quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Bolsa-Verde vai beneficiar mais de 4 mil famílias no Oeste do Pará


O programa de Apoio à Conservação Ambiental, o “Bolsa Verde”, sancionado no último dia 17 de outubro pela presidenta Dilma Rousseff, beneficiará, inicialmente, 4.073 famílias assentadas no Oeste do Pará, que terão acesso a repasses trimestrais de R$ 300, cada uma. A Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Oeste do Pará irá coletar as assinaturas dos termos de adesão por parte dessas famílias selecionadas para o programa, que integra o Plano Brasil sem Miséria.

A assinatura dos termos de adesão iniciou nesta quinta-feira (20) pelo Projeto Agroextrativista (PAE) Tapará - Município de Santarém -, onde 274 famílias estão no rol de beneficiárias. A primeira etapa do cronograma elaborado pelo Incra prevê a coleta de assinaturas em mais nove assentamentos nos municípios de Santarém, Alenquer, Curuá e Óbidos.

As 4.073 famílias assentadas e ora apontadas no perfil de beneficiárias do programa “Bolsa Verde” no Oeste do Pará residem em 20 Projetos Agroextrativistas, modalidade de assentamento ambientalmente diferenciado, que privilegia populações tradicionais e a preservação da biodiversidade. O PAE Lago Grande, Santarém, é o projeto com maior número de famílias para a assinatura dos termos de adesão: 1.531.(Ascom/Incra)

Um debate civilizado sobre a redivisão do Pará


Bem diferente das baixarias a que estamos, infelizmente, assistindo nesse período pré-plebiscito, o Blog do Estado reproduz o início de um debate interessante travado pelo produtor cultural Paulo Cidmil e a presidene do Idesp, Adelina Braglia.

Clique nos links abaixo e tire suas conclusões.

Paulo Cidimil: Nossas diferenças nos complementam e nunca poderão ser motivo de nossa separação.


Adelina Braglia: Quero que se a divisão for aprovada pelo povo do Pará, que você tenha toda razão.

Além de Miritituba, Santana(AP) concorre com porto de Santarém para exportação de grãos


Sob o título, 'Porto de Santana: alternativa de desenvolvimento para Sorriso', Antenor Giovaninni faz um alerta sobre a tentativa de esvaziamento do porto de Santarém.(leia matéria abaixo)

Primeiro foi a notícia de que a Cargill poderia optar por utilizar o sistema de embarque em barcaças, em Miritituba, da soja que virá pela Br-163, desde o centro-oeste.

Agora, essa notícia do interesse dos empresários de Sorriso(MT), grande produtor de grãos, pelo porto de Santana, no Amapá.

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O vice-prefeito de Sorriso, Wanderley Paulo, recebeu a visita do presidente da Companhia Docas de Santana, Riano Valente Freire, da presidente do Conselho Administrativo Portuário, Isameire Cunha, e dos empresários Luiz Antonio Pagot e Cláudio Zancanaro.

O grupo apresentou o Projeto Porto na Ilha de Santana, que representa uma parceria entre os municípios de Sorriso e Amapá.
Além do vice-prefeito, estavam presentes os secretários Marcio Kuhn, Emiliano Preima, Ari Lafin e Márcio Timóteo que ouviram dos empresários o interesse em viabilizar o escoamento da safra pela BR -163, saída Norte.

De acordo com o projeto, com a implantação da parceria, Sorriso e os municípios vizinhos teriam muito a ganhar, pois diminuiriam a distancia para escoar a produção, reduzindo custos e tornando o produto ainda mais competitivo.

A construção do Porto de Santana foi iniciada em 1980, com a finalidade original de atender à movimentação de mercadorias por via fluvial, transportadas para o Estado do Amapá e para a Ilha de Marajó.

Todavia, pela sua posição geográfica privilegiada, tornou-se uma das principais rotas marítimas de navegação, permitindo conexão com portos de outros continentes, além da proximidade com o Caribe, Estados Unidos e União Européia, servindo como porta de entrada e saída da região amazônica.

O Porto de Santana está localizado há cerca de 1000 km de Sorriso, sendo a metade da distancia hoje percorrida até o Porto de Santos.

Isso significaria uma redução no custo do frete e no valor final do produto.
A previsão é que mais de 2 milhões de toneladas, das 8 milhões escoadas anualmente pela BR-364, seja levada ao Amapá. Isso significa cerca de 105 mil carretas indo e voltando anualmente de Sorriso ao Porto.

O vice-prefeito disse que a Administração Municipal está aberta à negociações para que a parceria seja firmada. “Estamos à disposição para buscar mais parceiros para que este projeto saia do papel. Graças a alguns empresários de Sorriso que foram atrás dessa alternativa de escoamento é que o município poderá sofrer um processo de desenvolvimento ainda maior nos próximos anos. Vejo esse projeto como um estímulo para a busca de novas alternativas econômicas e ainda um aumento no volume de produção do nosso município”, afirmou Wanderley. 

Nota do Blog do Antenor: Algum tempo atrás rabisquei que a fila estava andando no quesito de foco das empresas em procurar alternativas para escoamento da safra do Centro-Oeste quando sempre Santarém se destacou como primeiríssima opção. Diante da demora de desenrolar o imbróglio da Cargill e lá se vão 10 anos, com certeza as empresas não ficam esperando uma definição e elas vão atrás de novas opções. Agora já aparece Porto de Santana.  Acorda Santarém.

Senado aprova redistribuição de royalties do petróleo

Leonardo Goy


O Senado aprovou nesta quarta-feira um projeto de lei que define uma nova divisão dos recursos arrecadados na exploração do petróleo no Brasil, reduzindo as fatias da União, Estados e municípios produtores da commodity e elevando a participação dos Estados e municípios não produtores.

A proposta, relatada pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que deveria ser uma alternativa de consenso sobre o tema, foi fortemente criticada pelos parlamentares dos Estados produtores, principalmente o Rio de Janeiro, e deverá prolongar uma definição sobre as futuras regras para a exploração de uma grande porção do pré-sal brasileiro.

Com a aprovação no Senado, a proposta segue para análise na Câmara dos Deputados, antes de uma eventual sanção presidencial.

O projeto de Vital do Rêgo prevê que a fatia da União nos royalties dos campos já licitados caia dos atuais 30 por cento para 20 por cento.

Já a fatia dos Estados produtores diminui de 26,25 por cento para 20 por cento. No caso dos municípios produtores, a alíquota cai de 26,25 por cento para 17 por cento em 2012 e, gradualmente, até 4 por cento em 2020.

Com isso, a participação dos Estados não produtores - que receberão o dinheiro de acordo com os critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE) - subirá de 1,75 por cento para 20 por cento no ano que vem e, gradualmente, até 27 por cento em 2020.

No caso dos municípios não produtores, a fatia aumenta de 7 por cento para 20 por cento, chegando a 27 por cento em 2020.

O texto também altera a divisão das chamadas Participações Especiais -tributo cobrado em campos de maior produção.

Nos campos já concedidos, a parte da União cai de 50 por cento para 42 por cento em 2012. Nos anos seguintes, a alíquota sobe gradualmente até chegar a 46 por cento em 2016.

A fatia da Participação Especial dos Estados produtores cai de 40 por cento para 34 por cento em 2012, chegando a 20 por cento em 2020. Os municípios produtores, que hoje recebem 10 por cento, passarão para 5 por cento em 2012 e para 4 por cento em 2019.

Os demais Estados e municípios, que hoje nada recebem a título de Participação Especial, terão 9,5 por cento em 2012 e 15 por cento em 2020.



A hora de discutir o papel social do chef e a sustentabilidade na gastronomia


Por Roberto Smeraldi
Para o Valor, de São Paulo

Há riscos e oportunidades num mundo que passou progressivamente a assistir gastronomia antes do que praticá-la. Quando um chef transcorre mais tempo perante os holofotes do que dedica à tábua e ao fogão, aumenta a chance de comermos um prato assinado por ele, em vez que cozinhado por ele. Aí alguns podem, legitimamente, preferir o chef-alfaiate ao chef-grife. Que por sua vez, assim como o estilista, assume a função de nortear a oferta mais ampla do prêt-a-porter.

Ao mesmo tempo, quem passa a influenciar milhões de pessoas e gerar tendências na sociedade também assume responsabilidades que vão muito além do rincão de sua cozinha. E aí viram sua obrigação e interesse, ao mesmo tempo, internalizar itens que eram antes considerados externalidades, passando a gerar valor a partir deles e da maneira em que lida com eles: desde as condições de origem e reprodução do ingrediente até os hábitos das novas gerações aflitas pela obesidade e hipertensão infantil, desde a minimização do desperdício até a pegada de sua atividade sobre a mudança climática.

Há um ano, com algumas dezenas de pessoas inspiradas, do mundo todo, elaboramos a Carta de São Paulo sobre Gastronomia e Sustentabilidade, no âmbito da Semana Mesa, evento internacional que reúne chefs, críticos e apaixonados diversos. Antes que por obrigação ou cobrança, fomos movidos pelo estímulo a gerar mais valor na cadeia. Temas como perdas de alimento, resíduos, gestão da água, biodiversidade, agricultura familiar e indicações geográficas começaram a ser considerados ingredientes do nosso prato, tão quanto o azeite, o atum e o feijão. Aliás, o valor do azeite, do atum ou do feijão - muito além do que refletem seus preços - começou também a incorporar os serviços socioambientais que viabilizam sua disponibilidade, diversidade e qualidade. O conceito, ao longo do último ano, foi se espalhando mundo afora, numa teia de declarações e compromissos semelhantes, às vezes superpostos e mais ou menos consistentes.

Nos próximos dias, a Semana Mesa 2011 vai aprofundar a discussão: já é hora de ampliar o entendimento dos princípios norteadores da Carta de São Paulo perante públicos diversos ou será o caso de começar a definir critérios, para orientar a tradução dos belos princípios em ações mais concretas? Ou ambos ao mesmo tempo? É um bom debate: de antemão sabemos que hoje, ainda, poucos passariam no teste do que pregam, o que não necessariamente desqualifica a validade do que pregam. Significa apenas que o chef formador de tendência, sozinho, dificilmente será capaz de implementar modelos de sustentabilidade e terá de estimular a articulação com outros elos das cadeias relevantes, como a logística, a infra-estrutura, o consumo, o comércio. Haverá também necessidade, assim como nos setores que já avançaram em diversos tipo de certificação, de atestados independentes, em vez de autodeclarações.

Ao mesmo tempo, nada disso vai acontecer sem um ingrediente primordial, chamado liderança. Característica do grande chef é aquela de criar técnicas para aguçar os sentidos, despertar a apreciação pelo inusitado. Hoje isso passa em grande parte pelo reconhecimento e valoração do conjunto dos territórios, com suas características físicas e culturais: uma seara na qual o Brasil acumula, ao mesmo tempo, seus maiores atraso e potencial. Rumo a um cenário no qual o chef estrelado compartilhará o holofote com o pescador estrelado, o agricultor estrelado, o artesão estrelado, inspirando cada consumidor a virar estrela de sua própria família, resgatando o ato de cozinhar.

*Roberto Smeraldi é jornalista, gastrônomo e diretor da OSCIP Amigos da Terra - Amazônia Brasileira

Workshop de música amanhã na Uepa


Chega hoje em Santarém as 15hrs, Thiago Leão, ex aluno da melhor universidade de música do mundo, a Berklee College Of Music, dos Estados Unidos.
O músico vai ministrar um Workshop amanha as 19H00 no auditorio da UEPA, que fará o maior encontro de músicos da região.

Thiago, que tem como instrumento principal a bateria, falará sobre endorsee, rotinas de estudos, uso do metrônomo, uso de 2 bumbos, e solos e técnicas que utiliza no seu dia a dia. 

Haverá execução de temas instrumentais, que contará com a participação de músicos locais.

Após sua chegada, o músico vai direto para a UEPA onde falará com a imprensa sobre o evento de amanha, e a noite ensaia com os músicos locais que vão executar as músicas de autoria do próprio músico.(Fonte: Ascom UEPA)