr o risco de deixar de frequentar as aulas de futebol.

O projeto tem 13 anos em Santarém tendo como coordenador o 1º sargento Leôncio Rêgo e em Belterra completa um ano coordenado pelo cabo Odair José.(Fonte: Ascom/CPR-1)

Como serão controladas as doações no plebiscito?

 
Separatistas e antisseparatistas, favoráveis e contrários à divisão do Estado do Pará estão numa grande expectativa sobre um ponto especial - para não dizer especialíssimo, fundamental - da resolução a ser editada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para estabelecer as regras do plebiscito que decidirá sobre a criação de duas novas unidades federativas - Tapajós e Carajós.
 
Ninguém sabe, até agora, como é que a Justiça Eleitoral vai controlar os gastos das campanhas que comitês e partidos deverão desencadear nos 45 dias anteriores ao plebiscito, que ocorrerá provavelmente em dezembro. E os gastos, concordam separatistas e antisseparatistas, serão milionários, porque não apenas interesses políticos vão predominar nesse debate. Além deles, os interesses econômicos serão de dimensões, digamos, amazônicas. E não faltará quem se coce para despender os tubos, seja para a campanha em favor da divisão, seja para manter o Pará íntegro.
 
Alguns parlamentares ouvidos pelo Espaço Aberto consideram que a questão das contribuições financeiras para a campanha está envolta numa espécie de penumbra legislativa. Isso porque, muito embora o plebiscito tenha um caráter eleitoral, daí ser organizado pela própria Justiça Eleitoral, há particularidades que o diferenciam de um pleito que elege candidatos para vários cargos eletivos.
 
No caso de uma eleição, o fim precípuo da lei é garantir a equidade na disputa entre candidatos individualmente considerados, muito embora eles representem partidos políticos. Mas no caso de um plebiscito, não haverá eleição de ninguém, e sim a decisão de dividir ou não dividir um Estado. E os participantes da campanha serão partidos políticos e comitês que legalmente se constituírem para defender a divisão.
Como vai rolar - aliás, já está rolando, na moita - muito dinheiro nessa parada toda, caberá à Justiça Eleitoral botar o dedo no suspiro para controlar a gastança, de um lado e de outro. E mais do que isso: será necessário estabelecer regras transparentes que permitam a identificação das fontes de doação.

Tudo isso deverá estar perfeitamente claro na resolução que o Tribunal Superior Eleitoral, não se sabe ainda quando, vai editar.(Espaço Aberto)

Pesquisa traça perfil dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativa em Santarém

Edna Nunes

O Programa de Promoção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes em Instituições Assistenciais e Judiciais do Estado do Pará (Pró-DCA), coordenado pelo Instituto Universidade Popular (Unipop) e financiado pela União Europeia, apresenta amanhã, em Santarém, o resultado de uma pesquisa que mapeou o perfil dos adolescentes que cometeram atos infracionais e cumprem medidas socioeducativas no município.

A apresentação dos dados será feita pelo coordenador do Pró-DCA, Max Costa, durante o “Seminário Regional Adolescentes - Direitos em  risco: um olhar sobre o atendimento socioeducativo no município de Santarém”, que acontece neste dia 1º, das 15 às 18 horas, no auditório da Faculdade Integrada do Tapajós (FIT).

Além dele, foram convidados para o evento a juíza Josineide Medeiros, da Vara da Infância e da Juventude, a secretária municipal de Trabalho e Assistência Social, Ana Elvira Teixeira, o promotor da Infância e da Juventude do Ministério Público do Estado, Mauro Moraes, a gerente do Centro Socioeducativo do Baixo Amazonas (Ceseba), Alcidea Teixeira e a mestra em Serviço Social, Jandira Silva.

Pesquisa – De acordo com os dados da pesquisa que serão divulgados, 33% dos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em Santarém são reincidentes e quase 60% revelaram envolvimento com drogas. Entre os entrevistados, 100% sequer concluíram o ensino fundamental e 78% não têm conhecimento de seus direitos. A pesquisa mostrou, ainda, que dentre os atos infracionais destacados na pesquisa, aparecem assalto/roubo (55%), tentativa de homicídio (22%) e latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte (11%). 

Segundo Max Costa, a pesquisa apontou ainda que no Estado do Pará, incluindo em Santarém, nenhuma unidade de atendimento socioeducativo atende aos parâmetros do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), que normatiza o cumprimento de medidas socioeducativas no país. “É preciso que a sociedade civil se mobilize e pressione o poder público, para que os adolescentes sejam vistos como sujeitos de direitos, como estabelece o Sinase”, afirma.

A pesquisa ouviu 20% do universo dos meninos e meninas que estão internados ou em semiliberdade em Santarém, no período de outubro de 2010 a março de 2011. Além deles, foram entrevistados os familiares dos adolescentes e os servidores e gerentes das unidades de atendimento socioeducativo. A pesquisa analisou, ainda, o prontuário dos jovens e foram preenchidos roteiros de observação sobre a estrutura dos espaços onde os adolescentes cumprem a medida.

O Pró-DCA é uma iniciativa que pretende contribuir para a garantia de direitos e enfrentamento a todas as formas de violência contra crianças e adolescentes no Brasil. A partir dele, a Unipop deseja fortalecer a cooperação e a articulação entre organizações da sociedade civil, comunidades e órgãos públicos do Estado do Pará, para a efetivação do Sistema de Garantia de Direitos e redução de todas as formas de violência contra crianças e adolescentes, sobretudo, das que estão sob a tutela do poder público.

Coordenado pela Unipop, o Pró-DCA é financiado pela União Européia e Christian Aid e conta com a parceria da SDDH, Sódireitos, Movimento República de Emaús, Cedeca/Emaús, Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente no Pará (Cedca), Fórum DCA e Famcos.