quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Jango: envenenado pela Operação Condor?

Do Blog do Parsifal

Em entrevista à Empresa Brasil Comunicação (EBC), Mario Barreto, ex-agente do serviço secreto uruguaio, preso na Penitenciária de Charqueada, RS, por contrabando de armas, volta a afirmar que o ex-presidente João Goulart morreu por envenenamento providenciado pela “Operação Condor”. 

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Oficialmente Jango morreu, em 1976, devido a um ataque cardíaco, em Corrientes, na Argentina. Em 2008 a “Folha de S. Paulo” publicou entrevista com Barreto na qual ele afirmou que Jango foi envenenado por ordem de Sérgio Fleury, então delegado do Dops. A autorização ao Dops teria partido do então presidente Ernesto Geisel (1974-1979).
> Operação Condor vigiava "conspirações" de exilados
Há sugestões insistentes de que a "Operação Condor" também foi responsável pelo "acidente" que matou o ex-presidente Juscelino Kubitschek".
A “Operação Condor” foi transnacional: as ditaduras da América do Sul se uniram para combater os opositores que “tramavam” contra os regimes, desde o exílio, em diversos países do cone.

> Inspiração em operações similares patrocinadas pela ex-URSS
A ex-URSS operou dessa forma e o seu mais famoso “sucesso” foi o assassinato de Leon Trotsky, um dos principais protagonistas da revolução bolchevique. Trotsky caiu na desgraça da ditadura de Stalin e, com vários outros líderes do bolchevismo, exilou-se no México, onde foi assassinado por um agente stalinista em 1940. 

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> MPF não atendeu pedido da família de Jango para investigar 
Em 2008, os parentes de Jango pediram uma investigação do caso, mas o MPF alegou que o processo estava prescrito.
O caso deve ser investigado não com finalidade penal, mas histórica. A “Comissão da Verdade”, instituída pela presidências da República para tratar dos assuntos ligados ao regime ditatorial, deve dar atenção especial à "Operação Condor”.
Obviamente muito que se diz não passa de elucubração à moda das inúmeras teorias da conspiração que grassam nos momentos de exceção, mas a “Operação Condor” existiu e o Brasil precisa saber como, e o quê, ela operou.

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